... Julgo que depois destes malabarismos, os currículos das pessoas com funções políticas activas com o propósito de praticar o bem comum de uma nação, devem ser exigidos e publicados em Diário da Republica para qualquer cidadão poder consultar e certificar-se das habilitações de cada politico. Não deve ser uma opção, mas uma condição contemplada numa lei própria para o efeito, pois como sabemos, nenhum trabalhador é admitido numa função numa empresa, sem referências e/ou curriculo académico/profissional. será verdade que o PS está "calado" neste caso da licenciatura de M. Relvas porque o Irmão Maçon António Seguro dos Bancos (da Universidade Lusófona) foi um dos professores envolvido no processo?...
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Deputados Apanhados Casos de Corrupção; Clube Amizade Portugal Brasil, Influências, "Bons Negócios" de Milhões, Miguel Relvas, Corruptos Amigos Políticos Brasileiros; e Alert Life Services



Miguel Relvas tem ligações com políticos e empresários do Brasil, diz revista


mundolusiada 13 setembro, 2011

Miguel Relvas não é só o poderoso número dois do Governo de Portugal, segundo a reportagem, no Brasil ele tem amigos de peso e portas abertas. A matéria revela que o ministro-adjunto garantiu sólidas amizades, influência e “bons negócios” no país das oportunidades


Da Redação- A Revista Visão publicou matéria na qual denuncia figuras públicas de Portugal, como do (hoje) poderoso Miguel Relvas com políticos brasileiros, especialmente com o nome de José Dirceu, dado e tido como o mentor do mensalão.

A matéria diz que Miguel Relvas não é só o poderoso número dois do Governo de Portugal, também no Brasil tem amigos de peso e portas abertas. Dos homens do mensalão” às agências de marketing, da direita conservadora a decisores políticos e empresariais, dos media ao jet-set, a sua agenda registra várias figuras de relevo na sociedade brasileira, por boas e más razões. No Brasil, diz o texto, o ministro-adjunto garantiu sólidas amizades, influência e bons negócios. E foi também no Brasil que o PSD começou a ganhar as recentes eleições em Portugal.

Miguel Relvas é cidadão honorário do Rio desde 2008. Mais difícil é precisar o momento em que o ministro-adjunto se tomou de amores pelo Brasil. Até há uns anos, ele situava as melhores férias da sua vida na Bahia. Aí, em 2000, fez turismo cultural com a família e descansou num resort da Ilha de Comandatuba, lendo teses e ensaios sobre Eça de Queirós. “Relvas gosta de seguir a máxima que diz que nunca se é feliz duas vezes no mesmo lugar. À ilha, não voltou, mas o Brasil é um eterno retorno na sua vida”, refere a publicação.

Viajou para o Brasil com o primeiro-ministro Santana Lopes, em setembro de 2004. Era então secretário-geral do partido e conheceu Nizan Guanaes, dono de um dos maiores grupos de marketing político e considerado pelo Financial Times um dos brasileiros mais influentes do planeta. Naquela altura, Relvas procurava quem refinasse a campanha do PSD (Partido Social Democrata) no ano seguinte, embora mantivesse contrato, desde 2001, com o brasileiro Einhart da Paz. No Rio, em 2005, o atual ministro também representou o antigo líder do partido, Marques Mendes, na reunião da comissão executiva da Internacional Democrata Centrista, à época presidida por José María Aznar.

A partir de 2006, iniciou a sua atividade como gestor e consultor de empresas privadas e começou a viajar com regularidade para o outro lado do Atlântico. A frequência acentuou-se a partir de 2009, ano em que se dedicou exclusivamente à gestão e consultoria na Kapaconsult, Finertec e na Alert, a multinacional portuguesa de software clínico.

O grupo Finertec é uma empresa com interesses nas áreas das energias, tecnologia, construção, imobiliário e turismo, sobretudo em África. Já a Alert, graças a Relvas, conquistou o mercado no Brasil. O primeiro contrato foi celebrado em 2007 com a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais e, daí para cá, a empresa está presente em dezenas de hospitais, institutos, clínicas e unidades de saúde, sobretudo em Minas, mas também em São Paulo, Rio e noutros estados.

Com a entrada para o Governo, Relvas cessou estas atividades.Em 2010, apresentou um rendimento global de quase 230 mil euros.

Os amigos no Brasil atravessam vários quadrantes e atividades. E carregam alguns fardos também. César Maia (ex-prefeito do Rio) e Rodrigo Maia (atual deputado) pai e filho, ambos do partido Democratas dão Relvas como exemplo. Tem sido uma referência para todos nós diz César. Estivemos com ele no dia da eleição em Portugal, recorda Rodrigo. No DEM, sigla pelo qual esta força política de direita é conhecida no Brasil, vários deputados foram apanhados em casos de corrupção. Em 2007, segundo O Globo, o partido herdeiro da ARENA, base da ditadura militar, ocupava o primeiro lugar no número de políticos que perderam o mandato por denúncias de corrupção (69). No ranking dos Estados com maior número de políticos cassados, Minas Gerais liderava.

Jorge Borhausen, antigo dirigente da ARENA, e Paulo Bornhausen, deputado, abandonaram o DEM. Conheceram o Relvas nos anos 90 no Brasil e permanece uma profunda amizade, atesta Paulo. É um profissional muito competente. Tem amigos no mundo da economia, da política e em muitas outras áreas”. Jorge festejou com Relvas e Passos Coelho após a tomada de posse em Lisboa. Paulo ajudou a fundar o novo PSD brasileiro, que há dias entregou no tribunal o processo para a legalização. O partido começou torto: nos primeiros documentos, apareceram milhares de assinaturas falsificadas e de pessoas já mortas. Agora, Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, presidente do PSD e próximo de José Serra, candidato derrotado por Dilma nas presidenciais, tenta pôr ordem na casa. Amigo de Relvas, polêmico, tenta explicar à justiça, por estes dias, o aumento do seu próprio salário em 51%.

Alert foi contratada pelo governo de Minas Gerais por R$ 48 milhões em 2007


Já na mídia do Brasil começam a aparecer mais pontes deste novelo político – não diretos mas indiretamente. Na terça feira, dia 13 de setembro, o Globo (globo.com) publicou matéria com o seguinte título: “Fiocruz cancela contrato suspeito com empresa portuguesa no valor de R$ 365 milhões”. O detalhe é a empresa portuguesa. Trata-se justamente da citada pela revista Visão e ligada ao político português Miguel Relvas, amigo de vários políticos brasileiros, a Alert Life Services.

A mesma empresa que fechou um contrato, já cancelado, de R$ 365 milhões com a Fiocruz no mês passado, a Alert Life Services, foi contratada pelo governo de Minas Gerais por R$ 48 milhões em 2007, justamente o primeiro contrato da Alert no Brasil quando Miguel Relvas prestava consultoria para a empresa, em matéria publicada pela revista portuguesa.

Coincidentemente, foi o mesmo ano que o Estado de Minas liderou o ranking dos estados com maior números de políticos cassados por corrupção.


O cancelamento do contrato da Fiocruz com a Alert foi publicado no Diário Oficial da União neste dia 13. A companhia portuguesa deveria fornecer 8 mil licenças de um software de triagem emergencial de pacientes, mas os pontos de atendimento do SUS não tinham computadores, equipamentos médicos, acesso a internet ou até energia, necessários para instalar e aplicar o programa. Das 4 mil unidades de saúde básica que seriam contempladas, menos de 400 (10%) tinham o sistema no ano passado. Um terceiro contrato com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), de R$ 7,7 milhões foi firmado neste ano. Nos três, não houve licitação.

No primeiro caso, a Fiocruz decidiu cancelar o contrato devido à detecção de problemas processuais, como um projeto básico mal-elaborado, apontados por auditoria interna. Na realidade, a Fiocruz escolheu a Alert apenas com base em pesquisa interna, baseada em informações públicas de mercado e conhecimentos técnicos. Sem ouvir propostas de outros concorrentes brasileiros ou internacionais, mas com aval do Ministério da Saúde, o instituto fechou o negócio milionário de transferência de tecnologia. A meta era a integração de todas as bases de dados do SUS e a automatização de todas as unidades básicas de saúde do país, a plataforma do futuro “Cartão SUS. Diversas autoridades federais e estaduais, inclusive de Minas Gerais, visitaram juntos a Alert em Portugal.

No caso de Minas, a Secretaria de Saúde (SES-MG) justificou o contrato sem licitação porque a Alert seria a única empresa no Brasil que detinha, à época da contratação, o direito de utilização do Protocolo de Manchester (sistema de classificação de risco do pacientes, que organiza o atendimento com base na gravidade dos doentes). Porém, o Brasil já tinha negociado o direito de uso gratuito desse protocolo, um dos vários existentes no mundo. A subsidiária da Alert no Brasil foi criada apenas um mês antes da assinatura do contrato com o governo, segundo o registro na Receita Federal. E a subsidiária brasileira da Alert foi inaugurada um ano depois, em Belo Horizonte. O presidente é Luiz Brescia, que já presidiu a entidade de classe que atestou a exclusividade do produto da Alert, conforme exige a Lei de Licitações.

Antes de assinaturas de contratos, houve viagem de autoridades para conhecer as instalações da Alert em Portugal, todas oficiais e custeadas com verbas públicas. Na mais recente, da Fiocruz, participaram o presidente da Fiocruz, Paulo Ernani Gadelha Vieira, o vice-presidente da Fiocruz, Pedro Barbosa, o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, um representante da diretoria de Informática do Datasus, representantes dos conselhos estadual e municipal de secretários de saúde e técnicos do governo. De acordo com a Fiocruz, também esteve na viagem o atual secretário de saúde de Minas Gerais, Antonio Jorge Marques. Nenhuma outra empresa foi visitada no Brasil ou no exterior.

A Fiocruz decidiu cancelar o contrato com a Alert e reiniciar o procedimento de compra de tecnologia com base nas recomendações processuais da auditoria interna. Apesar disso, o instituto negou qualquer tipo de direcionamento e informou que o estudo interno prévio levou em conta uma pesquisa de mercado com base em diversos pré-requisitos técnicos.

Conforme explicou Pedro Barbosa, vice-presidente da Fiocruz, foram estabelecidos critérios de mercado sobre o impacto da compra. A informatização de uma unidade básica de saúde, segundo ele, custa de R$ 10 mil a R$ 15 mil. Considerando 40 mil unidades. Um hospital pode ficar por até R$ 5 milhões, sem a propriedade do produto.

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais reconheceu que houve problemas na implantação do sistema, devido ao porte e a complexidade mas não fez comentários sobre desuso de mais da metade das licenças de software pagas nos últimos três anos. Sobre a falta de licitação, lembrou que a Alert era à época, a única detentora dos direitos de comercialização do software no Brasil. A Secretaria de Saúde de Minas, SES-MG, defendeu o uso do Protocolo de Manchester, devido ao reconhecimento científico internacional e seu uso em diversos países. Porém, não citou a possibilidade de informatização própria, gratuita, do procedimento, pela Prodemge (Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais).

Procurada, a Alert não quis se pronunciar sobre o contrato com a Fiocruz. Sobre Minas Gerais, o presidente da empresa no Brasil, Luiz Brescia, afirmou que o contrato de licença corporativa não previa a implantação física e que os equipamentos necessários são recomendados, mas não exigidos pela Alert.

Veja também:

Miguel Relvas Contracta Motorista por 73.000 Euros

Clube Amizade Corrupção Portugal Brasil; Miguel Relvas O Bem Amado, Maçonaria, Grande Oriente Lusitano, BES, PT, Mexia e Dirceu o Homem da Mala Poderoso Chefão do Escândalo Mensalão, Versão Brasileira Saga Dom Corleone com Download: Senado Governo Brasileiro Senador Alvaro Dias

Fama de Dirceu, o Rouba-Hóstia Atravessa o oceano, in Blog do Reinaldo, Revista Veja

Máfia Portuguesa, EuroMilhões Portugal, Helena Roseta Acusa Relvas: Corrupção Negócios Ilegais, Favorecimento Ilícito de Empresas de Passos Coelho


http://www.mundolusiada.com.br/wordpress/politica/materia-da-revista-visao-revela-as-ligacoes-de-miguel-relvas-com-politicos-e-empresarios-do-brasil/

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RECIFE Em julho, Miguel Relvas e a mulher foram ao casamento do filho do ministro Bezerra.


Dos homens do «mensalão» às agências de marketing,


da direita conservadora a decisores políticos e empresariais, dos media ao jet-set, a agenda de Miguel Relvas regista várias figuras de relevo na sociedade brasileira. Lá, o ministro-adjunto garantiu sólidas amizades, influência e bons negócios. E foi lá também que o PSD começou a ganhar as eleições…

Por miguel carvalho

da direita conservadora a decisores políticos e empresariais, dos media ao jet-set, a agenda de Miguel Relvas regista várias figuras de relevo na sociedade brasileira. Lá, o ministro-adjunto garantiu sólidas amizades, influência e bons negócios. E foi lá também que o PSD começou a ganhar as eleições


Numa noite de dezembro do ano passado, Miguel Relvas e a mulher, Paula, dirigiram-se a um luxuoso apartamento na praia do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, para jantar. O convite partira de Paulo Elísio, presidente da Câmara Portuguesa do Comércio e Indústria do Rio, casa dos empresários lusos na cidade carioca. O advogado, que tem entre os seus clientes a brasileira Oi, operadora de telecomunicações associada à Portugal Telecom, e a Editora O Dia, ligada à Ongoing, é amigo de Relvas há anos. Considera-o um «grande defensor » dos interesses de Brasil e Portugal.

Também aprecia a visão do atual primeiro-ministro «para os assuntos de Estado». Conheceram-se durante uma visita de Passos Coelho ao Brasil, há dois anos, quando o atual chefe do Governo ainda era executivo da Fomentinvest.


Relvas e Paula atravessaram os salões de Paulo Elísio. À mesa, juntou-se a deputada brasileira Solange Amaral e um grupo de «patrícios» onde estava Agostinho Branquinho, CEO da Ongoing no Brasil, amigo de Relvas e ex-dirigente do PSD, acompanhado da esposa. Anfitriões e convidados deliciaram-se com foie gras e arroz de codornizes. Brindaram com vinhos chilenos e champanhe francês gelado.

Tudo saído da requintada mão da chef Roberta Sudbrack que já serviu reis e rainhas e orientou vapores e sabores na cozinha presidencial de Fernando Henrique Cardoso no Palácio da Alvorada.

O piano do músico Zé Maria e a conversa animada encheram a noite. «Muito simpático, muito agradável», Relvas caiu bem a Anna Ramalho, colunista social do Jornal do Brasil, que viu nele, nessa noite, «um perfeito cavalheiro». Meses depois, o PSD chegou ao Governo e ela soube que ele era bem mais do que isso.

Meu Brasil brasileiro


Relvas é cidadão honorário do Rio desde 2008. Até há uns anos, ele situava as melhores férias da sua vida na Baía. Aí, em 2000, fez turismo cultural com a família e descansou num resort da Ilha de Comandatuba lendo teses e ensaios sobre Eça de Queirós. Relvas segue a máxima que diz que nunca se é feliz duas vezes no mesmo lugar. À ilha, não voltou, mas o Brasil é um eterno retorno na sua vida.

Para lá viajou com o primeiro-ministro Santana Lopes, em setembro de 2004.


Era então secretário-geral do partido e conheceu Nizan Guanaes, dono de um dos maiores grupos de marketing político e considerado pelo Financial Times um dos brasileiros mais influentes do planeta.
Naquela altura, Relvas procurava quem refinasse a campanha do PSD no ano seguinte, embora mantivesse contrato, desde 2001, com o brasileiro Einhart da Paz. No Rio, em 2005, o atual ministro também representou o antigo líder do partido, Marques Mendes, na reunião da comissão executiva da Internacional Democrata Centrista, à época presidida por José María Aznar.

A partir de 2006, iniciou a sua atividade como gestor e consultor de empresas privadas e começou a viajar com regularidade para o outro lado do Atlântico.

A frequência acentuou-se a partir de 2009, ano em que se dedicou exclusivamente à gestão e consultoria na Kapaconsult, Finertec e na Alert, a multinacional portuguesa de software clínico.

O grupo Finertec é uma empresa com interesses nas áreas das energias, tecnologia, construção, imobiliário e turismo, sobretudo em África. Já a Alert, graças a Relvas, conquistou mercado no Brasil.
O primeiro contrato foi celebrado em 2007 com a secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais e, daí para cá, a empresa está presente em dezenas de hospitais, institutos, clínicas e unidades de saúde, sobretudo em Minas, mas também em São Paulo, Rio e noutros estados.

Com a entrada para o Governo, Relvas cessou estas atividades. «Fiz sempre questão de receber todos os meus honorários em Portugal, recusando utilizar a faculdade que a lei me concedia de pagar os meus impostos fora do País», esclarece. Em 2010, apresentou um rendimento global de quase 230 mil euros.

César Maia (ex-prefeito do Rio) e Rodrigo Maia (atual deputado) – pai e filho, ambos do partido Democratas – dão Relvas como exemplo. «Tem sido uma referência para todos nós», diz César.


«Estivemos com ele no dia da eleição em Portugal», recorda Rodrigo. No DEM, sigla pelo qual esta força política de direita é conhecida no Brasil, vários deputados foram apanhados em casos de corrupção.


Em 2007, segundo O Globo, o partido herdeiro da ARENA, base da ditadura militar, ocupava o primeiro lugar no número de políticos que perderam o mandato por denúncias de corrupção (69). No ranking dos Estados com maior número de políticos «cassados», na expressão brasileira, Minas Gerais liderava. Jorge Borhausen, antigo dirigente da ARENA, e Paulo Bormenhausen, deputado, abandonaram o DEM. Conheceram Relvas nos anos 90 no Brasil e permanece uma «profunda amizade», atesta Paulo.

Tem amigos no mundo da economia, da política e em muitas outras áreas». Jorge festejou com Relvas e Passos após a tomada de posse em Lisboa. Paulo ajudou a fundar o novo PSD brasileiro, que há dias entregou no tribunal o processo para a legalização. O partido nasceu torto: nos primeiros documentos, apareceram assinaturas falsificadas e de mortos. Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, presidente do PSD e próximo de José Serra, candidato derrotado por Dilma nas presidenciais, tenta pôr ordem na casa. Amigo de Relvas, polémico, tem de explicar à justiça o aumento do seu próprio salário em 51%..

E você, conhece o ‘PSDê’?


Dia 17, Relvas estará de volta ao Rio. A visita é de Estado: participará nas coormemorações dos 100 anos da Câmara Portuguesa do Comércio e Indústria em representação do PM português. Talvez encontre por lá a presidente Dilma Rousseff, também convidada.

Será a segunda viagem de Relvas ministro ao Brasil no espaço de três meses. Em julho, dia 21, foi recebido em audiência pela ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Hoffman, na companhia do seu amigo Fernando Bezerra Coelho, ministro da Integração Nacional.

O tema da conversa não foi divulgado. «Os assuntos de Estado devem ser tratados entre os Estados e não na praça pública», justifica Relvas.


No dia seguinte, uma sexta-feira, o governante já estava no Recife para o casamento do filho de Fernando Bezerra, deputado do Partido Socialista Brasileiro e candidato a prefeito de Petrolina no próximo ano. O pai é o coordenador do programa «Água Para Todos» e convenceu Dilma a lançar no interior do Nordeste, a partir deste mês, um megaplano de irrigação que levará a água a uma área do tamanho de 200 mil campos de futebol.

O matrimónio de Bezerra filho foi o acontecimento mais badalado de Pernambuco. A cerimónia juntou a nata da política e economia do Nordeste.


Nesse fim de semana, Relvas e a mulher ficaram em Porto Galinhas, na casa do amigo André Gustavo Vieira, da agência Arcos Comunicação. O publicitário conheceu o ministro português há dois anos. «Fomos apresentados no São João, em Gaia, por Marco António Costa», então vice-presidente da Câmara e atual secretário de Estado da Segurança Social.

André Gustavo tem «amizade com Luís Filipe Menezes há mais de 15 anos», confirma à VISÃO. Ao ser eleito presidente do partido, em 2007, o autarca de Gaia foi de férias para o Brasil e comemorou a vitória na casa de André. «Isso se constrói», disse ele em maio à revista Nordeste, justificando a proximidade.

A Arcos, associada a outra poderosa agência nos meios governamentais, partidários e empresariais – a MCI, de António Lavareda – foi a responsável pela campanha vitoriosa de Passos Coelho.


A jornalista brasileira Olga Curado, especialista em media training, ensinou o candidato a lidar melhor com as câmaras de televisão e as audiências. No Brasil, cobra quase 3500 euros por hora – e ajudou Dilma a chegar à presidência.

A brasileira Alessandra Augusta coordenou as operações e o custo dos serviços prestados pela Arcos, segundo Relvas e André, foi de 50 mil euros. Uma relação para continuar. «Estamos discutindo isso no momento e é provável que sim», clarifica o publicitário. «Amizade profissional respeitosa» é como qualifica a sua relação com Miguel Relvas.

O ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares confirmou à VISÃO ter convidado Paulo Elísio e André Gustavo para a tomada de posse do Governo, mas um lapso de memória, certamente, fê-lo esquecer que teve idêntica gentileza com Walter Santos, proprietário do grupo media WSCOM. Diretor da revista Nordeste, a única que cobre os nove estados nordestinos, Walter veio a Lisboa e publicou fotografias com o primeiro-ministro. «Não posso negar: senti-me tomado por uma sensação de orgulho imenso.»

O empresário confirma «a presença frequente » de Relvas no Nordeste. Vê nele «um interlocutor dedicado a estreitar as relações modernas entre os dois países», tendo como cenário «a região com maior crescimento económico do Brasil»: sim, o Nordeste. Os laços entre cá e lá já tinham dado motivos de alegria a Walter. No Brasil, publicou em exclusivo uma entrevista com o candidato do PSD. Passos Coelho foi capa da edição de maio da Nordeste. Na região, poucos saberão quem ele é, mas Walter vê mais longe: pensa nos investidores portugueses e nos negócios. «Esperamos ampliar muito a relação comercial com anunciantes de Portugal.» Os amigos Miguel Relvas e André Gustavo, da agência, já deram uma mão.

A Arcos não é uma agência qualquer. Tem campanhas vitoriosas de políticos brasileiros de vários partidos. Casos bicudos também. André escolheu para padrinho do seu casamento, em 2003, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), acusado no processo do «mensalão», um esquema corrupto de desvio de dinheiros públicos para inanciar o PT, políticos e empresários amigos. O publicitário justificou à Folha de São Paulo a opção pelo padrinho: precisava de tornar a agência conhecida em Brasília, junto do Governo. Fez convites a políticos e empresários. Delúbio aceitou.

Desde aí, a relação dos dois é boa e o compadre André recebe em suas casas o hóspede Delúbio, que ficou para a história do «mensalão» como «o homem da mala».
Ele e José Dirceu, ex-ministro considerado o «chefe da quadrilha», são colunistas dos órgãos do grupo WSCOM.

O filet-mignon da Arcos vem do Estado.


Desde essa altura. Nos últimos seis anos, a empresa ganhou grandes contratos: o do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) e o da Furnas Centrais Elétricas, SA. Também aqui Portugal está presente. O BNDES financiou investimentos hidroelétricos no Brasil através de um consórcio em que são parceiras a Furnas e a EDP. A empresa brasileira passou um mau bocado por ter ficado associada ao «mensalão». O maior escândalo político da história do Brasil também salpicou o BES, a PT e António Mexia, atual administrador da EDP e exministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

suspeitas de envolvimento dos portugueses com os homens ligados ao financiamento ilegal e tráfico de influências a partir do Governo de Lula...


O BNDES, banco estatal, também apoiou os projetos da Luzboa, SA, onde são parceiros a Enermig, do Brasil, o Grupo Espírito Santo e a Fomentinvest, da qual Passos foi administrador-executivo.


Contactado pela VISÃO, o gabinete do primeiro-ministro assegurou que o chefe de Governo só esteve no Brasil numa única ocasião, em 2009, procurando potenciais parceiros de negócios nas áreas do ambiente e energia. As reuniões com gestores e administradores de empresas brasileiras foram, segundo Passos Coelho, um fracasso, mas o relatório e contas da Fomentinvest, em 2009 – o último a que o chefe de Governo está ligado antes de ser eleito líder do PSD – considera «muito satisfatório» o ritmo de licenciamento para a construção de nove centrais mini-hídricase m Minas Gerais.

Há um ano, em declarações à Sábado, Miguel Relvas elegia Minas Gerais como emblemad a região nordestina e um dos estados «mais ricos» do território brasileiro. Embalado, explicava o que fazia na Alert: «Ajudo a definir a estratégia.

Alguém que olhe para o Brasil sem conhecer aquilo vai-se espalhar.» Ouvido pela VISÃO, mantém «a visão estratégica», mas tempera as palavras: «Não sinto que abra portas.» Em Minas, o seu amigo Aécio Neves governou quase oito anos, até março do ano passado. No seu consulado, os investidores portugueses esfregaram as mãos com tanta abertura para infraestruturas e projetos. Neto do malogrado presidente Tancredo Neves, o economista e senador do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Aécio é visto como sério candidato presidencial em 2014, apesar de também ele ter deixado coisas por explicar no «mensalão».

Ex-namorado de Maitê Proença e outras beldades, a sua fama de playboy não superou outros méritos: o «choque de gestão» na governação, aplicando princípios de qualidade e eficácia copiados dos privados, rendeu prémios de excelência administrativa e uma aprovação superior a 75% do eleitorado. Há anos, Mário Soares entrevistou-o para a RTP e notou na figura «excecional gabarito político». Relvas não fica atrás: «Foi um excelente governador de Minas Gerais e considero-o um dos mais prestigiados e eficientes servidores da causa pública brasileira», refere, meses após sugerir que o PSD deveria seguir o exemplo de Aécio em Portugal

Dirceu foi capa da revista Veja esta semana. A revista chama-lhe «O Poderoso Chefão», título brasileiro para a saga de Dom Corleone, O Padrinho e uma forma de ilustrar a sua teia de influências no Governo e nas empresas. Dirceu, agora consultor de multinacionais, conhece bem Portugal

Amizades de Relvas no Brasil - Dirceu, o poder na sombra


Quem também tem uma excelente relação com Aécio e lhe augura grande futuro é José Dirceu. Fundador do PT, ex-ministro da Casa Civil de Lula demitiu-se na sequência do escândalo do «mensalão». Dirceu está inelegível até 2015 e é o principal visado no caso que começará a ser julgado este ano e conta 36 acusados.

Prova de que ainda mexe – e muito –, Dirceu foi capa da revista Veja esta semana. A revista chama-lhe «O Poderoso Chefão», título brasileiro para a saga de Dom Corleone, O Padrinho e uma forma de ilustrar a sua teia de influências no Governo e nas empresas. Dirceu, agora consultor de multinacionais, conhece bem Portugal.

E Miguel Relvas. O ministro português recorda tê-lo conhecido «por intermédio de amigos comuns», sem relações empresariais pelo meio. «Encontrei-o ocasionalmente », diz.
Em finais de 2007, Daniela Pinheiro, jornalista da revista Piauí, teve livre-trânsito para acompanhar Dirceu num périplo por vários países, Portugal incluído.

Logo no aeroporto, em Lisboa, o ex-ministro foi insultado por compatriotas. «Tem ladrão na fila!», ouviu-se. À espera de Dirceu estava João Serra, dono da construtora Abrantina e sócio do escritório de advogados Lima, Serra, Fernandes e Associados.

Da sociedade fazem parte Fernando Fernandes, ex-administrador da SLN (BPN) e atual grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), organização maçónica a que estará ligado Relvas.


Outro sócio que acompanhou Dirceu na estada na capital portuguesa foi António Lamego, ex-advogado de José Braga Gonçalves no caso Moderna. Segundo Dirceu, Lamego era amigo do general João de Matos, ex-chefe do Estado-Maior do Exército angolano. Na época, os três combinaram encontrar-se na Costa do Sauípe, no Brasil, para tratar de negócios.

Nesses dias lisboetas, Dirceu ficou hospedado no Pestana Palace. Andou de Jaguar preto, jantou no Vela Latina, bebeu Pera Manca e disse querer investir em Angola. «Meu interesse é infraestrutura: rodovias, telefones, telecomunicações.»

O consultor do milionário mexicano Carlos Slim e do magnata russo Berezevosky, falou também da sua atividade: promover ne ócios de portugueses no Brasil e de brasileiros em Angola. No dia da partida de Lisboa, Dirceu adormeceu e teve de correr para o aeroporto: «Lamentava ter comido muito e bebido duas garrafas de vinho na noite anterior em companhia do deputado Miguel Relvas, seu amigo há décadas», contou à jornalista da Piauí.



No Brasil, apontam a Dirceu ligações à Ongoing. Um dos links é Evanise Santos, a namorada. Também referida no «mensalão», é diretora de marketing do Brasil Económico, jornal do grupo e da Ejesa, empresa da mulher do líder da Ongoing.

Amiga da presidente Dilma, Evanise foi coordenadora de relações públicas no Palácio do Planalto no tempo de Lula. Dirceu escreve no jornal. A investida da Ongoing no Brasil foi atribuída às influências de Dirceu, mas o grupo desmente. ReinaldoAzevedo, da Veja, não cai. «No meio político, o Brasil Económico é chamado 'aquele jornal do Dirceu'», escreveu.

O ex-ministro é visto como um símbolo do pior que o País tem. «É um negociante. Trafica naquela zona sombria entre o público e o privado, embora faça questão de aparentar mais sucesso empresarial do que tem de verdade», diz Sérgio Lírio, redator-chefe da revista Carta Capital.
«Nada mudou depois do mensalão. A promiscuidade do Governo com seus aliados persiste», afirma Álvaro Dias, líder do PSDB no Senado. Para Fernão Lara Mesquita, jornalista e atual administrador do jornal O Estado de São Paulo, mistério é coisa que não existe: «Se viesse um dia a cair no Brasil, Sherlock Holmes ficaria desempregado.

Não há nada para descobrir. É tudo ‘sexo explícito’», refere. Segundo ele, Dirceu «é o especialista nos trabalhos sujos. Tudo o que é realmente grande na roubalheira geral está a cargo dele».


Fernão Mesquita inclui na polémica o caso Ongoing, grupo que considera o «cavalo de troia» da estratégia para o domínio multimédia no universo lusófono.
Num momento em que «o Brasil é o maior exemplo histórico de execução de um projeto de tomada de poder pelo controle dos meios de difusão da cultura ‘burguesa’», a Ongoing «e os banqueiros por trás dela vieram a calhar», aponta.

A Ongoing, acionista da PT, da Impresa e da Zon, é liderada, no Brasil, por Agostinho Branquinho, que não quis falar à VISÃO, invocando o seu «período de jejum» da política portuguesa. É amigo e companheiro de partido de Relvas. O ministro tem em mãos a privatização da RTP e saberá do interesse da Cofina e da Ongoing no canal. No Brasil, o grupo viu arquivada uma queixa por alegada violação da lei relativamente às origens estrangeiras do seu capital. «A verdade prevalece, apesar das campanhas de alguma concorrência», diz um porta-voz da empresa. Fernão Mesquita não ficou convencido. «Nunca superamos, vocês e nós, o sistema feudal. Seguimos vivendo sob um rei e seus barões. Não há poderes independentes.»
O ministro tem em mãos a privatização da RTP e saberá do interesse da Cofina e da Ongoing no canal. No Brasil, o grupo viu arquivada uma queixa por alegada violação da lei relativamente às origens estrangeiras do seu capital. «A verdade prevalece, apesar das campanhas de alguma concorrência», diz um porta-voz da empresa. Fernão Mesquita não ficou convencido. «Nunca superamos, vocês e nós, o sistema feudal. Seguimos vivendo sob um rei e seus barões. Não há poderes independentes

Menino do Rio


Se olhado pelo prisma de Paulo Elísio, da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria, o mundo dos negócios entre Brasil e Portugal é quase idílico. Para ele, a associação da PT com a Oi, aproximou governos e povos. «O mundo atual não comporta diferenças ideológicas ou partidárias que possam impedir a relação económica bilateral», diz. Miguel Relvas subscreve: «Independentemente da origem política dos governos de ambas as nações, a importância recíproca das relações será seguramente uma prioridade [do Governo]», refere à VISÃO.

Bem relacionado, influente, sempre ativo, Relvas nem por isso deixará de continuar a apreciar o cenário quando , em breve, chegar ao Rio. Apaixonado pelas «noites quentes e musicais da Lapa», as «praias de Copacabana e Ipanema», o calçadão e as «animadas ruas do Leblon», é um habitué da piscina do Copacabana Palace, hotel onde passou o último réveillon. Anna Ramalho, colunista social, já percebeu que o ministro, «sempre que pode», está na «cidade maravilhosa».

Passos Coelho também se converteu: «É ardoroso fã do Brasil, bem como sua equipa.» Resumindo: «O Rio de Janeiro tem tudo para se tornar a menina dos olhos do futuro Governo português», escreveu ela, há meses. Não é já?

Bem relacionado, influente, sempre ativo, Relvas nem por isso deixará de continuar a apreciar o cenário quando , em breve, chegar ao Rio. Apaixonado pelas «noites quentes e musicais da Lapa», as «praias de Copacabana e Ipanema», o calçadão e as «animadas ruas do Leblon», é um habitué da piscina do Copacabana Palace, hotel onde passou o último réveillon. Anna Ramalho, colunista social, já percebeu que o ministro, «sempre que pode», está na «cidade maravilhosa».


O que ele disse lá


Os submarinos e o «choque de gestão», segundo Miguel Relvas.


A 15 de abril último, com Sócrates à frente de um Governo de gestão e eleições no horizonte, a edição brasileira da revista Exame publicou um artigo sobre Portugal.
Nele, Miguel Relvas, então deputado e secretário-geral do PSD, traçava o diagnóstico do País que ia a votos. «O povo se sacrifica se vê uma possibilidade de recompensa adiante, mas o que via era o governo gastando com submarinos para a Marinha enquanto baixava os salários da população», afirmou.

No início de junho, o dirigente social democrata deu uma entrevista ao diário O Globo. Com a campanha nas ruas, o jornal quis saber como um Governo PSD ia estreitar as relações entre Portugal e o Brasil. «Estimulando a proximidade entre empresas. O continente africano está condenado a crescer. O Brasil está também despertando para isso. Juntos podemos fazer mais. Portugal pode ser uma porta de entrada para empresas e produtos brasileiros na Europa. A dimensão das empresas brasileiras pode ser um forte impulso para as portuguesas olharem para mercados mais ambiciosos», referia Relvas, sugerindo que o País seguisse o exemplo de um amigo e ex-governador brasileiro: «Portugal precisa de um choque de gestão. Como o Aécio Neves fez em Minas Gerais.»


Veja também, o artigo publicado Fama de Dirceu, o Rouba-Hóstia Atravessa o oceano, in Blog do Reinaldo, Revista Veja

Downloads: Senado Governo Brasileiro Senador Alvaro Dias


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Mensalão, Ligações Amizade Portugal Brasil: Fama de Relvas Com Seus Múltiplos Tentáculos Atravessa Oceano Atllântico; Artigo Sobre Dom Corleone Brasileiro, Dirceu Poderoso Chefão Rouba Hóstia! Dedica Bom Espaço a Ministro Português in Revista Veja



A FAMA DE DIRCEU ATRAVESSA O OCEANO; REPORTAGEM SOBRE MINISTRO PORTUGUÊS DEDICA UM BOM ESPAÇO AO ROUBA-HÓSTIA


in Blog do Reinaldo Azevedo

A mais recente edição da revista portuguesa VISÃO traz uma longa reportagem — 12 páginas — sobre as ligações, nem sempre muito claras, entre Miguel Relvas e empresários e políticos brasileiros. Relvas é ministro de Assuntos Parlamentares de Portugal e pertence ao PSD, um partido de centro-direita, que venceu recentemente as eleições. Embora o PT, segundo a sua resolução, esteja empenhado em derrotar o “neoliberalismo”, um dos grandes amigos de Relvas no Brasil é oesquerdista”… José Dirceu! Muito bem! A crítica do “companheiro” à mídia não é gratuita. Aliás, “gratuidade” é uma palavra que o Zé não conhece. O homem está sempre “trabalhando”.



O objeto da longa reportagem da revista “Visão” é Relvas, com seus múltiplos tentáculos. Um deles é o grupo de comunicação português Ongoing, que já chegou ao Brasil. E adivinhem pelas mãos de quemAcertou quem disse “Dirceu”.

O busílis é o seguinte: a Ongoing tem um jornal no Brasil chamado Brasil Econômico, de que a namorada de Dirceu é administradora e onde ele é colunista. Oficialmente, os portugueses são donos de apenas 29,9% do empreendimento. Os outros 70,1% pertenceriam a Maria Alexandra Vasconcellos, brasileira que é casada com o português Nuno Vasconcellos, presidente do… grupo Ongoing!!! Entenderam? A Constituição proíbe que estrangeiros controlem empresas de comunicação no país. E o PT, vejam vocês, escreveu em sua resolução que quer regulamentar a mídia para fazer cumprir a… Constituição!!! Uns verdadeiros patriotas! O Ministério Público está investigando o caso. Esclarecido isso, leiam trechos da reportagem da revista Visão. A fama do rouba-hóstia já atravessou o “mar oceano”, como diriam os poetas portugueses de antigamente.

*

(…)
Dirceu está inelegível até 2015 e é o principal visado no caso que começará a ser julgado este ano e conta 36 acusados [mensalão]. Prova de que ainda mexe - e muito -, Dirceu foi capa da revista VEJA esta semana. A revista chama-lhe “O Poderoso Chefão”, título brasileiro para a saga deDom Corleone, O Padrinho” e uma forma de ilustrar a sua teia de influências no governo e nas empresas. Dirceu, agora consultor de multinacionais, conhece bem Portugal. E Miguel Relvas. O ministro português recorda tê-lo conhecido “por intermédio de amigos comuns”, sem relações empresariais pelo meio. “Encontrei-o ocasionalmente”, diz.

O Poderoso Chefão”, título brasileiro para a saga de “Dom Corleone, O Padrinho” e uma forma de ilustrar a sua teia de influências no governo e nas empresas. Dirceu, agora consultor de multinacionais, conhece bem Portugal. E Miguel Relvas. O ministro português recorda tê-lo conhecido “por intermédio de amigos comuns”, sem relações empresariais pelo meio. “Encontrei-o ocasionalmente”,


A revista lembra de uma viagem que Dirceu fez a Portugal em 2007. No aeroporto de Lisboa, um brasileiro o saudou: “Tem ladrão na fila”. Segue mais um trecho da reportagem.

A revista lembra de uma viagem que Dirceu fez a Portugal em 2007. No aeroporto de Lisboa, um brasileiro o saudou: “Tem ladrão na fila”. Segue mais um trecho da reportagem


À espera de Dirceu [em Portugal] estava João Serra, dono da construtora Abrantina e sócio do escritório de advogados Lima, Serra, Fernandes e Associados. Da sociedade fazem parte Fernando Fernandes, ex-administrador da SLN (BPN) e atual grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), organização maçônica a que estará ligado Relvas. Outro sócio que acompanhou Dirceu na estada na capital portuguesa foi Antônio Lamego, ex-advogado de José Braga Gonçalves no caso Moderna. Segundo Dirceu, Lamego era amigo do general João de Matos, ex-chefe do Estado-Maior do Exército angolano. Na época, os três combinaram encontrar-se na Costa do Sauípe, no Brasil, para tratar de negócios.

Nesses dias lisboetas, Dirceu ficou hospedado no Pestana Palace. Andou de Jaguar preto, jantou no Vela Latina, bebeu Pera Manca e disse querer investir em Angola. “Meu interesse é infraestrutura: rodovias, telefones, telecomunicações.” O consultor do milionário mexicano Carlos Slim e do magnata russo Berezevosky, falou também da sua atividade: promover negócios de portugueses no Brasil e de brasileiros em Angola. No dia da partida de Lisboa, Dirceu adormeceu e teve de correr para o aeroporto: “Lamentava ter comido muito e bebido duas garrafas de vinho na noite anterior em companhia do deputado Miguel Relvas, seu amigo há décadas” (…).

No Brasil, apontam a Dirceu ligações à Ongoing. Um dos links é Evanise Santos, a namorada. Também referida no “mensalão”, é diretora de marketing do Brasil Econômico, jornal do grupo e da Ejesa, empresa da mulher do líder da Ongoing. Amiga da presidente Dilma, Evanise foi coordenadora de relações públicas no Palácio do Planalto no tempo de Lula. Dirceu escreve no jornal. A investida da Ongoing no Brasil foi atribuída às influências de Dirceu, mas o grupo desmente. Reinaldo Azevedo, da Veja, não cai. “No meio político, o ‘Brasil Econômico’ é chamado “aquele jornal do Dirceu”, escreveu.

O ex-ministro é visto como um símbolo do pior que o País tem. (…)”Nada mudou depois do mensalão. A promiscuidade do Governo com seus aliados persiste”, afirma Álvaro Dias, líder do PSDB no Senado. Para Fernão Lara Mesquita, jornalista e atual administrador do jornal O Estado de S. Paulo, mistério é coisa que não existe: “Se viesse um dia a cair no Brasil, Sherlock Holmes ficaria desempregado. Não há nada para descobrir. É tudo ’sexo explícito’”, refere. Segundo ele, Dirceu “é o especialista nos trabalhos sujos. Tudo o que é realmente grande na roubalheira geral está a cargo dele”. Fernão Mesquita inclui na polêmica o caso Ongoing, grupo que considera o “cavalo de troia” da estratégia para o domínio multimédia no universo lusófono.

Num momento em que “o Brasil é o maior exemplo histórico de execução de um projeto de tomada de poder pelo controle dos meios de difusão da cultura ‘burguesa’”, a Ongoing “e os banqueiros por trás dela vieram a calhar”, aponta. A Ongoing, acionista da PT [Portugal Telecom]~, da Impresa e da Zon, é liderada, no Brasil, por Agostinho Branquinho, que não quis falar à VISÃO, invocando o seu “período de jejum” da política portuguesa. É amigo e companheiro de partido de Relvas.

O ministro tem em mãos a privatização da RTP e saberá do interesse da Cofina e da Ongoing no canal. No Brasil, o grupo viu arquivada uma queixa por alegada violação da lei relativamente às origens estrangeiras do seu capital. “A verdade prevalece, apesar das campanhas de alguma concorrência”, diz um porta-voz da empresa. Fernão Mesquita não ficou convencido. “Nunca superamos, vocês e nós, o sistema feudal. Seguimos vivendo sob um rei e seus barões. Não há poderes independentes.”

Fonte: Veja Blog do Reinaldo Azevedo

Lauro Jardim

Radar on-line

com Robson Bonin e Thiago Prado

Economia

Atuação em Portugal


O semanário português Expresso afirma em sua última edição que a Band está interessada na privatização da RTP, uma das duas redes de TV mais importantes do Portugal.

E afirma que José Dirceu estaria ajudando a Band na empreitada. Dirceu, diz o semanário, é “amigo” de Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares de Portugal.
Por Lauro Jardim

Fonte: Veja Blog do Lauro Jardim

Lauro Jardim

Radar on-line

com Robson Bonin e Thiago Prado

Brasil

Dirceu em português


A revista portuguesa Visão publicou hoje um perfil das andanças e prospecção de negócios no Brasil do ministro de Assuntos Parlamentares de lá (equivalente à Ideli Savatti deles), Miguel Relvas. E com quem Relvas tem se relacionado por aqui? José Dirceu, amigo de Relvas há décadas.
Por Lauro Jardim

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