... Julgo que depois destes malabarismos, os currículos das pessoas com funções políticas activas com o propósito de praticar o bem comum de uma nação, devem ser exigidos e publicados em Diário da Republica para qualquer cidadão poder consultar e certificar-se das habilitações de cada politico. Não deve ser uma opção, mas uma condição contemplada numa lei própria para o efeito, pois como sabemos, nenhum trabalhador é admitido numa função numa empresa, sem referências e/ou curriculo académico/profissional. será verdade que o PS está "calado" neste caso da licenciatura de M. Relvas porque o Irmão Maçon António Seguro dos Bancos (da Universidade Lusófona) foi um dos professores envolvido no processo?...
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Anúncio Oferta Pública Instituto de Emprego e Formação Profissional, IEFP; Instituição do Embuste E Favorecimento Pessoal Oferece Cargo de Educador de Infância na Zona de Tavira; Condições de Admissão Determinadas Pela Máfia Portuguesa, Cunha Conhecimentos: "Só a Admitir Vera Pereira"; Remuneração Acima de 800 Euros



Que todos nós sabemos que muitos empregos ditos de "oferta pública" já têm destino mais que certo, isso já é mais que certo. O que parece ser mais problemático é quando isso, por lapso, sai de trás das cortinas e fica visível a todos, como aconteceu na oferta de emprego nº 587847025. Hoje, o tacho torna-se visível. Hoje o emprego vai para a Vera Pereira.


Anúncio colocado na página do IEFP já tinha candidato escolhido 2012-08-28 15:19:19

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Lisboa – Uma oferta de emprego para um educador de infância na zona de Tavira, colocado na página do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), mencionava em letras maiúsculas: «Só admitir a Vera Pereira».

Uma vaga de emprego para educador de infância, foi anunciada na página do IEFP, quando o nome da candidata estava previamente escolhido pela entidade empregadora e foi publicado por lapso

Na oferta de emprego, com o n.º 587847025, podia ler-se no campo «Outros Conhecimentos»: «Só a admitir Vera Pereira», tudo em maiúsculas e com um «a» a mais.

A oferta tinha termo certo de seis meses, horário diurno e completo. A remuneração situava-se na casa dos 800 euros.

Entretanto foi apagada do anúncio a referência à pessoa em questão.

Hoje, o tacho torna-se visível. Hoje o emprego vai para a Vera Pereira.



EDUCADOR DE INFÂNCIA (m/f) - Anonimo

Website: www.netemprego.gov.pt

Localização: TAVIRA

Oferta Nº: 587847025

Sector de Actividade da Entidade: ACTIVIDADES DE APOIO SOCIAL PARA PESSOAS IDOSAS, COM ALOJAME

Número de Postos: 1

Habilitações Mínimas: Licenciatura

Área de Estudos: Educação Especial - Educadores de Infância

Formação Profissional Obrigatória: Não Relevante

Horário: 9h-13h/14h-17h - (35h Semanais)

Descanso Semanal: Sábado e Domingo

Conhecimentos Profissionais: Conhecimentos inerentes à profissão de Educadora de Infância

Outros Conhecimentos: SÓ A ADMITIR A VERA PEREIRA

Tipo de Contrato Oferecido: A Termo

Duração: 6

Trabalho a Tempo: Completo

Candidaturas

Candidate-se aqui.

http://www.netemprego.pt/IEFP/pesquisas/detalheOfertas.do?idOferta=587847025

 Polémica IEFP divulga oferta de emprego com nome de possível vencedor

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“Outros conhecimentos: só a admitir a Vera Pereira”. Esta referência era visível até à manhã de hoje numa oferta de emprego para educador de infância publicada no site do Instituto do Emprego e Formação Profissional. A directora de comunicação do instituto, Fátima Cerqueira, reconhece a existência de um “lapso registado no procedimento” mas afirma que “a situação identificada é perfeitamente normal”.

A oferta de emprego em causa diz respeito a um lugar para educador de infância (masculino ou feminino), na freguesia de Santa Maria, concelho de Tavira, no Algarve. A proposta consiste num contrato a termo, de seis meses, com uma remuneração de 833 euros, e está inserido na Medida Estímulo 2012. Como se pode ler na área respeitante às condições, “esta oferta obriga a que o candidato esteja inscrito, como desempregado no Centro de Emprego, há mais de seis meses consecutivos”.

“A situação identificada é perfeitamente normal, enquadra-se nos procedimentos previstos e estipulados para as ofertas de emprego apresentadas com o propósito de as empresas formalizarem candidaturas à medida Estímulo 2012”, lê-se num comunicado enviado ao PÚBLICO e assinado pela directora de comunicação do Instituto do Emprego e Formação Profissional, Fátima Cerqueira.

A nota explica que “o lapso registado no procedimento foi apenas a evidência do nome da candidata desempregada apresentada pela entidade empregadora”.

A oferta de emprego com o n.º 587.847.025 “foi apresentada pelo Centro Social e Paroquial Santa Maria”, esclarece o comunicado.

“No caso vertente, a entidade tinha identificado a pessoa desempregada a contratar pelo que procedeu à respectiva apresentação para a oferta em questão, decorrendo o processo de aferição relativamente à candidata apresentada de reunir os requisitos de elegibilidade da medida Estímulo 2012, razão pela qual a oferta de emprego permaneceu ativa no portal Net Emprego”, lê-se ainda no comunicado enviado pelo IEFP.

A directora de comunicação do instituto conclui a nota reconhecendo que “não deveria ter sido evidenciado o nome da pessoa desempregada apresentada pela entidade empregadora, o que aconteceu por lapso”. Por esse motivo, o anúncio permanece online porque “os serviços do IEFP ainda não validaram se a candidata é elegível para receber os benefícios ao abrigo da medida Estímulo 2012”, avança o instituto.

Anúncio foi alterado esta manhã

O link para a página em causa foi publicado às 00h41 desta terça-feira no site Tugaleaks.com, que tal como o Revolta Total Global, é “um repositório de informações online sobre a verdade da informação, leaks, protestos, movimentos cívicos e noticias em geral que os media não divulgam”.

Quando acedemos ao site do IEFP NetEmprego.pt, pouco depois das 8h00, o anúncio continha, na área respeitante às condições, a referência “Outros conhecimentos: só a admitir a Vera Pereira”.

Pouco depois das 9h00 – os jornalistas do PÚBLICO «acedendo directamente a partir do site Netemprego.pt –, o anúncio já não continha a frase que está a causar polémica nas redes sociais. O endereço partilhado pelo site Tugaleaks (que continha a frase em causa quando foi acedido pelo PÚBLICO) e o endereço do anúncio no site Netemprego (que não continha a frase em causa quando foi acedido pelo PÚBLICO) são iguais.

Contactada pelo PÚBLICO por telefone e por email enviado às 9h46, a directora de comunicação do Instituto do Emprego e Formação Profissional, Fátima Cerqueira, respondeu por email, às 11h05, que a sua equipa estava “a apurar o que se passou”, remetendo mais tarde a nota de esclarecimento.

O caso está a suscitar várias reacções na Internet. Da indignação (“A podridão portuguesa”) ao sentido de humor (“Bom dia! O meu nome não é Vera Pereira, mas pelo salário depressa vou ali ao cartório tratar do assunto!”), o tema está a ser um dos mais comentados pelos utilizadores portugueses do Twitter.». in Público.


Nas condições de acesso a este emprego que visava encontrar um(a) Educador de Infância, para além de serem necessários os "conhecimentos inerentes à profissão", surgia (entretanto já foi corrigido) uma condição curiosa: "SÓ A ADMITIR A VERA PEREIRA".

... Sabendo-se o número de pessoas que andam desesperadas por arranjar um emprego, nem será difícil imaginar que muitas até estejam dispostas a mudar de nome, só para conseguirem cumprir as condições aqui exigidas.


A verdade é que as ofertas de emprego já se encontram previamente destinadas, servindo o Instituto de Emprego e Formação Profissional, apenas para que depois sejam atribuídos os respectivos subsídios aquela oferta de emprego que por a pessoa estar desempregada há mais de seis meses tem certos incentivos monetários. Quanto a esta oferta de emprego, colocam-se duas hipóteses: A pessoa que inseriu os dados, por distracção, cometeu o lapso de colocar que a oferta de emprego se destinava exclusivamente  a admitir a Vera Pereira, ou então, trata-se de alguém que está farto da corrupção que assola Portugal, está farto do Favorzinho, dos conhecimentos, do jogo do Padrinho e da cunha, e resolveu escarrapachar a parte do texto destinada a informação interna - “Outros conhecimentos: só a admitir a Vera Pereira”

Porque razão aparecem estas ofertas de emprego previamente destinadas?


Se nestas ofertas de emprego, já foi previamente determinado e já se encontra escolhida a pessoa a quem será entregue o tacho, para que são gastos rios de dinheiro a publicar ofertas de emprego inexistentes?

Facilmente concluímos que estas ofertas de emprego surgem na net, apenas para mostrar serviço, justificar cargos de directores, contar para estatísticas e alimentar a subsidio-dependência...

Para trabalhar e ter sucesso em Portugal, não é uma questão de competência profissional, mas sim uma questão familiar e de conhecimentos. É o "untar as mãos", "a cunha", "o Favorzinho", "O Padrinho" e "Afilhados"...


A avaliar pelas palavras do director do IEFP de Tavira que o confirmou em declarações á SIC, e ao que consta nos corredores do IEFP, isto parece ser prática corrente. Se isto é prática corrente, o contribuinte financia a corrupção.  


A realidade revoltante, é que em Portugal, existe 1% que detém 40% da riqueza, tudo resto gira em volta de jogos de bastidores e tráfico de influências.


Esta é a realidade, apenas 1% dos depositantes em Portugal têm no banco 65 mil milhões de euros. Por sua vez, este valor representa 40% de todo o dinheiro depositado e abrangido pelo fundo de garantia de depósitos. Estes números explicam tudo. Não pode haver grande legitimidade nestes números. Desde quando um desigualdade tão profunda pode ser legítima? Bem, em Portugal sabemos que há muitas coisas "legítimas" porque quem faz a leis, enfim, são os larápios.

A corrupção é o verdadeiro e grande problema que assola Portugal e condena a maioria dos portugueses a miséria total, enquanto uma pequena minoria prolifera tornando-se numa minoria cada vez mais pequena, rodeada de uma legião de escravos, lacaios e lambe-botas. A situação política e social da sociedade portuguesa, funciona com base num sistema altamente feudalista e corrupto, onde os afilhados sobem na vida, de elevador, e o povo, considerado ralé paga impostos para alimentar a máquina infernal do diabólico sistema da cunha.

Se o português não fosse um parolo manso que se acomoda com todas as maldades que os bandidos com poder lhe fazem, Portugal não se encontrava na miséria em que se encontra!

É mais do que hora de dizer basta e começar a aviar essa cambada toda.


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MSE: Movimento Sem Emprego! 24Horas 500| Do Silêncio Prá Rua! Trabalhadores, Precários, Desempregados, Explorados, Injustiçados; É Hora de Agir, Adere Portugal



O Movimento Sem Emprego precisou de apenas um dia para ser o maior fórum sobre o tema no facebook, mas importa não ficar só pela rede. Para lá do debate, participa nas três actividades marcadas para o mês de Março. Com a falta de recursos para multiplicar os encontros, a rede é o melhor meio para fazermos caminho até às acções combinadas. Adere e partilha o grupo por quem possa estar interessado.

Somos um grupo de trabalhadores que alterna a sua condição entre o desemprego, o sub-emprego ou a precariedade, e estamos empenhados na criação de um movimento para o combate político e para a defesa dos nossos direitos.



Do silêncio para a rua!

2 de Março de 2012


O Plenário de Desempregados decidiu avançar para um movimento: “Somos um grupo de trabalhadores que alterna a sua condição entre o desemprego, o sub-emprego ou a precariedade, e estamos empenhados na criação de um movimento para o combate político e para a defesa dos nossos direitos.”

No próximo dia 6 Março, data em que se comemora a primeira marcha de desempregados, nos EUA, vamos estar no Centro de Emprego do Conde Redondo. No dia 15 de Março vai realizar-se um plenário na margem sul e, no dia 22 de Março, iremos engrossar as fileiras da manifestação que está marcada para a tarde da Greve Geral.


Adere e partilha o grupo criado no Facebook.

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Crise Económica Europeia: Desemprego, Miséria Assola Europa! Espanhóis Emigram para Noruega em Busca de Emprego: Encontram Frio e Desespero, Trabalho Não Há



NORUEGA Euro-refugiados têm recepção gelada: Os resultados catastróficos das erradas e avassaladoras políticas de criminosa austeridade ao serviço dos mercados da especulação financeira, fazem-se sentir duramente sobre a população, levando ao brutal aumento do desemprego. Cá, em Portugal, apesar os dados oficiais do INE, rondarem os 700.000, o valor real, deve situar-se no 1.200.000. Na vizinha Espanha, dada a dimensão da população, são valores astronómicos, o que levou muitos espanhóis a emigrar para terras do frio, em busca de oportunidade. Muitos emigraram para Noroega, e a maioria, só encontraram desemprego, frio e desespero.

O artigo abaixo do El Pais, explica melhor a situação que também já afecta os Países-Nórdicos.




Para fugir ao desemprego, centenas de espanhóis emigram para a idealizada Noruega, à procura de trabalho. Poucos tiveram sorte. Muitos só encontraram desemprego, frio e desespero. Um capítulo da grande crise europeia que afeta a  Espanha. Excertos.

"Já fazia tempo que se tinham acabado todas as ajudas. Os meus pais, já idosos, pagavam há meses os 540 euros da minha hipoteca. Não conseguia arranjar nada, as perspetivas eram muito más. Lembro-me de que estava num café e que, ao fundo, havia uma televisão ligada. Estava a dar [o programa] Espanhóis no mundo. Aparecia um homem, que vivia no norte da Noruega e que dizia que ganhava quatro mil euros. Parecia muito contente. E eu disse para comigo: é para lá que tens de ir, Paco."

Francisco Zamora, de 44 anos, natural de Alcantarilla (Múrcia), é um homem tranquilo. Usa um cachecol enrolado três vezes à volta do pescoço para se proteger do frio intenso. É formado em eletrónica, tem experiência na construção e em fábricas, chegou a ganhar três mil euros por mês. Mas, há três anos, tudo isso ficou para trás. Como ele, centenas de espanhóis desempregados durante meses, partiram da Espanha em crise e rumaram a um dos países mais ricos do mundo; a escolha não podia ser outra.

Contudo, quando lá chegaram, o mito caiu por terra. Sem qualificações ou conhecimento de línguas, as portas fecham-se. As autoridades não querem saber deles. Alguns gastaram as suas poupanças e vivem com grandes dificuldades, inclusive dormindo na rua.

Em agosto passado, Paco voltou a pedir dinheiro emprestado aos pais e comprou um bilhete – de ida – para Bergen. Era a primeira vez que saía de Espanha e levava no bolso 225 euros. Passou a primeira semana a dar voltas por uma das cidades mais interessantes do mundo.

"Trouxe uma mochila pequena, que cabia nos compartimentos dos depósito das estações de comboio. Pagava cinco coroas (0,75 euros) para usar a casa de banho e lavava-me lá. Um dia, cruzei-me com outro espanhol, que me falou de um albergue onde podia ir de dia para receber comida e encontrar calor."

O frio polar, a língua e os preços exorbitantes

A Fundação Robin Hood ocupa dois pisos de uma casa de madeira, no centro de Bergen. O albergue foi inaugurado em 2003, "com a ideia de ajudar as famílias norueguesas com menos recursos, que não podem pagar quatro euros por um café, num café", explica Wenche Berg Husebo, a presidente desta fundação privada (que recebe um financiamento público de 270 mil euros).

É quarta-feira de manhã e, na Robin Hood, a língua que domina é o espanhol. Diariamente, passam por ali entre 60 e 100 pessoas, metade das quais são espanhóis, segundo o diretor, Marcos Amano. "Dantes, vinham noruegueses, polacos e uma ou outra família de refugiados políticos… Mas, em março, começaram a aparecer espanhóis", explica Wenche Husebo. "Desde esse mês, vieram 250. Ao princípio, eram homens de todas as idades, depois vieram mulheres solteiras, na casa dos 30. E, a seguir, pais de família, alguns deles com os filhos. A maior parte não arranja trabalho porque não falam norueguês nem inglês."

Nos últimos meses, a Noruega, país dotado de recursos petrolíferos, de um invejável Estado providência e de políticas de conciliação e, sobretudo, um país onde os salários são elevados e o desemprego muito baixo (taxa de 3%), assistiu à chegada de imigrantes com um novo perfil, que abandonaram Espanha empurrados pelo desemprego de longa duração e pela erosão progressiva dos salários. Os jornais noruegueses chamam-lhes "os refugiados laborais do euro".

A prosperidade norueguesa e também os programas Espanhóis no mundo (muitos referem esses programas, quando lhes perguntamos porque escolheram este país; as suas três últimas edições dedicadas à Noruega tiveram audiências entre os 3,5 e os 2,8 milhões de telespetadores) exerceram o efeito de canto da sereia para um número cada vez maior de espanhóis (embora muitos não se registem, o número de espanhóis inscritos na embaixada de Espanha passou de 358, em 2010, para 513, em 2011).

Mas, chegados ao país, depararam com uma barreira intransponível constituída por três elementos: o frio polar, a língua e os preços exorbitantes (o aluguer de um quarto custa 600 euros; um pacote de leite, dois euros).

“Nunca tinha visto uma situação tão angustiante na Noruega”
Apesar de ter recusado fazer parte da União Europeia, a Noruega assinou o acordo de Schengen, que dá livre entrada no seu território aos cidadãos da UE. No entanto, o país não dispõe de infraestruturas públicas de apoio àqueles que lá foram parar sem nada. "O Governo não lhes oferece alojamento, nem dinheiro, nem ajudas. Isso fica nas mãos da Caritas, da Cruz Vermelha ou do Exército de Salvação", explica Bernt Gulbrandsen, da Caritas de Oslo.

Os órgãos de informação locais não tardaram a recolher histórias destes novos imigrantes. Num país com apenas cinco milhões de habitantes, a notícia teve algum impacto. Em Bergen (260 mil habitantes), uma cidade próspera onde quase não há mendigos, os jornais e as cadeias de televisão dedicaram-lhes várias reportagens. "Fugiram da crise em Espanha mas a vida em Bergen não é como tinham imaginado", diz um título. "Muitos refugiados do euro vivem em situação de pobreza em Bergen", diz outro.

"Nunca tinha visto uma situação tão angustiante na Noruega", diz Astrid Dalehaug Norheim, uma das jornalistas que fizeram a cobertura do tema, no jornal Vårt Land. "Faz-me lembrar uma viagem que fiz a Moscovo, durante a crise do fim dos anos 1990, quando os russos das zonas rurais começaram a emigrar para as cidades, em busca de trabalho, e acabaram sem dinheiro nenhum, em albergues."

O testemunho de Tuna, uma das funcionárias da Cruz Vermelha de Bergen, ilustra o modo como alguns noruegueses estão a encarar o caso. "Dantes, vinham aqui sobretudo polacos. Mas, de repente, começaram a chegar espanhóis. Não têm comida nem trabalho e pedem ajuda. Temos ajudas para os refugiados políticos mas não para aqueles que vêm de forma voluntária."

VISTO DA NORUEGA

“Euro-refugiados” suscitam questões

A questão dos refugiados económicos espanhóis gerou o debate na Noruega. No Bergens Tidende, o jornalista Sjur Holsen escreve que “a crise da Europa já chegou até nós. […] Se os espanhóis que vivem na rua conseguem fazer-nos refletir sobre a nossa pertença à Europa e se a solidariedade é moeda corrente na zona euro, ultrapassámos uma etapa importante” nessa direção. Entretanto, no mês passado, a ministra do Trabalho, Hanne Bjurstrom, afirmou que “os imigrantes europeus que não encontram trabalho devem ir-se embora”, a Noruega, acrescentou, “não pode tomar conta deles”.

Fonte: Carmen Pérez-Lanzac

El Pais

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