... Julgo que depois destes malabarismos, os currículos das pessoas com funções políticas activas com o propósito de praticar o bem comum de uma nação, devem ser exigidos e publicados em Diário da Republica para qualquer cidadão poder consultar e certificar-se das habilitações de cada politico. Não deve ser uma opção, mas uma condição contemplada numa lei própria para o efeito, pois como sabemos, nenhum trabalhador é admitido numa função numa empresa, sem referências e/ou curriculo académico/profissional. será verdade que o PS está "calado" neste caso da licenciatura de M. Relvas porque o Irmão Maçon António Seguro dos Bancos (da Universidade Lusófona) foi um dos professores envolvido no processo?...
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Tratamentos Terapias SPA Saúde, Beleza e Prazer Lisboa Wellness Center Pra Fazer Lindas Mulheres,Gajas Sexy Boazonas estilo Model Stars Á Custa do Contribuinte Projecto BPN Programa da Troika É Dono duma Fracção do Estádio da Luz; Reestruturação Paga Zé!



10.000.000 de sócios no ginásio do estádio da Luz. Afinal também somos donos duma fracção do Estádio da Luz e não sabia... Importa acrescentar que nada tenho contra o Spot Lisboa e Benfica que se fosse Sporting, Porto, Braga, Farense, Setúbal, etc, não importa qual fosse o clube, faria exactamente o mesmo, visto que as máfias instaladas não têm clube e roubam-nos a todos.

Ginásio do Estádio da Luz é do Estado e entrou no Revitalizar para se salvar
O Wellness Spa Center, cuja maioria do capital é do banco Efisa e da Inovcapital, deve 1,7 milhões de euros. O Banif é o principal credor. Por isso tinha que ser salvo - O Benfica tem créditos de 350 mil euros
 - o ginásio foi construido á pála do euro 2004, a custo do contribuinte e com lucro para os bancos BPN, EFISA, em 2006 levou mais 750.000 euros e os banqueiros ganharam novamente entretanto levaram-no á falência, o estado entra para salvar os banqueiros - entretanto é recuperado e a seguir privatizam entregando aos amigos e mais uma vez os bancos ganham. Veja o relatório do Congresso dos EUA que responsabiliza os bancos pela crise.


Tratamentos, SPA, Saúde, Beleza, Lisboa, Wellness Center, Porto, Contribuinte, Troika, BPN, Custa, Lindas, Gajas, Sexy, Boazonas, Projecto, Programa,


O Wellness Spa Center (WSC) nasceu no âmbito do Euro 2004 e da construção do Estádio da Luz com o investimento maioritário da capital de risco do Estado, Inovcapital, e do banco Efisa, pertencente ao universo BPN, e que actualmente está sob gestão do veículo estatal Parparticipadas, criado para recuperar créditos ligados ao banco. Resultado: hoje 60% do capital do ginásio é actualmente propriedade do Estado. Em situação de pré-insolvência, o WSC deu entrada em Agosto a um processo de recuperação através do programa Revitalizar, no Tribunal de Comércio de Lisboa.


No Lisboa Wellness Center a sua comodidade é muito importante. Para maior conforto, tem disposição um parque automóvel interior, onde o estacionamento é gratuito nas duas primeiras horas, enquanto na cidade é pago. Poderá reequilibrar as suas energias de uma forma salutar e saborosa, no restaurante e cafetaria do Lisboa Wellness Center, tudo á custa do contribuinte, á custa de falência de 52 empresas por dia, devido ao enorme aumento de impostos, á custa do roubo dos subsídios de férias e Natal, á custa das portagens nas SCUT, á custa do aumento do IVA na restauraçãoNo Lisboa Wellness Centeronde a sua saúde está sempre em primeiro lugar, á custa dos cortes no Serviço Nacional de Saúde, dos cortes na educação, á custa dos cortes nos apoios sociais e á custa das crianças esfomeadas.

O Lisboa Wellness Center, é um fartar vilanagem, sabem que o bem-estar dos filhos de quem não necessita, á custas dos filhos dos contribuintes, é essencial para o seu equilíbrio. No Wellness Kids, cuidam dos filhos das madames enquanto elas cuidam de si e se transformam em mulheres deslumbrantes, e ficam lindas, belas, atraentes, irresistíveis e transformam umas sereias todas sexy boazona, like a model star baby. Desfrutam de tudo o que o Lisboa Wellness Center tem para lhes oferecer, de um modo simples, confortável e acessível a custa do contribuinte.

O Wellness Spa Center, é uma empresa portuguesa e destaca-se por ser o primeiro Wellness Center em Portugal, a funcionar á pala do contribuinte, ao abrigo do programa da Troika do Cavakistão BPN Passos Coelho Relvas Portas Gaspar. Nesta nossa fase de lançamento, contam e apostam no desenvolvimento da empresa de Regabofe, assim como na qualidade de serviço, com forte orientação para o cliente capitalista que se lixe o pobre. O ambicioso projecto  Lisboa Wellness Center tem por ambição fazer gajas boas, tipo avião, modelo 86 - 60 -86 ao mais alto nível á custa da miséria dos tugas.

No intuito de manter esta posição, é necessário dimensionar os recursos humanos com profissionais qualificados e motivados que assegurem a liderança de mercado inovador a funcionar á custa do otário.

INSOLVÊNCIA DO Lisboa Wellness Center


Lisboa Wellness Center
Estádio Sport Lisboa e Benfica
Av. General Norton de Matos
1500-313 Lisboa
Telefone: 217 112 000
Fax: 217 144 166
e-mail geral: geral@wellness.pt

Horário de funcionamento
2ªf a 6ªf das 7h às 23h
Sáb. das 9h às 20h
Dom. e Fer. das 9h às 18h
Dias de jogo encerra 3h antes
da hora de jogo

Fonte: Negócios em 04/09/2012



Contribuinte 506545237

WELLNESS SPA CENTER - ACTIVIDADES DESPORTIVAS E DE BEM ESTAR, S.A.

Estádio do Sport Lisboa E Benfica, Avenida Norton de Matos
Lisboa
1500 - 313 Lisboa


93110
- Gestão de instalações desportivas
93130
- Actividades de ginásio (fitness)

Informações sobre a insolvência

Tribunal: Lisboa - Tribunal do Comércio de Lisboa
Acto: Anúncio - artº 34 - Portal Citius www.citius.mj.pt
Referência: 2230187
Processo: 1447/12.5TYLSB, 1º Juízo
Espécie: Processo Especial de Revitalização (CIRE)
Data: 16-08-2012

Devedor: Wellness Spa Center – Actividades Desportivas e de Bem Estar, S.A
NIF/NIPC: 506545237
Administrador Insolvência: António Taveira
NIF/NIPC: 118770268
Credor: Sandra Cristina Rodrigues Oliveira



Tribunal: Lisboa - Tribunal do Comércio de Lisboa
Acto: Pub. - Nomeação Administrador Provisório
Referência: 2230189
Processo: 1447/12.5TYLSB, 1º Juízo
Espécie: Processo Especial de Revitalização (CIRE)
Data: 16-08-2012

Devedor: Wellness Spa Center – Actividades Desportivas e de Bem Estar, S.A
NIF/NIPC: 506545237
Administrador Insolvência: António Taveira
NIF/NIPC: 118770268
Credor: Sandra Cristina Rodrigues Oliveira


Tribunal: Lisboa - Tribunal do Comércio de Lisboa
Acto: Lista Provisória de Credores - Artº 17º D, 3
Referência: 696636
Processo: 1447/12.5TYLSB, 1º Juízo
Espécie: Processo Especial de Revitalização (CIRE)
Data: 14-09-2012

Devedor: Wellness Spa Center – Actividades Desportivas e de Bem Estar, S.A
NIF/NIPC: 506545237
Administrador Insolvência: António Taveira
NIF/NIPC: 118770268
Credor: Sandra Cristina Rodrigues Oliveira

Programa PME INVESTIMENTOS 

Valor de 750.000,00 Euros em 2006


Subsidios só para os amigos

Putaria, Putas, Foda, Mamas, Tetas, Belas Gajas, Tratamentos, SPA, Saúde, Beleza, Lisboa, Wellness Center, Porto, Contribuinte, Troika, BPN, Custa, Lindas, Gajas, Sexy, Boazonas, Projecto, Programa,


A imagem nostra-nos um apoio PME INVESTIMENTOS de 750.000,00 Euros em 2006. Transcrição abaixo

COMUNICADO DE IMPRENSA

PME Investimentos investe 750.000 na WELLNESS SPA CENTER

A PME Investimentos formalizou a sua participação, no valor de 750.000 , na WELLNESS

SPA CENTER – Investimentos e Gestão, S.A., empresa que desenvolve um conceito integrado de Sáude e Bem Estar.

O Lisboa WELLNESS CENTER, sediado no Estádio Sport Lisboa e Benfica, com uma área de 4300m2, disponibiliza aos seus clientes uma oferta alargada de serviços e prácticas Através dos seus departamentos de Clínica Médica e de Condição Física, de Academia de Exercício, de SPA e de Dermocosmética.

João Vicente Ribeiro, Presidente do Conselho de Administração da PME Investimentos, refere que “a política da PME Investimentos é de apoiar projectos inovadores com elevado potencial de crescimento e de valorização. Os conceitos de Saúde e Bem Estar da Wellness SPA Center, revitalizam as capacidades, físicas e psicológicas, das pessoas após o desgaste diário dos seus longos dias de trabalho.”

SOBRE A PME INVESTIMENTOS:
A PME Investimentos, cujo capital é maioritariamente público, é uma Sociedade de Investimento que desenvolve a sua actividade no sector de Capital de Risco. Como Operador de Capital de Risco participa no capital de PMEs, com o objectivo de as transformar em casos de sucesso empresarial. Na sua política de investimentos privilegia os projectos de High Tech nos diversos estágios do ciclo de vida das empresas .

O investimento na WELLNESS SPA CENTER – Investimentos e Gestão, S.A., é a segunda operação concretizada pela PME Investimentos em 2006. Em 2005, a PME Investimentos concretizou 27 operações, correspondendo a um valor de investimento de 24.43 M .

Contactos:

WELLNESS SPA CENTER, S.A. PME Investimentos, S.A
Estádio do
Sport Lisboa e Benfica
Ricardo Palma Carlos
Av. General Norton de
Matos
Edificio Arcis - Rua
Ivone Silva, 6-14ºPiso
1500–313
Lisboa
1050-124 Lisboa
Tel. + 351 21 711 20 00 Tel: + 351 21 799 42 60
Fax. + 351 21 714 41 66 Fax. + 351 21 799 42 76
geral@wellness.pt ricardopcarlos@pmeinvestimentos.pt

HORIZONTE EMPRESARIAL BPN DADOS DO BANCO DE PORTUGAL




WELLNESS SPA CENTER

http://www.wellness.pt/index.html
Apoios Financeiros
http://www.apoiosfinanceiros.com/arquivo/9831
PME INVEST
http://www.gesventure.pt/newsletter/pdf/wellness.pdf

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Revolução dos Cravos Desde os Antecedentes Fascistas do Estado Novo Até ao Pós 25 de Abril de 1974; Recordação, Memórias Documentário Âmbito Área Projecto Pelo 5ºB da EB 2,3 Escola D.Fernando II



25 de Abril de 1974 - A revolução dos cravos



 

A Revolução dos cravos desde os seus antecedentes até ao pós-25 de Abril, num trabalho realizado no âmbito de Área Projecto pelo 5ºB da EB 2,3 D.Fernando II.




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Anonymous Acorda Portugal: Solidariedade Nacional Com Activistas Projecto Es.Col.A. Escola da Fontinha Vítimas de Violência Policial e Terrorismo de Estado de Polícia Fascista Da Ditadura do 24 de Abril




SOLIDARIEDADE COM A ESCOLA DA FONTINHA - EM TODO O PAÍS!


 

Hoje foi mais um dia negro na história da nossa já demasiado moribunda democracia.


Durante cinco anos a Escola da Fontinha esteve abandonada, a degradar-se por uma Câmara Municipal do Porto esquecida. Há pouco mais de um ano, um grupo de activistas ocupou o espaço e começou a recuperá-lo. Entretanto, depois de um despejo e muita pressão popular, o projecto Es.Col.A. voltou à Escola do Alto da Fontinha.

Gerida colectivamente pelos activistas e pela população, o Es.Col.A. foi um espaço onde o sentido de comunidade renasceu, onde se disponibilizava livre e gratuitamente apoio educativo, aulas de yoga e xadrez, capoeira, música, cozinha comunitária, teatro, oficinas de estudos artísticos e muito mais.

A polícia mascarada da gestapo, a mando do Bilderberg da Câmara Municipal do Porto, despejou violentamente os activistas que se encontravam na Escola da Fontinha, destruindo todo o material que estava até agora ao acesso da população – livros, computadores, móveis, cozinha, brinquedos, bicicletas – TUDO.

Projeto Es.Col.A acusa polícias de destruição de todo o material da escola da Fontinha no Porto


Esta atitude fascista condenada por anonymous, vem confirmar aquilo que há muito já sabíamos: a Câmara Municipal do Porto prefere um espaço abandonado e devoluto a um espaço onde tudo era gerido colectivamente pela população e onde se provava que um mundo de solidariedade e entre-ajuda é possível ser construído.


Hoje, dia 20 de Abril (sexta-feira), em vários pontos do país saímos à rua para deixar bem claro que um ataque a um é um ataque a todxs!

Não toleramos esta decisão da Câmara Municipal do Porto!
Condenamos a violência policial desproporcionada contra os activistas do Es.Col.A. e os habitantes da Fontinha!

Estamos totalmente solidários com os detidos!

Exigimos a entregue da Escola da Fontinha a quem de facto ela pertence: aos habitantes do bairro da Fontinha! Se é sua vontade a continuação do projecto Es.Col.A., então essa é a única coisa que podemos aceitar!

Pela ocupação e gestão colectiva dos espaços abandonados e devolutos!


19 de Abril de 2012

***

Lisboa:
Concentração às 18h, no Largo Camões

Coimbra:
Concentração às 18h, à frente da Câmara Municipal de Coimbra

Porto:
Há Assembleia Geral às 18h30, no Largo da Fontinha | Aberta a todxs!

Evento Facebook: SOLIDARIEDADE COM A ESCOLA DA FONTINHA - EM TODO O PAÍS!
***

Imagens do despejo: http://www.tvi24.iol.pt/​videos/video/13613552/1 e https://www.facebook.com/​media/set/​?set=a.10150694868582635.39​5818.601997634&type=1, http://www.rtp.pt/​noticias/​index.php?article=546419&tm​=8&layout=122&visual=61, http://www.dn.pt/galerias/​fotos/?content_id=2430298 e http://static.publico.pt/​docs/sociedade/​escolafontinha/
Declarações de Ana Afonso, do movimento Es.Col.A., sobre os acontecimentos de hoje: http://www.tvi24.iol.pt/​aa---videos---sociedade/​fontinha-escola-porto-tvi24​/1342103-5795.html
Bombeiros no despejo da Es.Col.A. da Fontinha «sem farda e de cara tapada», «alegadamente sem conhecimento real do serviço que iriam prestar» : http://www.tvi24.iol.pt/​sociedade/​porto-fontinha-bombeiros-sa​padores-tvi24/​1342150-4071.html
Sobre os detidos e as suas acusações: http://www.tvi24.iol.pt/​sociedade/​fontinha-tvi24-porto-escola​-da-fontinha/​1342241-4071.html
Manifestação no Porto na sequência do despejo: https://www.facebook.com/​media/set/​?set=a.435705029778563.1200​81.225334420815626&type=1
No final do dia, a Fontinha mantém-se na rua!: http://www.tvi24.iol.pt/​videos/video/13613552/1

Solidariedade dos Anonymous - Site da Câmara Municipal do Porto em baixo em resposta ao despejo: http://www.publico.pt/​Local/​camara-do-porto-admite-tent​ativas-de-ataque-ao-site-d​a-autarquia_1542729

Manifestação de solidariedade em Lisboa: http://www.tvi24.iol.pt/​sociedade/​fontinha-lisboa-manifestaca​o-rossio-escola-tvi24/​1342296-4071.html

Carta Aberta do Es.Col.A. (14 de Fevereiro): http://​escoladafontinha.blogspot.p​t/​search?updated-max=2012-02-​27T12%3A41%3A00Z&max-resul​ts=8&start=40&by-date=fals​e
Carta Aberta do Es.Col.A. (30 de Março): http://​escoladafontinha.blogspot.p​t/2012/03/​carta-aberta.html

Sobre questões legais e o procedimento da Câmara Municipal nos últimos meses: http://​escoladafontinha.blogspot.p​t/2012/04/papel.html

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Máfia Portuguesa Privatizações: Privatização da Água Programada Associação Fórum Portugal Global Projecto e Relatório Sobre Políticas Ibéricas de Aquiferos Lusos e Espanha FPG Reunião 1997



O que temos que encarar relativamente á crise é que esta, é de origem criminosa, um trabalho interno (ver Documentário "Inside Job" A Verdade da Crise Financeira), confirmado pelos crimes de Lesa Pátria das Político Negociatas, das Lesivas Parcerias Público Privadas e outras Operações Financeira Internacionais através dos Paraísos Fiscais... Já aqui apresentámos um documento a comprovar que a privatização da água foi programada pela máfia globalista da Comissão Trilateral portuguesa, os lacaios portugueses de Rockefeller, os globalistas do Fórum Portugal Global, a actual AIP, depende da Comissão Trilateral Europeia, mais uma conspiração orquestrada e interligada pela maçonaria internacional, Clube Bilderberg (ver Clube Bilderberg Portugal, ver Carta de Farinha Simões)  Comissã Trilateral e outros... Agora que ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, quer fazer com os preços da água (um bem de todos) o mesmo que com os preços insuportáveis dos combústiveis, os mais caros da Europa, e afirma, em declarações na Assembleia da Républica que a concessão do setor das águas a privados é mesmo para avançar, resolvemos apresentar o Projecto sobre políticas da água e o Relatório sobre políticas da água de 1997


Ver as Medidas de Austeridade Anunciadas Passos Coelho Rouba Aos Pobres Pra dar Aos Ricos


Ver Máfia Portuguesa, Corrupção Político Negócios Financeiros; Taxa TSU: Passos Banqueiro Fomentinvest Controlada Pelo BCP, BES, Caixa Capital Transforma Impostos Em Lucro Ds Grandes Capitalistas Culpados da Crise; PM Cria Legislação Em Causa Própria de Favorecimento Ilícito Financeiro; Rouba O Povo Pra Dar Ao Ladrão; Prejudica PMEs e Economia Nacional Dependente do Rendimento do Trabalho! Empresas Beneficiadas: Mota Engil, BCP, BPI, EDP do Catroga Bilderberg Trilateral e Outras; Acorda Portugal!

 Ver Comissão Trilateral Ásia Pacífico

Projecto sobre políticas da água

 

Data desta versão 3 de Dezembro de 1997


Projecto Água; Projecto; sobre políticas da água; Relatório sobre políticas da água; Água; Privatização da Água; Portugal; Espanha; Fórum Portugal Global; Jorge Braga de Macedo

A principal actividade do FPG em 1997 foi a de debater as águas nacionais com especialistas do sector, como contributo para uma reflexão sobre as águas nacionais e internacionais da Península Ibérica, que terá correspondência no grupo espanhol.

Foi assim criado um steering committee (composto pela Direcção do FPG e pelos Drs. Pedro Serra, Canelas de Castro, João Bau, Mário Lino, Frederico Melo Franco e João Bártolo) bem como um Conselho Consultivo.

Após várias reuniões de membros da direcção nas instalações do Centro de Sócio-Economia com os restantes membros do steering committee, e de uma primeira discussão com os sócios no almoço que se seguiu à assembleia geral ordinária realizada em 29 de Abril de 1997, o relatório foi aprovado pelos sócios na presença dos membros do steering committee acima enunciados e do grupo consultivo (nomeadamente Teresa Gouveia e Joanaz de Melo) no Salão Nobre do IICT em 22 de Outubro de 1997. O relator, João de Menezes Ferreira, ficou de incorporar alguns dos comentários, sem contudo ter a preocupação de tornar o relatório susceptível de corresponsabilizar todas as personalidades envolvidas, nem sequer a título pessoal.

Após conversações com o grupo espanhol durante a reunião europeia na Haia, o relatório foi entregue ao Presidente da República, ao Presidente da Assembleia da República e ao Primeiro Ministro em 13 de Novembro de 1997, nas vésperas da cimeira luso-espanhola.

http://www.fpglobal.pt/pt/agua.htm

Projecto sobre políticas da água

Data desta versão 3 de Dezembro de 1997

Projecto Água; Projecto; sobre políticas da água; Relatório sobre políticas da água; Água; Privatização da Água; Portugal; Espanha; Trilateral Portuguesa; Documentos; Relatorio


Projecto Água; Projecto; sobre políticas da água; Relatório sobre políticas da água; Água; Privatização da Água; Portugal; Espanha

Projecto Água; Projecto; sobre políticas da água; Relatório sobre políticas da água; Água; Privatização da Água; Portugal; Espanha

Projecto Água; Projecto; sobre políticas da água; Relatório sobre políticas da água; Água; Privatização da Água; Portugal; Espanha


Projecto Água; Projecto; sobre políticas da água; Relatório sobre políticas da água; Água; Privatização da Água; Portugal; Espanha

Relatório sobre políticas da água

 

SUMÁRIO

1 - Ano fasto ?

 

2 - Pressupostos essenciais de uma intervenção em 1997

 

3 - Tabus e mitos


 

4 - Duas teses ou ideías directoras

 

4.1 Persistência e urgência, na vertente Internacional


4.2 Regulação e promoção empresarial, na vertente interna


Regulação


Modelo

Propriedade

Tempo

Ano fasto?

Uma tomada de posição da Associação FORUM PORTUGAL GLOBAL sobre as políticas da água na sua primeira incursão pública é à primeira vista anacrónica num ano que parece fasto em matéria hídrica.


Ver Lista de Sócios do Fórum Portugal Global


É que a água, esse bem económico tão natural à vida que só dele nos lembramos quando nos falta, não tem, nos últimos tempos, desencadeado paixões. Não tem sido um ano excepcional, é certo, mas choveu muito, por todo lado, num país que segundo as médias comunitárias, europeias e mundias tem água bastante.

E além da meteorologia, nenhum outro facto suscitou o interesse da imprensa especializada ou a necessidade de proclamação sistemática pelo Governo de políticas económicas especificas deste sector.

No entanto, entendeu a FÓRUM PORTUGAL GLOBAL que este ano de pretensa acalmia é o ideal para afirmar duas ideias directoras, não sem antes as assentar nalguns pressupostos essenciais e tentando pelo caminho quebrar certos tabus e mitos que habitam o imaginário português.

Pressupostos essenciais de uma intervenção em 1997


O primeiro pressuposto é o de que a aparente abundância da água esconde afinal carências várias, desde a quantidade e (sobretudo) a qualidade da água prestada em serviço público aos cidadaõs, até à preservação de padrões ambientais mínimos. Os nossos índices de atendimento são os mais baixos da Europa comunitária fora das metrópoles, nos espaços rurais e no subsector do saneamento de águas residuais urbanas, tornando Portugal no único país que nestes domínios ainda tem um problema - daí que a União Europeia tenha afectado até ao final de século importantes meios financeiros para o resolvermos. Mais do que constatar que há ainda muito que fazer, pretende a FÓRUM PORTUGAL GLOBAL que não haja hesitações nas vias a seguir.

O segundo pressuposto é o de que é questão especialmente candente neste preciso momento o acesso à água, na medida em que depende em boa medida de importantes negociações bilaterais com a vizinha Espanha, que estão a decorrer há uns anos mas podem ter um desenlace substancial este ano, na habitual Cimeira Ibérica. Esta foi muitas vezes - infelizmente - uma questão divulgada com insuficiente transparência e escassa informação, que salta para os jornais apenas em momentos de crise, com o cortejo habitual de polémicas e guerrilhas político-partidárias pouco esclarecidas e esclarecedoras.

Pensamos ser boa altura para a sociedade civil, no seu vector empresarial, explicar serenamente mas bem alto - para ser ouvida lá fora - porque defende e em que condições defende o Governo nessas negociações, em consenso nacional que nenhuma questiúncula de ocasião deve toldar.

O terceiro pressuposto é o de que já se faz tarde no reconhecimento de uma actividade empresarial de futuro. Todas as economias de desenvolvimento avançado já descobriram - falta a Portugal fazê-lo - que um dos sectores de ponta em crescimento, em volumes de investimento e de emprego, em especialização e consequentes vantagens comparativas é o da economia do ambiente, e que dentro desse largo sector a definitiva empresarialização do sector da água - com criação e consolidação de unidades fortes sob controlo nacional - é uma decisão crucial e inadiável, cabendo ao Estado através do Governo central e do poder local, sem paternalismo nem óbvias discriminações, colocar as peças certas no xadrez antes do dealbar do novo século. Este é o tempo de pesar depressa as vias alternativas e de agir.

No presente sumário executivo de um trabalho mais vasto focamos duas grandes questões, sem uma interligação evidente, com prejuízo de todas as restantes. A razão simples de tal opção é que se pretende uma intervenção cirúrgica em pontos que reputamos essenciais, sem prejuízo de assinalarmos, na passada e sem as desenvolver, questões sectoriais que estão em vias de resolução ou merecem tratamento autónomo sem justificar um alerta preciso neste momento.

Tabus e Mitos


De caminho começaremos por arredar um tabu que tem nos sectores do abastecimento público de água potável e do tratamento de águas residuais urbanas dois dos seus últimos redutos, enquanto que noutros sectores, com o natural desgaste de ideias típicas dos últimos decénios - que atravessaram todas as ideologias -, tem vindo a cair sem queixumes nem estados de alma.

Referimo-nos à ideía segundo a qual só uma autoridade pública (ou uma empresa exclusivamente de capitais públicos) pode prestar um serviço público sem o desvirtuar, aceitando-se à partida - e todos aceitam - que a água, porque é um bem essencial à vida das populações que a Natureza disponibiliza e a ela sempre volta, deve ser objecto de um serviço público.

É uma verdade hoje quase lapalissiana que, num conceito moderno, esse serviço público pode e deve ser organizado em moldes empresariais autosustentados, concorrenciais e sob verdadeiro controlo dos cidadãos consumidores ( o intraduzível "accountability" britânico…), não sendo obrigatório, nem sequer preferível, que esse monopólio natural - geográficamente circunscrito - seja entregue a uma burocracia qualquer, tantas vezes distante, autocrática, opaca ou simplesmente ineficiente.

A prossecução em ambiente empresarial de um interesse público que como tal deve ser protegido, sem perder de vista, nem o princípio da universalidade de atendimento, nem o da protecção social dos mais carenciados através de tarificação apoiada pelos poderes públicos, ou até o da dinamização dos mercados financeiros pelo estímulo da corrida do público anónimo às privatizações, tudo isto se tem resolvido sem drama, paulatinamente, em serviços tão fundamentais como a energia - a electicidade, o gaz -,os transportes e as comunicações - sejam estas autoestradas, ou telefones, ou meios cada vez mais sofisticados e imateriais.

Até na cultura e nos espectáculos - de que os audiovisuais e o desporto são os verdadeiros paradigmas - falar de empresas sujeitas ao mercado e abertas à iniciativa privada tornou-se tão natural como respirar, e ninguém ousa afirmar que a tal deva corresponder o desinteresse dos poderes constituídos quanto à natureza pública do serviço prestado.

E porque não a água? E porque não estruturar a água em termos empresariais nas suas várias vertentes (captação, tratamento, distribuição regional e domiciliária de água potável, tratamento de águas residuais e outras formas de saneamento básico), como um sector de ponta da economia do ambiente - que por definição visa a preservação dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável -, com forte componente nacional mas sujeito à concorrência do mercado global, não pondo em causa, nem o papel de regulador do serviço público que ao Estado deve caber, nem a intervenção crucial das autarquias locais, necessariamente mais próximas dos anseios dos cidadãos?

Mediatizar a queda deste persistente tabu nos referidos subsectores da água, promover um sector privado nacional ao qual devem ser dadas condições de implantação, sem defesas indiscriminadas nem discriminatórias, eis um objectivo essencial de politica económica que neste documento afirmamos em modalidades práticas.

A par do tabu enunciado, de indole essencialmente ideológica e que o tempo vai desvanecendo, existe um outro tabu porventura mais dificil de quebrar porque está arreigado na consciência do cidadão comum: a água é tão abundante que deve chegar aos nossos campos de regadio e às nossas indústrias sem custos nenhuns, e às nossas casas, sem custos significativos.

Ora, quaisquer que sejam as soluções de transição, a tendência é inelutável e internacional (cfr. Proposta de directiva-quadro comunitária sobre a água) e traduz-se no facto de que os regimes de subsidiação dos preços da água desaparecerão a prazo. A água é um recurso escasso.

Mesmo em Portugal, sendo um recurso em que a Natureza aparentemente é pródiga, a água é também um bem escasso, por várias razões que o nosso documento enuncia sem desenvolver: variações sazonais, geográficas e interanuais, fluxos de Espanha, fraca capacidade de retenção (barragens hídricas), esbanjamento notório, insuficientes sistemas de captação, tratamento e distribuição de água potável, deficiente execução dos investimentos na área do tratamento de efluentes, etc, etc.

Deixemos de lado as difíceis questões do preço da água que se destina a fins de regadio agrícola, indústria, produção de energia, e outros - e que constituem aliás o grosso dos consumos.

E porque o fosso entre a aparente abundância e a real escassez terá de se colmatar com mais investimentos avultadíssimos, hoje inadiáveis, a distribuição pública de água potável e o saneamento básico não podem rondar a gratuidade.

É pura ilusão pensar que uma autoridade pública pode suportar toda a despesa, seja à conta do Orçamento do Estado, seja à conta do orçamento das autarquias, pelo que as tarifas têm que fazer o resto da autosustentação dos investimentos a realizar nos próximos anos. A água tem que ser também paga contando com o rendimento disponível das familias.

E se há que quebrar o tabu ainda muito generalizado da água quase gratuita, seria trágico que na percepção dos cidadãos tal mudança fosse associada a uma privatização - ainda que parcial - deste importante sector que lhe fosse contemporânea.

É normal que na exploração económica de um serviço público os lucros das concessionárias sejam escrutinados e tenham limites, é bom que cada vez mais (como adiante se afirma a propósito da regulação) os consumidores sejam estimulados pelo Estado à defesa dos seus interesses, é mau que o odioso do pagamento de um bem outrora quase gratuito recaia, de repente, sobre a iniciativa privada.

Escusado será dizer que o Estado deve assumir como sua a tarefa de pedagogia intensiva neste dominio.


Descritos dois tabus, passemos a um dos mitos mais servidos à opinião pública: o de que no sector da água ainda se está a estudar e que enquanto os estudos prosseguirem há margem para não decidir... Mentira! Há leis recentes e bem orientadas, há tratados internacionais (e normas comunitárias em estudo) que as protegem, há opções correctas de planeamento e ordenamento (que a regionalização não deverá prejudicar), há estudos de base mais do que suficientes e fiáveis. E se está tudo estudado, bem estudado, bastará então num número bem identificado de domínios cruciais negociar com vigor (quando as soluções também dependem de terceiros) e decidir (quando a vontade a convocar é só nossa e de mais ninguém). Nada justifica que o sector da água seja por mais tempo um sector adiado em vectores estratégicos essenciais.

Duas teses ou ideias directoras


E que teses ou ideias-directoras temos para apresentar? Preocupam-nos duas macroquestões, uma na vertente internacional, outra na vertente nacional.


Embora díspares, completam-se as duas questões no sentido em que nenhum país, para mais num sector em que é evidente uma certa atitude perdulária, no limite do esbanjamento (ou se quisermos ser mais benévolos nos termos, em que há deficiente aproveitamento de capacidades naturais), nenhum país, repete-se, pode negociar internacionalmente um bem escasso se não mostrar disposição, vontade e empenhamento em, pelo menos em simultâneo, arrumar a casa. Isto é óbvio, mas ás vezes não parece, a ponto de ficarmos ofendidos quando tal nos é lembrado. E vai sendo difícil a justificação de que o processo de desenvolvimento endógeno passou por outras prioridades.

Ao país, como às pessoas, manda a sabedoria popular que não tenha mais olhos que barriga...

E vamos às teses.


Persistência e urgência, na vertente internacional


Na vertente das negociações com a Espanha, as nossas teses partem do que se sabe ter a delegação portuguesa lançado para a mesa. A mensagem clara é a de que apoiamos as grandes linhas estratégicas de negociação já divulgadas, cabendo à sociedade cívil exercer toda a pressão para que o Governo não abandone - nem em teoria, nem na prática - as seguintes posições:
A busca de soluções ainda mais justas e rigorosas já não legitima quaisquer protelamentos. Há princípios de direito internacional recém-adquiridos, normas de direito comunitário em gestação adiantada e conhecimentos científicos suficientes para ancilar imediatamente negociação final e resultados concretos, antes mesmo que cada um dos países - Portugal e Espanha - disponha de instrumentos definitivos de planeamento e gestão dos seus recursos hidrícos (quer Planos Nacionais, quer Planos de Bacia Hidrográfica).

Haverá certamente correcções e afinações quando tais instrumentos forem aprovados, mas o óptimo é inimigo do bom e o bom está já ao nosso (Portugal e Espanha) alcance.

Também as mudanças de poder político num e noutro país - que sempre acarretam mudanças de perspectiva nalguns domínios - e a reponderação em curso do poder local e da descentralização administrativa em cada um deles - as autonomias em Espanha, a regionalização em Portugal - não justificam atrasos na ultimação de um acordo, sem prejuízo de, também nestas questões de enquadramento político, serem feitos mais tarde ajustamentos ao que agora ficar acordado.

Os resultados das negociações devem ser globais, considerando a totalidade das questões bilaterais (similares) que se suscitam a propósito dos rios que percorrem os dois países (Minho, Lima, Douro, Tejo, Guadiana).

Neste ponto há que ultrapassar os convénios de 1964 e 1968, que consagraram direitos hoje adquiridos mas têm um alcance muito insuficiente, não tendo ido muito além das questões relativas aos troços comuns (de fronteira) dos rios internacionais, e nem sequer de todos eles.

Deve-se ser inflexível até ao ponto da intolerância no reconhecimento prático e imediato - não atirado para as calendas gregas - dos seguintes princípios de direito internacional e comunitário que têm sido afirmados e estão a ser desenvolvidos pelos dois países ibéricos nos "fora" em que ambos participam:
a gestão coordenada de todas as questões de interesse comum, considerando os planos de bacia relativos a cada um desses rios internacionais (enquanto não chega o dia -provávelmente utópico - em que cada um dos rios internacionais tenha um só plano de bacia.

O princípio da manutenção de caudais ambientais em todo o percurso desses rios. De realçar que a defesa intransigente deste princípio, aliás aceite multilateralmente, facilitará a adopção de posições mais flexíveis (ou se se quiser, menos definitivas) numa matéria de dificil predeterminação a prazo e muita sensibilidade política como é a dos transvases.

A adopção de princípio de caudais ambientais não deve ser abstracta, mas concretizada e quantificada segundo o estado da ciência, sem prejuízo de ajustamentos supervenientes.
d) Devem os dois países adquirir a ideía de que as questões da água não se reduzem a aspectos quantitativos - escassez ou abundância -, importando regular a qualidade da água e o quadro ambiental em que ela circula.

Regulação e promoção empresarial, na vertente interna
Na vertente interna, antes do mais, o Estado deve definir com clareza o seu próprio papel de regulador do mercado. Em seguida acabará de enunciar (porque já começou) um modelo de estruturação e empresarialização do sector da água, ponderando os interesses em jogo e tomando decisões políticas rápidas, coerentes e corajosas (no sentido em que poderão ser não consensuais e até polémicas). Essas decisões cabem ao Estado porque incidem sobre propriedade até aqui pública. Finalmente o tempo de afirmação das políticas da água é de primacial importância, fazendo todo o sentido que o quadro de evolução do sector (a médio e longo prazos) seja desde já préfigurado e anunciado.

Podem-se adiantar algumas medidas concretas que ilustram estas várias linhas de acção:

Regulação

Neste como em todos os outros sectores de serviço público, a pedagogia do Estado regulador deve ser incentivada. À medida que se diluir a titularidade pública do capital, e que, em consequência, os representantes do Estado esqueçam as interrogações típicas de um capitalista ( que estratégia e volume de participação financeira? Que justa remuneração dos investimentos realizados?)

mais ressaltará a preocupação moderna da defesa do consumidor e do interesse público, materializada no contrôle da quantidade e qualidade dos serviços prestados na oferta, na tomada de medidas de redução da procura (contra o esbanjamento) , na fiscalização das concessões atribuídas, na produção de normas técnicas, etc.

Num sector de gestão cada vez mais descentralizada, esta função de regulação é essencial.

Modelo


Confirmação da justeza das macrodecisões já tomadas de planeamento e gestão dos recursos hídricos numa perspectiva física e territorial: Planos de Bacia, Plano Nacional da Água, modelo de descentralização administrativa (regionalização ou o seu sucedâneo) compatível com esses planos através de articulações claras e aceites por todos os actores politicos interessados.

Confirmação da justeza das macrodecisões já tomadas em matéria de estruturação operacional dos subsectores de abastecimento de água potável e do de tratamento de águas residuais, no que respeita à diferenciação dos sistemas multimunicipais (de vocação regional numa lógica de bacia) dos sistemas municipais ou intermunicipais (de vocação local), prosseguindo, sem hesitações nem atrasos, na via já encetada de investimentos públicos ou empresariais já programados, sempre que possível no âmbito (e com financiamento) europeu.

Reiteração da necessidade de constituição de empresas (imperativa em todos os sistemas multimunicipais, facultativa nos sistemas municipais), e de concessionamento da actividade nessa base empresarial.

Aprofundamento do papel do IPE-ÁGUAS DE PORTUGAL, S.A. como o principal instrumento de uma política pública de fortalecimento da capacidade empresarial portuguesa neste sector, indo mais além do que a actual cooperação empresarial com os municípios no âmbito das empresas de gestão dos sistemas multimunicipais já criados (ou a criar), ou do que a assistência técnica da sua participada EPAL, etc.

Reformulação do modo de intervenção no mercado da EPAL, tendo como pressuposto a respectiva privatização (cfr. ponto seguinte sobre propriedade, que faz a conexão entre dois modelos alternativos de actuação da EPAL e duas diferentes formas de a privatizar)

Revisão substancial do quadro legal da exploração e gestão dos sistemas municipais, alargando o leque de opções possíveis de gestão delegada (possibilitando, por exemplo, a criação de empresas mistas e o recurso a outras formas de gestão delegada para além da concessão), sem prejuízo, da já consagrada intervenção do poder local no que toca à propriedade das infraestruturas dos sistemas e ao contrôle da actividade.

Incentivo à gestão empresarial dos sistemas municipais através da delegação dessa gestão a empresas de capitais privados ou públicos e privados, com base em concursos públicos, contrariando simultâneamente a manutenção de serviços municipais e municipalizados técnica e económicamente não eficazes.

Propriedade


As questões de propriedade devem ser orientadas em função de duas ordens de consideração:
- Em primeiro lugar, neste sector convirá muitas vezes distinguir o vasto património em infraestruturas e a respectiva gestão: por um lado, essa é uma constante em quase todos os Estados da União Europeia, nos quais a propriedade das infraestruturas é pública e só a sua gestão é privatizável; por outro lado, a privatização neste momento desse património imenso em infraestruturas arredaria as empresas de capital português de eventuais concursos, por não terem capacidade financeira para concorrer.

- em segundo lugar, é hoje fácil constatar que o volume mínimo de investimento financeiro nos próximos anos nos subsectores do abastecimento de água potável e do saneamento de águas residuais (de 1000 a 1500 milhões de contos) não é suprível exclusivamente, quaisquer que sejam as opções do Governo, pelo investimento público agregável pela via interna - OGE, orçamentos municipais, orçamentos das empresas que hoje gerem os sistemas multimunicipais - e comunitária - fundos estruturais - : calcula-se que esse investimento público não excederá os 500 milhões de contos.

Definição, com base nas considerações que precedem, de uma política clara de incentivo à consolidação de um sector privado nacional nos já referidos subsectores da água, em horizonte temporal prédefinido, compatível com os princípios aceites de não discriminação de empresas estrangeiras, designadamente comunitárias.
As medidas que seguem seriam reflexo dessa política.
Privatização a prazo préfixado, e pelo menos até aos limites já previstos na lei, de parte dos capitais públicos investidos no sector - designadamente nas empresas gestoras de sistemas multimunicipais e na EPAL, - mantendo pública uma parte substancial do capital dessas empresas, e em todo o caso uma "golden share".

Reconhecimento, no decurso desse processo de privatização, de que a dispersão de capital deve ser compatibilizada com a existência de accionistas nucleares de referência, e de que neste sector (ao contrário de outros de serviço público como a energia e as telecomunicações), o know-how nacional já existente, desde que devidamente apoiado e consolidado, reduz a necessidade de recurso a parceiros estratégicos estrangeiros, podendo justificar o procedimento da negociação directa interna no quadro da lei das privatizações:

No respeito pela presença em Portugal de empresas estrangeiras neste sector, em exercício de um direito que lhes assiste, a política activa do Governo deveria incidir na promoção de medidas especiais que tornem as empresas estrangeiras instrumento de internacionalização das empresas portuguesas, atraindo-as a alianças e partenariados com vista à participação em grandes concursos a nível mundial.

No caso específico da EPAL, que representa grande parte das competências técnicas hoje acumuladas no grupo IPE-ÁGUAS DE PORTUGAL, S.A., não foi possível neste trabalho obter consenso quanto a um só perfil de privatização. Concluiu-se que esta pode assumir dois diferentes modelos, acompanhados de medidas estruturais cujo sentido de evolução também se abre em duas alternativas:

Ou se opta pela integração da EPAL no quadro legal em vigor relativo à gestão dos sistemas multimunicipais em regime de concessão, o que implicaria a separação das actividades de distribuição "em alta" e "em baixa", e também a imediata privatização da empresa à qual, por concessão, fôr concedida a actividade e distribuição em baixa. Esta empresa poderia concorrer livremente à distribuição domiciliária em municípios diferentes dos do distrito de Lisboa;

Ou se opta pelo reconhecimento de que a EPAL , longe de constituir um resultado histórico híbrido e incongruente, está porventura mais avançada no sentido de uma desejável integração vertical da gestão do ciclo da água. Nesta última alternativa a EPAL será um padrão para a evolução dos restantes sistemas multimunicipais, cada um deles ficando confinado às áreas geográficas que serve. Quando muito a EPAL poderia continuar a disseminar o seu know-how, prestando transitóriamente assistência técnica à organização e/ou gestão de outros sistemas multimunicipais ou municipais.

Ainda no caso da EPAL, seria interessante para o sector a identificação e selecção de subactividades actualmente desenvolvidas pela empresa e que esta abandonaria, passando a recorrer sistemáticamente a "outsourcing", utilizando, por exemplo, empresas resultantes de parcerias entre a própria EPAL e empresas privadas nacionais, numa perspectiva mobilizadora das competências nacionais e incentivadora da sua afirmação e desenvolvimento.

Tempo


A variável tempo é um elemento crucial do enunciado das políticas da água. A definição exacta do que se pretende no imediato, mas também uma visão do desenvolvimento futuro, são fundamentais. Só assim se tornará possível o posicionamento estratégico dos grupos portugueses com vontade e capacidade para actuar no sector.

Mas sobretudo, há que ter a noção de que os próximos três anos são decisivos. É por isso que a definição política, articulada com a acção empresarial (pública e privada) são urgentes, sob pena de se perder uma oportunidade histórica para a economia portuguesa.

Lisboa, Setembro de 1997
http://www.fpglobal.pt/pt/relagua.htm

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Crise Económica Europeia: Islândia, a Ilha Farol da Utopia Moderna! Verdadeiro Projecto de Democracia Real, Com Uma Constituição Redigida por Assembleias de Cidadãos, é o Partir da Espinha Dorsal do Capitalismo!



Crise do euro: A Islândia é a utopia moderna, um Verdadeiro Projecto de Democracia Real

Ao rejeitarem, num referendo, o resgate dos seus bancos tóxicos e o pagamento da dívida externa, os cidadãos islandeses mostraram que é possível fugir às leis do capitalismo e tomar o destino nas próprias mãos, escreve um historiador espanhol.


Miguel Ángel Sanz Loroño

Desde Óscar Wilde que é sabido que um mapa sem a ilha da Utopia é um mapa que não presta. No entanto, que a Islândia tenha passado de menina bonita do capitalismo tardio a projeto de democracia real, sugere-nos que um mapa sem Utopia não só é indigno que o olhemos, como também um engano de uma cartografia defeituosa. O farol de Utopia, quer os mercados queiram quer não, começou a emitir ténues sinais de aviso ao resto da Europa.



A Islândia não é a Utopia. É conhecido que não pode haver reinos de liberdade no império da necessidade do capitalismo tardio. Mas é sim o reconhecimento de uma ausência dramática. A Islândia é a prova de que o capital não detém toda a verdade sobre o mundo, mesmo quando aspira a controlar todos os mapas de que dele dispomos.

Com a sua decisão de travar a marcha trágica dos mercados, a Islândia abriu um precedente que pode ameaçar partir a espinha dorsal do capitalismo tardio. Por agora, esta pequena ilha, que está aquilo que se dizia ser impossível por ser irreal, não parece desaparecer no caos, apesar de estar desaparecida no silêncio noticioso. Quanta informação temos sobre a Islândia e quanta temos sobre a Grécia? Porque é que a Islândia está fora dos meios que nos deviam contar o que acontece no mundo?

Uma Constituição redigida por assembleias de cidadãos

Até agora, tem sido património do poder definir o que é real e o que não é, o que pode pensar-se e fazer-se e o que não pode. Os mapas cognitivos usados para conhecer o nosso mundo sempre tiveram espaços ocultos onde reside a barbárie que sustenta o domínio das elites. Esses pontos obscuros do mundo costumam acompanhar a eliminação do seu oposto, a ilha da Utopia. Como escreveu Walter Benjamin: qualquer documento de cultura é, ao mesmo tempo, um documento de barbárie.

Estas elites, ajudadas por teólogos e economistas, têm vindo a definir o que é real e o que não é. O que é realista, de acordo com esta definição da realidade, e o que não o é e, portanto, é uma aberração do pensamento que não deve ser tida em consideração. Ou seja, o que se deve fazer e pensar e o que não se deve. Mas fizeram-no de acordo com o fundamento do poder e da sua violência: o terrível conceito da necessidade. É preciso fazer sacrifícios, dizem com ar compungido. Ou o ajuste, ou a catástrofe inimaginável. O capitalismo tardio expôs a sua lógica de um modo perversamente hegeliano: todo o real é necessariamente racional e vice-versa.

Em janeiro de 2009, o povo islandês revoltou-se contra a arbitrariedade desta lógica. As manifestações pacíficas das multidões provocaram a queda do executivo conservador de Geir Haarde. O governo coube então a uma esquerda em minoria no Parlamento que convocou eleições para abril de 2009. A Aliança Social-democrata da primeira-ministra, Jóhanna Sigurðardóttir, e o Movimento Esquerda Verde renovaram a sua coligação governamental com maioria absoluta.

No outono de 2009, por iniciativa popular, começou a redação de uma nova Constituição através de um processo de assembleias de cidadãos. Em 2010, o governo propôs a criação de um conselho nacional constituinte com membros eleitos ao acaso. Dois referendos (o segundo em abril de 2011) negaram o resgata aos bancos e o pagamento da dívida externa. E, em setembro de 2011, o antigo primeiro-ministro, Geeir Haarde, foi julgado pela sua responsabilidade na crise.

Qualquer mapa da Europa devia ter o ponto de fuga na Islândia

Esquecer que o mundo não é uma tragédia grega, em que a roda do destino ou do capital gira sem prestar atenção a razões humanas, é negar a realidade. É óbvio que essa roda é movida por seres humanos. Tudo aquilo que pudermos imaginar como possível é tão real como aquilo que os mercados nos dizem ser a realidade. A possibilidade e a imaginação, recuperadas na Islândia, mostram-nos que são tão certas como a necessidade pantagruélica do capitalismo. Só temos de responder a esse chamamento para descobrir o logro em que nos pretendem fazer acreditar. Não há outra alternativa, clamam. Por acaso, algum dos que nos anunciam sacrifícios se deu ao trabalho de rever o seu mapa do mundo?

A Islândia demonstrou que a nossa cartografia tem mais coisas do que aquelas que nos dizem. Que é possível dominar, e aí reside o princípio da liberdade, a necessidade. A Islândia, no entanto, não é um modelo. É uma das possibilidades do diferente. A tentativa da multidão islandesa de construir o futuro com as suas decisões e com a sua imaginação mostra-nos a realidade de uma alternativa.

Porque a possibilidade da diferença proclamada pela multidão é tão real como a necessidade do mesmo que o capital exige. Na Islândia decidiram não deixar que o amanhã seja ditado pela roda trágica da necessidade. Continuaremos nós a deixar que o real seja definido pelo capital? Continuaremos a entregar o futuro, a possibilidade e a imaginação aos bancos, às empresas e aos governos que dizem fazer tudo aquilo que realmente pode ser feito?

Todos os mapas da Europa deviam ter a Islândia como sua saída de emergência. Esse mapa deve construir-se com a certeza de que o possível estão tão dentro do real como o necessário. A necessidade é apenas mais uma possibilidade do real. Há alternativa. A Islândia recordo-no-lo ao proclamar que a imaginação é parte da razão. É a multidão que definirá o que é o real e o realista usando a possibilidade da diferença. Deste modo, não acalentaremos consolo de sonhadores, mas baseemo-nos sim numa parte da realidade que o mapa do capital quer apagar completamente. A existência de Utopia daí depende. E com ela, o próprio conceito de uma vida digna de ser vivida.

Miguel Ángel Sanz Loroño


Miguel Ángel Sanz Loroño (nascido em 1984) é estudante de doutoramento e investigador no departamento de História Moderna e Contemporânea da Universidade de Saragoça. Dedica-se à pós-modernidade e à sua ligação com o pensamento histórico e utópico.

http://www.presseurop.eu/pt/content/author/1320601-miguel-angel-sanz-lorono

http://blogs.publico.es/dominiopublico/4414/sobre-islas-y-utopias/
Traduzido do castelhano por Maria João Vieira

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