SOCIEDADE PODRE E CORRUPTA:
Organizadora de manif «Que se lixe a troika» constituída arguida por criticar governo em público.
Dois meses e meio depois sabe-se que a PSP considerou ilegal conferência de imprensa que anunciou a concentração de 15 de Setembro
A 15 de Setembro um milhão de pessoas saiu à rua em dezenas de cidades portuguesas, respondendo ao apelo lançado por um grupo de 15 cidadãos: «Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas». Foi uma das maiores manifestações pós-25 de Abril e desencadeou um movimento de protesto contra o plano de austeridade que está a ser aplicado no país. Dois meses e meio depois, sabe-se que uma das organizadoras da manifestação foi constituída arguida
Mariana Avelãs, conhecida activista social e uma das caras deste movimento, foi constituída arguida no dia 8 de Novembro pelo «crime» de organização de manifestação não comunicada, e encontra-se, neste momento, com Termo de Identidade e Residência.
Em comunicado, o movimento esclarece que «a suposta manifestação terá, segundo a denúncia policial, ocorrido no dia 12 de Setembro e mais não foi do que a conferência de imprensa de divulgação da manifestação de 15 de Setembro - em que 15 pessoas seguraram uma faixa em frente da Assembleia da República enquanto falavam com os jornalistas, sem qualquer incidente ou impacto na ordem pública».
Mais adiantam que «os agentes da PSP que se deslocaram ao local traziam consigo um mandado de notificação já preenchido, ao qual faltavam apenas os dados da pessoa a notificar.» Aqui, a Polícia de Segurança Pública, conhecida por PSP, transformou-se em Polícia de Segurança Política e tomou exactamente o mesmo tipo de procedimento que a antiga PIDE, da qual, o actual presidente Cavaco Silva, era membro, tal como se pode confirmar na imagem acima que mostra o cartão de agente da PIDE usado por Cavaco. Ainda há a salientar que há aproximadamente 20 anos, quando Aníbal Cavaco Silva, o actual presidente da republica era primeiro ministro e o seu homem de confiança e actual conselheiro de Passos Coelho, o Ladrão Dias Loureiro, era ministro da administração interna, a GNR fez fogo com tiro de bala real contra os manifestantes, durante os protestos na Ponte 25 de Abril, em que inclusive, um dos manifestantes ficou paraplégico, devido a uma bala disparada pela GNR que se foi alojar na coluna vertebral da vítima.
Sabemos quem são os fascistas que temos que enfrentar. Esta «coação por parte das forças policiais» não faz com que os subscritores da manifestação desistam de seguir a sua onda de contestação: «Porque nos recusamos a cair na armadilha de quem quer tornar as nossas ideias reféns de pedras e bastões, continuaremos a sair à rua, como sempre fizemos: a dar a cara por aquilo que acreditamos, e pacificamente. Temos muito mais do que pedras como argumento, e é por isso que não nos calam, nem com bastões nem com processos por crimes que não cometemos.»
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... Julgo que depois destes malabarismos, os currículos das pessoas com funções políticas activas com o propósito de praticar o bem comum de uma nação, devem ser exigidos e publicados em Diário da Republica para qualquer cidadão poder consultar e certificar-se das habilitações de cada politico. Não deve ser uma opção, mas uma condição contemplada numa lei própria para o efeito, pois como sabemos, nenhum trabalhador é admitido numa função numa empresa, sem referências e/ou curriculo académico/profissional.
será verdade que o PS está "calado" neste caso da licenciatura de M. Relvas porque o Irmão Maçon António Seguro dos Bancos (da Universidade Lusófona) foi um dos professores envolvido no processo?...
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Perseguição Política em Portugal: Agentes da PIDE de Passos Cavaco Perseguem Manifestantes; Mariana Avelãs Activista Social do Movimento «Que Se Lixe a Troika! Queremos as Nossas Vidas» Constituida Arguida Por Criticar Governo Em Conferência de Imprensa; PSP Convertida em Polícia Fascista de Segurança Política NAZI Portuguesa
Ameaças à Liberdade na Sociedade Digital: "Liberdade na Internet Sob Ataque; Empresas e Governos Dispõem de Ferramentas Que Estaline Não Teve"; Intervenção do Activista Richard Stallman da Free Software Foundation no Fórum Internacional Software Livre, Porto Alegre, Brasil
Um dos criadores do movimento de software livre adverte para crescentes ameaças à liberdade digital e afirma que tudo o que fazem os utilizadores da Internet está a ser gravado e classificado. Por Marco Aurélio Weissheimer, Carta Maior
Fórum Internacional Software Livre, Porto Alegre, Brasil:
Liberdade na Internet está sob ataque,
diz Richard Stallman da Free Software Foundation
Porto Alegre - O criador do movimento software livre, Richard Stallman, participou no dia 4 de junho, no Palácio Piratini, do lançamento da 13ª edição do Fórum Internacional Software Livre, que será realizada de 25 a 28 de julho, no Centro de Eventos da PUC-RS, em Porto Alegre, Brasil. Numa sessão pública que contou com a presença do governador Tarso Genro, Stallman falou sobre as crescentes ameaças à liberdade na sociedade digital.
Numa rápida intervenção no início da cerimónia, o governador gaúcho disse que o movimento em defesa do software livre representa hoje “uma das lutas mais importantes para recuperar a densidade da democracia que hoje se encontra esvaziada”. Tarso agradeceu e destacou o empenho de ativistas como Marcelo Branco em defesa da liberdade digital. “Quando eu era ministro da Justiça, foi ele que me advertiu sobre a necessidade de entrarmos no debate sobre o projeto restritivo e de censura que tramitava então no Congresso Nacional. Conseguimos bloquear a votação desse projeto e ajudamos a estimular um debate nacional sobre o tema”.
A fala de Richard Stallman foi marcada por graves advertências acerca das crescentes restrições na internet. Para o criador do Projeto GNU, iniciado em 1983 nos Estados Unidos, coisas muito sérias estão a acontecer na sociedade digital. “A inclusão digital pode ser uma coisa muito boa ou muito má. Depende de onde a sociedade será incluída. O que vemos hoje é que a liberdade está a ser atacada de várias maneiras. Talvez tenhamos de diminuir um pouco a nossa inclusão para preservar as nossas liberdades”, sugeriu.
Após um período de euforia e liberdade, os utilizadores da internet devem começar a tomar cuidado, pois tudo o que fazem está a ser gravado e classificado. A palavra “tudo”, aqui, não é força de expressão. É “tudo” mesmo. Stallman citou os casos do Facebook, do Google e do Google Analytics como exemplos de um sistema de vigilância que está a ser feito em vários níveis. O mais perigoso, defendeu, é aquele controlado pelos governos.
“Grandes empresas privadas como Amazon, Microsoft, Apple e grandes empresas telefónicas também têm os seus sistemas de vigilância. Nós podemos controlar isso usando software livre, por exemplo. Mas quando se trata de governos, a situação é mais complicada. Na Inglaterra, há um sistema que diz onde está cada automóvel do país pelo controle da placa. É algo que Estaline não teve, mas que gostaria de ter”, brincou.
Durante a sua fala, Stallman anunciou, em tom de lamento, que no dia seguinte visitaria a Argentina pela última vez em virtude de um sistema de gravação das impressões digitais de todas as pessoas que entram ou saem do país. “Será o meu último voo para a Argentina. Algumas coisas não podem ser toleradas. O Estado não pode saber tudo sobre todos. A polícia secreta da União Soviética não tinha esse controlo sobre a vida das pessoas”, protestou o fundador da Free Software Foundation, que acrescentou: “Numa sociedade livre, não pode ser fácil para a polícia saber tudo sobre todas as pessoas. Se for fácil, então não estaremos a viver numa sociedade livre”.
Stallman citou também como ameaça à liberdade a tentativa de censura na internet em vários países, mas essa luta, segundo ele, parece que está a ser vencida pela internet. “A censura existe muito antes do computador, mas parece que a internet está a ganhar da censura. Muitos países têm tentado exercer a censura por meio de filtros e outros mecanismos, mas não estão a conseguir”. Outra forma de controlo, apontou, é o uso de formatações sigilosas de dados para limitar o acesso. “Essa prática vem sendo usada por empresas para barrar a competição, com programas que restringem o acesso dos utilizadores. Vídeos estão a ser distribuídos dessa forma, com formatos secretos, para que não haja livre difusão”.
O ativista defendeu a necessidade de um maior engajamento político nesta luta contra as ameaças à liberdade no contexto da chamada sociedade digital. “Muitas pessoas não querem envolver-se nos aspectos políticos dessa luta, o que é um erro. Num certo sentido, precisamos mais de ativistas do que de programadores hoje”, afirmou. Stallman defendeu, por fim, que os governos e as agências governamentais passem a usar prioritariamente software livre, o que não acontece hoje.
As ameaças que pairam sobre a liberdade na internet no Brasil
As ameaças sobre a liberdade na internet que pairam sobre o contexto brasileiro foram tema de uma intervenção de Marcelo Branco, logo após a fala de Stallman. Militante da causa da liberdade na internet há vários anos, Marcelo Branco apontou um conjunto de problemas e ameaças que já são reais no Brasil.
As empresas operadoras de telefonia, assinalou, representam hoje uma ameaça à liberdade na internet, pois querem quebrar a neutralidade da rede. Essa neutralidade significa que todas as informações que trafegam na rede devem ser tratadas da mesma forma, navegando à mesma velocidade. Trata-se de um princípio que garante o livre acesso a qualquer tipo de informação na rede e impede, por exemplo, que as operadoras possam “filtrar” o tráfego, definindo que tipo de dados pode andar mais ou menos rápido. Para Marcelo Branco, a neutralidade na rede não precisa de regulamentação. Ou ela existe, ou não existe. O grande risco, apontou, é que essa regulamentação seja feita pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que seria “sensível” ao lóbi das operadoras.
Em segundo lugar, Marcelo Branco apontou a indústria do copyright como outra ameaça à liberdade na internet. “As empresas que compõem essa indústria querem uma internet vigiada que criminalize o utilizador. Empresas como Google e Facebook podem ser nossas aliadas neste item, mas, por outro lado, ameaçam a nossa privacidade”. Neste tema (do copyright), o ativista criticou a atual gestão do Ministério da Cultura, classificando-a como “reacionária e conservadora”.
A pressão pela criminalização na internet vem crescendo em vários níveis. Marcelo Branco considerou um absurdo querer responsabilizar um fornecedor por um eventual crime cometido por um utilizador. “É como querer responsabilizar uma operadora de telemóvel por um crime cometido por um bandido que utilizou o telefone durante o delito ou para praticar o mesmo”. Ele também criticou a retirada de conteúdo de páginas da internet sem mandado judicial. “Isso é inaceitável em um Estado Democrático de Direito”.
Por fim, Marcelo Branco criticou a iniciativa do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) de realizar uma consulta pública sobre patenteamento de software. “Foi um vacilo do governo Dilma. Uma das maiores lutas do movimento de software livre mundial, foi justamente contra a implementação de patentes de software na Europa. Em 2005, a Europa rejeitou a possibilidade do software ser patenteado. Patente de software é uma ameaça a inovação, ao software livre e á liberdade do conhecimento. O Brasil não pode seguir esse caminho", defendeu.
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Colômbia: Advogado Americano Activista dos Direitos Humanos Denuncia Massacre Colombiano Estilo NAZI, Genocídio de Populações Cumplicidade e Colaboração Activa dos EUA Livro “Cocaïne, Death Squads, War on Terror”, Cita Testemunho de Jornalista independente
O massacre colombiano
Julgava-se que a Guatemala detinha o primeiro lugar no continente americano no que diz respeito a massacres de massas. Mas o regime colombiano pulverizou este record e os EUA estão perfeitamente informados sobre a situação. Mais, são colaboradores, apoiantes e cúmplices activos dos fascistas colombianos que estão a levar a cabo o genocídio de populações indígenas.
Há muito que se julgava que a Guatemala detinha o primeiro lugar no continente americano no que diz respeito a massacres de massas na nossa época moderna – 200 000 vítimas nos anos 1980, em 94% dos casos assassinadas pelo Estado com o apoio de Washington e em aliança com os esquadrões da morte. Mas, infelizmente, constata-se agora que a Colômbia pulverizou este record e, conforme Wikileaks revela, os EUA estão perfeitamente informados sobre a situação.
Num telegrama de 19 de Novembro de 2009 intitulado “2009-2010 International Narcotics Control Strategy Report” (Relatório estratégico sobre o controlo internacional de narcóticos 2009-2010), a embaixada dos EUA em Bogotá reconhece, como dado acessório, a horrível verdade: foram registadas 257 089 vítimas dos paramilitares de extrema-direita. E, tal como Human Rights Watch assinalou no seu relatório anual de 2012 sobre a Colômbia, esses paramilitares continuam a actuar de braço dado com os militares apoiados pelos EUA.
Mesmo para aquele que conhecem a Colômbia este número é arrasador. A primeira vez que deparei com este número foi no livro “Cocaïne, Death Squads, and the War on Terror” (Cocaína, esquadrões da morte e a guerra contra o terrorismo), do qual falei neste sítio há algum tempo, e que cita um jornalista independente que afirma que cerca de 250 000 vítimas foram mortas pelo para-Estado colombiano. Nesse sublinha-se que este número foi ocultado porque as vítimas foram enviadas para salgadeiras ou para fornos crematórios de tipo nazi.
Fica agora a saber-se que há pelo menos dois anos os EUA têm conhecimento de tudo acerca destes crimes. O que não provocou qualquer mudança na política estado-unidense relativamente à Colômbia – o país receberá durante os próximos dois anos 500 milhões de dólares de ajuda destinada ao seu exército e à sua polícia – e não impediu Obama de defender, e de concretizar no ano passado, o Tratado de comércio livre com a Colômbia.
Tal como sucedeu na Guatemala nos anos 1980, a violência atingiu em particular as populações indígenas – facto reconhecido igualmente pela embaixada dos EUA nos telegramas revelados por Wikileaks. Esta violência dirigida contra indígenas continua aliás a aumentar. A embaixada estado-unidense reconhece-o num telegrama de 26 de Fevereiro de 2010 intitulado “Violence Against Indigenous Shows Upward Trend” (A violência contra indígenas manifesta tendência a crescer). Por causa desta violência há 34 grupos indígenas que se encontram á beira da extinção; portanto, esta violência pode ser classificada como genocida.
Este telegrama de 2010 explica que “os assassínios de indígenas aumentam pelo segundo ano consecutivo”, um aumento de 50% em 2009 relativamente a 2008. O telegrama explica ainda que “os indicadores de violência contra os indígenas agravaram-se novamente em 2009. Segundo a Organização nacional indígena de Colômbia (ONIC) as deslocalizações aumentaram 20% (de 3 212 para 3 649), os desaparecimentos forçados aumentaram mais de 100% (de 7 para 18), e as ameaças aumentaram mais de 3 000% (de 10 para 314). A ONIC regista igualmente um aumento no recrutamento forçado de menores por parte de todos os grupos armados ilegais, mas não fornece dados numéricos sobre este ponto.
A embaixada, baseando-se num estudo publicado pela antropóloga Esther Sánchez – estudo que o governo estado-unidense financiou -, assinala que os militares e paramilitares tomam os indígenas por alvo porque eles são “frequentemente vistos como colaboradores das FARC uma vez que coabitam nos mesmos territórios”; e é precisamente a presença de militares colombianos nos territórios indígenas que “transfere o conflito para o jardim dos indígenas”, o que constitui uma ameaça para a sua existência. Ora a embaixada recusa a ideia de uma retirada dos territórios indígenas por parte do exército colombiano, sublinhando que uma reivindicação nesse sentido apresentada pela tribo awa é “inaplicável”.
“Inaplicável”, explica a embaixada, porque este território necessita de estar sob controlo uma vez que contém numerosas riquezas. A embaixada estado-unidense reconhece explicitamente que “os investimentos de capital nos hidrocarbonetos”, bem como na borracha e na palmeira produtora de óleo – o que quer dizer exactamente os investimentos que explicam as decisões militares de Washington e o Tratado de comércio livre – conduzem directamente à violência contra os indígenas. E isto sucede, explica a embaixada, porque os povos indígenas “provavelmente não abandonariam terras tidas como sagradas nas suas identidades culturais”. Ou seja, que não franqueariam voluntariamente a porta à exploração capitalista.
Tudo isto mostra que os EUA e a Colômbia continuam a defender opções militares e a conduzir políticas económicas que, segundo a própria opinião dos EUA, conduzem a um genocídio. Na realidade é a própria embaixada estado-unidense que reconhece que o genocídio é absolutamente necessário para alcançar os seus objectivos.
Isto significa que os EUA mentem quando fingem interessar-se pelos direitos humanos. Os EUA têm o atrevimento de excluir Cuba da Cimeira das Américas por causa do direitos humanos; mas é o país que acolhe esta Cimeira – a Colômbia – que por todas as razões deveria ser apontado a dedo pelo seus resultados excepcionalmente maus no que diz respeito a direitos humanos. Na verdade, são os próprios EUA quem deveria ser denunciado, porque apoiam o brutal regime colombiano. Mas como são os EUA que domina o mundo, isso também pareceria “inaplicável”.
* Advogado norte-americano e activista dos Direitos Humanos
Publicado em: www.legrandsoir.info/le-massacre-colombien.html
http://www.odiario.info/?p=2404
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Julgava-se que a Guatemala detinha o primeiro lugar no continente americano no que diz respeito a massacres de massas. Mas o regime colombiano pulverizou este record e os EUA estão perfeitamente informados sobre a situação. Mais, são colaboradores, apoiantes e cúmplices activos dos fascistas colombianos que estão a levar a cabo o genocídio de populações indígenas.
Há muito que se julgava que a Guatemala detinha o primeiro lugar no continente americano no que diz respeito a massacres de massas na nossa época moderna – 200 000 vítimas nos anos 1980, em 94% dos casos assassinadas pelo Estado com o apoio de Washington e em aliança com os esquadrões da morte. Mas, infelizmente, constata-se agora que a Colômbia pulverizou este record e, conforme Wikileaks revela, os EUA estão perfeitamente informados sobre a situação.
Num telegrama de 19 de Novembro de 2009 intitulado “2009-2010 International Narcotics Control Strategy Report” (Relatório estratégico sobre o controlo internacional de narcóticos 2009-2010), a embaixada dos EUA em Bogotá reconhece, como dado acessório, a horrível verdade: foram registadas 257 089 vítimas dos paramilitares de extrema-direita. E, tal como Human Rights Watch assinalou no seu relatório anual de 2012 sobre a Colômbia, esses paramilitares continuam a actuar de braço dado com os militares apoiados pelos EUA.
Mesmo para aquele que conhecem a Colômbia este número é arrasador. A primeira vez que deparei com este número foi no livro “Cocaïne, Death Squads, and the War on Terror” (Cocaína, esquadrões da morte e a guerra contra o terrorismo), do qual falei neste sítio há algum tempo, e que cita um jornalista independente que afirma que cerca de 250 000 vítimas foram mortas pelo para-Estado colombiano. Nesse sublinha-se que este número foi ocultado porque as vítimas foram enviadas para salgadeiras ou para fornos crematórios de tipo nazi.
Fica agora a saber-se que há pelo menos dois anos os EUA têm conhecimento de tudo acerca destes crimes. O que não provocou qualquer mudança na política estado-unidense relativamente à Colômbia – o país receberá durante os próximos dois anos 500 milhões de dólares de ajuda destinada ao seu exército e à sua polícia – e não impediu Obama de defender, e de concretizar no ano passado, o Tratado de comércio livre com a Colômbia.
Tal como sucedeu na Guatemala nos anos 1980, a violência atingiu em particular as populações indígenas – facto reconhecido igualmente pela embaixada dos EUA nos telegramas revelados por Wikileaks. Esta violência dirigida contra indígenas continua aliás a aumentar. A embaixada estado-unidense reconhece-o num telegrama de 26 de Fevereiro de 2010 intitulado “Violence Against Indigenous Shows Upward Trend” (A violência contra indígenas manifesta tendência a crescer). Por causa desta violência há 34 grupos indígenas que se encontram á beira da extinção; portanto, esta violência pode ser classificada como genocida.
Este telegrama de 2010 explica que “os assassínios de indígenas aumentam pelo segundo ano consecutivo”, um aumento de 50% em 2009 relativamente a 2008. O telegrama explica ainda que “os indicadores de violência contra os indígenas agravaram-se novamente em 2009. Segundo a Organização nacional indígena de Colômbia (ONIC) as deslocalizações aumentaram 20% (de 3 212 para 3 649), os desaparecimentos forçados aumentaram mais de 100% (de 7 para 18), e as ameaças aumentaram mais de 3 000% (de 10 para 314). A ONIC regista igualmente um aumento no recrutamento forçado de menores por parte de todos os grupos armados ilegais, mas não fornece dados numéricos sobre este ponto.
A embaixada, baseando-se num estudo publicado pela antropóloga Esther Sánchez – estudo que o governo estado-unidense financiou -, assinala que os militares e paramilitares tomam os indígenas por alvo porque eles são “frequentemente vistos como colaboradores das FARC uma vez que coabitam nos mesmos territórios”; e é precisamente a presença de militares colombianos nos territórios indígenas que “transfere o conflito para o jardim dos indígenas”, o que constitui uma ameaça para a sua existência. Ora a embaixada recusa a ideia de uma retirada dos territórios indígenas por parte do exército colombiano, sublinhando que uma reivindicação nesse sentido apresentada pela tribo awa é “inaplicável”.
“Inaplicável”, explica a embaixada, porque este território necessita de estar sob controlo uma vez que contém numerosas riquezas. A embaixada estado-unidense reconhece explicitamente que “os investimentos de capital nos hidrocarbonetos”, bem como na borracha e na palmeira produtora de óleo – o que quer dizer exactamente os investimentos que explicam as decisões militares de Washington e o Tratado de comércio livre – conduzem directamente à violência contra os indígenas. E isto sucede, explica a embaixada, porque os povos indígenas “provavelmente não abandonariam terras tidas como sagradas nas suas identidades culturais”. Ou seja, que não franqueariam voluntariamente a porta à exploração capitalista.
Tudo isto mostra que os EUA e a Colômbia continuam a defender opções militares e a conduzir políticas económicas que, segundo a própria opinião dos EUA, conduzem a um genocídio. Na realidade é a própria embaixada estado-unidense que reconhece que o genocídio é absolutamente necessário para alcançar os seus objectivos.
Isto significa que os EUA mentem quando fingem interessar-se pelos direitos humanos. Os EUA têm o atrevimento de excluir Cuba da Cimeira das Américas por causa do direitos humanos; mas é o país que acolhe esta Cimeira – a Colômbia – que por todas as razões deveria ser apontado a dedo pelo seus resultados excepcionalmente maus no que diz respeito a direitos humanos. Na verdade, são os próprios EUA quem deveria ser denunciado, porque apoiam o brutal regime colombiano. Mas como são os EUA que domina o mundo, isso também pareceria “inaplicável”.
* Advogado norte-americano e activista dos Direitos Humanos
Publicado em: www.legrandsoir.info/le-massacre-colombien.html
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Brutalidade Policial Russia: Polícia Russa Maltrata Jovens Activistas do Grupo Activista Femen Durante Os Protestos em Topless em Moscovo
Ativistas do Femen protestam contra as eleições russas
Ucranianas fazem "ingerência nua" na mesa de voto de Putin. Os protestos devem-se a fraude eleitoral
04 Março 2012
Três ativistas da organização feminista ucraniana Femen tiraram as roupas neste domingo para protestar contra o candidato favorito nas eleições presidenciais russas, o primeiro-ministro Vladimir Putin, no colégio onde minutos antes ele havia votado.
Ucranianas fazem "ingerência nua" na mesa de voto de Putin
04 Março 2012
A mesa de voto moscovita onde votou o candidato Vladimir Putin, eleito à primeira volta nas presidenciais da Rússia, foi alvo de um protesto do grupo feminista ucraniano Femen, cujas activistas apareceram despidas da cintura para cima e com mensagens dirigidas ao actual primeiro-ministro pintadas nos seus corpos. "Ladrão" foi um dos nomes utilizados nesta "ingerência nua" na política do país vizinho.
Nem mesmo as temperaturas abaixo de zero e os olhares incrédulos dos transeuntes travaram a acção de protesto.
09 Dezembro 2011 - 16h20
Eleições russas levam activistas a despirem-se
Moscovo
As activistas da grupo ucraniano FEMEN quiseram pôr tudo a nu sobre as eleições legislativas russas.
Policias prendem uma das ativistas do grupo ucraniano Femen em colégio eleitoral onde o primeiro-ministro Vladimir Putin vota, em Moscou, na Rússia. O grupo protesta contra as eleições russas, que acontecem neste domingo (4). No corpo da ativista está escrito "Roubo para Putin!". A frase se refere ao termo "partido de bandidos e ladrões" usado para descrever o Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin
Ativista ucraniana do grupo Femen é presa ao protestar em um colégio eleitoral, em Moscou, na Rússia, durante as eleições presidenciais do país, neste domingo (4). No corpo da ativista está escrito "Roubo para Putin!". A frase se refere ao termo "partido de bandidos e ladrões" usado para descrever o Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin. Os russos vão às urnas neste domingo e as pesquisas apontam que Putin é favorito e deve retornar ao poder
Policiais prendem e maltratam ucraniana do grupo Femen em colégio eleitoral onde o primeiro-ministro Vladimir Putin vota, em Moscou, capital da Rússia, neste domingo (4). No corpo da ativista está escrito "Roubo para Putin". Os russos escolhem neste domingo o substituto de Dmitri Medvédev. Entre os cinco candidatos, o atual primeiro-ministro Vladimir Putin é o favorito
Policias arrastam jovem ucraniana do grupo Femen durante o protesto no colégio eleitoral onde o Vladimir Putin vota, em Moscou, na Rússia, neste domingo (4). Houve fraude eleitoral.
Ativistas do grupo ucraniano Femen são detidas durante os protestos contra as eleições russas no colégio eleitoral no qual o primeiro-ministro Vladimir Putin votou, em Moscou, capital da Rússia, neste domingo
Policias prendem e maltratam uma ativista do grupo ucraniano Femen no colégio eleitoral onde o primeiro-ministro russo e favorito nas eleições Vladimir Putin vota, em Moscou, capital da Rússia, neste domingo (4). No corpo da ativista está escrito "Roubo para Putin!". A frase se refere ao termo "partido de bandidos e ladrões" usado para descrever o Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro
Ativista do grupo ucraniano Femen protesta contra as eleições russas, realizadas neste domingo (4), no colégio eleitoral onde o primeiro-ministro e candidato favorito à presidência Vladimir Putin vota
Ativista ucraniana do grupo Femen é presa ao protestar em um colégio eleitoral, em Moscouvo, na Rússia, durante as eleições presidenciais do país, neste domingo (4). No corpo da ativista está escrito "Roubo para Putin!". A frase se refere ao termo "partido de bandidos e ladrões" usado para descrever o Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin.
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Ucranianas fazem "ingerência nua" na mesa de voto de Putin. Os protestos devem-se a fraude eleitoral
04 Março 2012
Três ativistas da organização feminista ucraniana Femen tiraram as roupas neste domingo para protestar contra o candidato favorito nas eleições presidenciais russas, o primeiro-ministro Vladimir Putin, no colégio onde minutos antes ele havia votado.
Ucranianas fazem "ingerência nua" na mesa de voto de Putin
04 Março 2012
A mesa de voto moscovita onde votou o candidato Vladimir Putin, eleito à primeira volta nas presidenciais da Rússia, foi alvo de um protesto do grupo feminista ucraniano Femen, cujas activistas apareceram despidas da cintura para cima e com mensagens dirigidas ao actual primeiro-ministro pintadas nos seus corpos. "Ladrão" foi um dos nomes utilizados nesta "ingerência nua" na política do país vizinho.
Nem mesmo as temperaturas abaixo de zero e os olhares incrédulos dos transeuntes travaram a acção de protesto.
09 Dezembro 2011 - 16h20
Eleições russas levam activistas a despirem-se
Moscovo
As activistas da grupo ucraniano FEMEN quiseram pôr tudo a nu sobre as eleições legislativas russas.
Policias prendem uma das ativistas do grupo ucraniano Femen em colégio eleitoral onde o primeiro-ministro Vladimir Putin vota, em Moscou, na Rússia. O grupo protesta contra as eleições russas, que acontecem neste domingo (4). No corpo da ativista está escrito "Roubo para Putin!". A frase se refere ao termo "partido de bandidos e ladrões" usado para descrever o Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin
Ativista ucraniana do grupo Femen é presa ao protestar em um colégio eleitoral, em Moscou, na Rússia, durante as eleições presidenciais do país, neste domingo (4). No corpo da ativista está escrito "Roubo para Putin!". A frase se refere ao termo "partido de bandidos e ladrões" usado para descrever o Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin. Os russos vão às urnas neste domingo e as pesquisas apontam que Putin é favorito e deve retornar ao poder
Policiais prendem e maltratam ucraniana do grupo Femen em colégio eleitoral onde o primeiro-ministro Vladimir Putin vota, em Moscou, capital da Rússia, neste domingo (4). No corpo da ativista está escrito "Roubo para Putin". Os russos escolhem neste domingo o substituto de Dmitri Medvédev. Entre os cinco candidatos, o atual primeiro-ministro Vladimir Putin é o favorito
Policias arrastam jovem ucraniana do grupo Femen durante o protesto no colégio eleitoral onde o Vladimir Putin vota, em Moscou, na Rússia, neste domingo (4). Houve fraude eleitoral.
Ativistas do grupo ucraniano Femen são detidas durante os protestos contra as eleições russas no colégio eleitoral no qual o primeiro-ministro Vladimir Putin votou, em Moscou, capital da Rússia, neste domingo
Policias prendem e maltratam uma ativista do grupo ucraniano Femen no colégio eleitoral onde o primeiro-ministro russo e favorito nas eleições Vladimir Putin vota, em Moscou, capital da Rússia, neste domingo (4). No corpo da ativista está escrito "Roubo para Putin!". A frase se refere ao termo "partido de bandidos e ladrões" usado para descrever o Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro
Ativista do grupo ucraniano Femen protesta contra as eleições russas, realizadas neste domingo (4), no colégio eleitoral onde o primeiro-ministro e candidato favorito à presidência Vladimir Putin vota
Ativista ucraniana do grupo Femen é presa ao protestar em um colégio eleitoral, em Moscouvo, na Rússia, durante as eleições presidenciais do país, neste domingo (4). No corpo da ativista está escrito "Roubo para Putin!". A frase se refere ao termo "partido de bandidos e ladrões" usado para descrever o Partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin.
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