... Julgo que depois destes malabarismos, os currículos das pessoas com funções políticas activas com o propósito de praticar o bem comum de uma nação, devem ser exigidos e publicados em Diário da Republica para qualquer cidadão poder consultar e certificar-se das habilitações de cada politico. Não deve ser uma opção, mas uma condição contemplada numa lei própria para o efeito, pois como sabemos, nenhum trabalhador é admitido numa função numa empresa, sem referências e/ou curriculo académico/profissional. será verdade que o PS está "calado" neste caso da licenciatura de M. Relvas porque o Irmão Maçon António Seguro dos Bancos (da Universidade Lusófona) foi um dos professores envolvido no processo?...
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Educação, Saúde, Segurança Social Funções Sociais do Estado: "Dimensão da Destruição Já Realizada e Da Que Está Em Curso; Consequências do Círculo de Destruição Em Que o País Está Mergulhado, Estratégia das Forças do Capital e da Troika Nacional"; Estudos Economia do Economista Eugénio Rosa




Funções sociais do Estado: a dimensão da destruição já realizada e da que está em curso
Eugénio Rosa*

Crise Económica Europeia: Portugal Prejudicado Com  Euro; Alemanha Principal Beneficiário! Elevado Nível de Vida Alemão Conseguido À Custa do Défice de Portugal E Endividamento dos Portugueses; Resultado Desastroso Da Moeda Única e Balança Comercial Negócios Portugal Alemanha; Estudos de Eugénio Rosa


11.Nov.12 :: Outros autores
O governo provoca a recessão com a política que segue e depois utiliza os resultados nefastos obtidos para justificar cortes brutais nas despesas sociais do Estado, para assim procurar destruir as funções sociais. Eis o círculo de destruição em que o país está mergulhado e eis também a estratégia das forças do capital e da troika nacional
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FUNÇÕES SOCIAIS DO ESTADO: a dimensão da destruição já realizada e da que está em curso

Eugénio Rosa*

Governo e “troika” estão empenhados em destruir aquilo que muitos designam como Estado social” através do estrangulamento financeiro. Para tornar claro isso, e para se poder ficar com uma ideia das consequências para os portugueses dos cortes enormes nas despesas com as funções sociais do Estado, ou seja, com a educação, a saúde e segurança social constantes do OE-2013, assim como do novo corte de 4.000 milhões € acordado pelo governo e “troika” interessa analisar os que já se verificaram ou estão a ser aplicados, até porque os novos cortes (os do OE-2013 mais os 4000 milhões €) vêem-se adicionar aos já realizados até ao fim de 2012.

O quadro seguinte, construído com dados da execução orçamental divulgada todos os meses pelo Ministério das Finanças, torna claro o que está em jogo, e quais serão as consequências inevitáveis dos cortes já feitos por este governo e “troika”, e dos novos anunciados por eles.

Quadro 1 – Despesas pagas pelo Estado nas áreas sociais – Período Janeiro/Setembro de cada ano


Quadro 1 – Despesas pagas pelo Estado nas áreas sociais – Período Janeiro/Setembro de cada ano
FUNÇÕES2010
Milhões €
2011
Milhões €
2012
Milhões €
2011/2010
Milhões €
2012/2011
Milhões €
2012-10
Milhões €
Educação 6.142,6 5.664,7 4.909,8 -477,9 -754,9 -1.232,8
Saúde 7.220,0 6.683,3 5.938,2 -536,7 -745,1 -1.281,8
Segurança e Acção Social 8.798,5 8.378,2 8.785,0 -420,3 406,8 -13,5
Habitação e serviços colectivos 206,1 144,1 113,5 -62,0 -30,6 -92,6
Serviços culturais e recreativos 251,1 203,6 521,3 -47,5 317,7 270,2
SOMA 22.618,3 21.073,9 20.267,8 -1.544,4 -806,1 -2.350,5
FONTE: Síntese execução orçamental - Outubro 2011 e 2012 - DGO, Ministério Finanças
 Nossa nota: Compromissos Sociais do Estado A Razão de Ser dos Impostos: Os compromissos sociais do Estado, dívidem-se em: Educação, Saúde, Segurança e Acção Social, Habitação e serviços coletivos, Serviços culturais e recreativos 



Os dados do quadro referem-se apenas aos primeiros nove meses de cada ano (Jan./Set.), no entanto os cortes em despesas com serviços essenciais para a população são tão elevados que chocam pelas consequências que inevitavelmente estão a ter sobre vida dos portugueses, empurrando muitos para a miséria. E isto porque, tomando como base a despesa realizada pelo Estado nos primeiros nove meses de cada ano, verificou-se, entre 2010 e 2012, ou seja, em apenas dois anos um corte nas despesas com a educação e saúde superior a 2.500 milhões €. O corte nas transferências para a Segurança Social à primeira vista parece ser menor, o que não é verdadeiro já que o valor de 2012 inclui as transferências do OE para financiar um plano de emergência assistencialista (cantinas para os pobres) no valor de 176 milhões € e o pagamento das pensões aos bancários (522 Milhões €), despesas que até 2012 não existiam.

Apesar destes elevados cortes nas despesas sociais do Estado fundamentais para a população, na proposta de OE-2013, é feito outro corte enorme. Os dados do quadro 2, retirados do Relatório que acompanha o OE para 2013, mostram a sua dimensão.

Quadro 2 – Cortes despesas com as funções sociais do Estado entre 2012 e 2013 constantes OE-2013


Quadro 2 – Cortes despesas com as funções sociais do Estado entre 2012 e 2013 constantes OE-2013
2012 - Milhões € 2013 - Milhões€
Educação 6.733,6 6.753,5
Saúde 10.470,3 8.507,4
Segurança social e acção social 12.348,8 12.828,5
Habitação e serviços coletivos 196,9 159,3
Serviços culturais e comunicações 602,7 214,6
SOMA 30.352,3 28.463,3
Subsidio Natal 437,1
Aumento
contribuições para CGA (15%-20%)
-110,0
27.916,2
CORTES EFETIVOS ENTRE 2012 E 2013 -2.436,1
FONTE: Relatório OE-2013


Na proposta de OE-2013 estão inscritos 28.463,3 milhões € para despesas com as funções sociais do Estado, valor que já é inferior ao inscrito no OE-2012 em 1.889 milhões €. Mas mesmo este valor, que já é enorme, é ainda inferior ao valor real. E isto porque no valor de 2013 estão incluídos o subsídio de Natal aos funcionários públicos (que é reposto em 2013, mas que o governo se apropria depois através do aumento do IRS) e o aumento das contribuições de 15% para 20% das entidades públicas para a CGA, despesas estas que não existiam em 2012, as quais somam 547,1 milhões €. Se as deduzirmos ao valor inscrito no OE-2013 – 28.463,3 milhões € -, para poder ser comparado com o valor de 2012, ficam 27.916,2 milhões €, o que significa que o corte nas despesas com as funções sociais do Estado, constante do OE-2013, atinge 2.436,1 milhões €, a adicionar ao corte realizado no período 2010-2012 que foi de 2.350,5 milhões €.

Cortes gigantescos, mesmo sem contar com os novos 4.000 milhões € anunciados pelo governo,que se forem concretizados agravarão as condições de vida dos portugueses, a juntar ao resultante do aumento brutal da carga fiscal que analisamos em outro estudo. E esta redução ainda não entra com o efeito da inflação pois os dados considerados são a valores nominais o que determina que, em termos reais, a redução ainda seja maior.


No quadro anterior existem rubricas em que os valores de 2013 ou são iguais ou superiores aos de 2012, podendo gerar a ideia falsa de uma melhoria. No entanto, a verdade é outra. Por ex., no valor inscrito para a educação em 2013 – 6753,5 milhões € - se deduzirmos o valor do subsidio de Natal e o aumento de despesa determinada pela subida da taxa contributiva das entidades públicas para a CGA de 15% para 20%, o valor que resta é inferior ao de 2012 em mais de 300 milhões €. O mesmo se pode dizer em relação à Segurança Social cujo aumento é explicado pelo aumento da transferência do OE para financiar o chamado Plano de Emergência (cantinas para pobres, uma forma “moderna” de sopa para os pobres) e pela reposição, em 2013, de 1,1 subsídio aos pensionistas que custará à Segurança Social mais 300 milhões €. Em suma, se deduzirmos todas estas importâncias o que fica em 2013 para os encargos que existiam em 2012 é muito inferior ao inscrito no OE- 2012. E ainda se quer cortar mais 4.000 milhões € em 2013-2014

A POLITICA DE AUSTERIDADE, CAUSA DA RECESSÃO ECONÓMICA, ESTÁ A DESTRUIR AS FUNÇÕES SOCIAIS DO ESTADO VITAIS PARA TODA A POPULAÇÃO


A viabilidade e a sustentabilidade das funções sociais do Estado (educação, saúde, segurança social) dependem de um financiamento adequado e sustentado. E este não é possível de ser garantido pelo Estado sem crescimento económico. A política de austeridade, ainda por cima aplicada em plena crise e a consequente recessão económica, estão a matar, pela via do estrangulamento financeiro, as funções sociais do Estado, já que as receitas do Estado estão a diminuir significativamente como revela o quadro 3.


Quadro 3 – Quebra nas receitas fiscais e nas da Segurança Social e aumento das despesas com o desemprego e com o pagamento de juros pelo Estado – Janeiro a Setembro


Quadro 3 – Quebra nas receitas fiscais e nas da Segurança Social e aumento das despesas com o desemprego e com o pagamento de juros pelo Estado – Janeiro a Setembro
DESIGNAÇÃO 2011 2012 2012-2011
EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO Milhões de euros
RECEITAS FISCAIS - Estado 25.113 23.876 -1.237
Impostos diretos 10.414 9.966 -448
Impostos indiretos 14.699 13.910 -789
JUROS PAGOS PELO ESTADO 4.165 4.998 +833
EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DA SEGURANÇA SOCIAL
Contribuições e quotizações 10.227 9.736 -491
Subsídio desemprego e apoio ao emprego 1.549 1.904 +355
REDUÇÃO DAS RECEITAS FISCAIS E DAS CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL
30.399 29.455 -1.728
AUMENTO DESPESA COM SUBSIDIO DESEMPREGO E JUROS 5.713 6.902 +1.188

FONTE: Síntese da Execução Orçamental de Outubro de 2011 e 2012- DGO-Ministério das Finanças




Como consequência da recessão económica, causada pela política de austeridade, as receitas fiscais no período Jan-Set.de 2012 foram inferiores, às de idêntico período de 2011, em 1.237 milhões €, e as de contribuições para a Segurança Social diminuíram em 491 milhões €; assim, o Estado e a Segurança Social perderam 1.728 milhões €. Em contrapartida as despesas com o subsídio de desemprego e com o pagamento de juros pelo Estado passaram entre Jan/Set-2011 e Jan/Set-2012 de 5.713 milhões e para 6.902 milhões €, ou seja, sofreram um forte acréscimo de 1.188 milhões €. Com esta política de austeridade, que está a destruir a economia e a sociedade portuguesa, não existem funções sociais do Estado que resistam.

Provoca-se a recessão com a política seguida e depois utilizam-se os resultados nefastos obtidos para justificar os cortes brutais nas despesas sociais do Estado, e assim procurar destruir as funções sociais. Eis o círculo de destruição em que o país está mergulhado e eis também a estratégia das forças do capital e da direita em Portugal. É necessário inverter esta situação. E contrariamente ao que afirmam os seus defensores existem alternativas e é urgente começar a debatê-las de uma forma alargada para encontrar uma alternativa para esta política que está a destruir a economia e a sociedade portuguesa, e a levar o país à ruína.

*EUGENIO ROSA Economista – edr2@netcabo.pt



Último Estudo 11-11-2012 - O ELEVADO NIVEL DE VIDA DOS ALEMÃES CONSEGUIDO TAMBÉM À CUSTA DO DÉFICE DE PORTUGAL E DO ENDIVIDAMENTO DOS PORTUGUESES Download PDF


Estudos de Eugénio Rosa: FUNÇÕES SOCIAIS DO ESTADO: A dimensão da destruição já realizada e a que está em curso; Download PDF
http://www.eugeniorosa.com/Sites/eugeniorosa.com/Documentos/2012/46-2012-Funcoes-sociais-Estado-D.pdf


Quem é o Autor

Eugénio Óscar Garcia da Rosa, licenciado em Economia e Doutorado pelo ISEG, Universidade Técnica de Lisboa, com a tese "Grupos Económicos e Desenvolvimento em Portugal no Contexto da Globalização" tendo sido atribuida a classificação "Muito Bom com Distinção por Unanimidade", Mestre em Ciências da Comunicação pelo ISCTE e Universidade Aberta, membro do Gabinete de Estudos da CGTP-IN e responsável pelo Gabinete Técnico da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública. Email:edr2@netcabo.pt

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Crise Económica Europeia: Portugal Prejudicado Com Euro; Alemanha Principal Beneficiário! Elevado Nível de Vida Alemão Conseguido À Custa do Défice de Portugal E Endividamento dos Portugueses; Resultado Desastroso Da Moeda Única e Balança Comercial Negócios Portugal Alemanha; Estudos de Eugénio Rosa



Estudos de Economia: Estudo do economista Eugénio Rosa comprova que o elevado nível de vida dos alemães também foi conseguido à custa do endividamento dos portugueses. Este último estudo de Eugénio Rosa, é mais um estudo que confirma, a "Ascensão do IV Reich" - O Reich Económico da politica financeira de austeridade imposta por Merkel: O Resgate da dívida dos PIIGS (Portugal, Irlanda, Grécia) tem sido «bom negócio para a Alemanha», algo que já aqui dissemos em Julho de 2011que a Alemanha lucra com a crise financeira e com os Resgates a Portugal. Também, o  primeiro-ministro luxemburguês e presidente do Eurogrupo, Jean Claude Juncker, responsabilizou a Alemanha pelo agravamento da crise e defendeu que alguns dos seus políticos tratam a zona euro como se fosse sua "uma filial", artigo publicado em 30 Jul 2012 pela Agência Lusa. Como a Alemanha ganha com a crise, Merkel pede mais cinco anos de esforços veja o video com as declarações.

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Também Ewald Nowotny, governador do Banco da Áustria e membro do conselho de governadores do BCE, diz que "Austeridade a mais pode "repetir" o que se passou na Alemanha pré-nazi" e traça um paralelo com as políticas de austeridade na Alemanha no começo dos anos 30, ambiente que facilitou a chegada ao poder de Adolfo Hitler.



Berlusconi: "Se Merkel não muda o rumo, Berlim deve sair do euro"; Comentário do ex-primeiro ministro italiano na sua página no Facebook convida a Alemanha a dar poderes ao BCE para garantir os bancos e emitir moeda. Se não o fizer, poderá colocar-se a hipótese de Berlim sair do euro. Ou de sair a Itália.


O que tal como denunciado  pelo Dr.  Rath no discurso se Auschwitz, "a União Europeia, constitui o velho sonho da alta finança alemã de criar e dominar um império económico de Lisboa a Sófia". consta do relatório de 1945, o documento secreto US ARMY SECRET REPORT EW-PA 128, documentos secretos EW PA-128 US ARMY do plano Nazi de criação da União Europeia, conhecido por "Red House Report" e por "Protocolo de Budapeste",

"Europa Sem Solução Nem Luz Ao Fundo do Túnel e Pior Do Que Há Cinco Anos"; Joseph Stiglitz, Galardoado Com o Prémio Nobel da Economia


"Crise Económica Europeia Pode Acabar Já Se Existir Vontade Política"; Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia

"Pesadelo Económico Social Europeu: O Plano Não Está a Funcionar É Preciso Mudar de Rumo e de Políticas"; Christopher T. Mahoney, ex-vice presidente da agência Moody's

"Orçamento de Estado Impossível de Cumprir. Quando é que vamos pedir o perdão da dívida?" Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco

«A crise mundial que o sector da banca privada criou tornou-se um pretexto para o ataque generalizado aos bens públicos» Catastroika, A Democracia Sequestrada Pelos Banqueiros

Máfia Financeira: Crise Euro; Política Económica Goldman Sachs, Catroga e as Negociações do Resgate Com FMI; Filme Donos de Portugal, e A Solução da Islândia

Origens da Crise Económica Portuguesa Euro-milhões Máfia: Os Destruidores de Portugal e Arquitectos das Privatizações...


"Está na hora de revolução na zona euro". Terminou o tempo para uma discussão "educada". O que está em causa no "Sul" da Europa é a diferença entre a Prosperidade e um Futuro de Miséria determinado pelas políticas seguidas pela UE; Christopher T. Mahoney, ex-vice presidente da agência Moody's


Segue o Estudo do Economista Eugénio Rosa


O ELEVADO NIVEL DE VIDA DOS ALEMÃES TAMBÉM FOI CONSEGUIDO À CUSTA DO DÉFICE
COMERCIAL DE PORTUGAL E DO ENDIVIDAMENTO DOS PORTUGUESES


Numa altura em que a chanceler alemã Merkel vem a Portugal para apoiar um governo cuja politica a seu mando está a destruir a economia e a sociedade portuguesa, é importante lembrar-lhe que o nível de vida dos alemães foi também conseguido à custa do défice da balança comercial de Portugal e dos portugueses que se endividaram para comprar produtos alemães.



A ALEMANHA FOI A PRINCIPAL BENEFICIADA COM A INTRODUÇÃO DO EURO


O quadro 1, construído com dados do Eurostat, mostra que um dos países mais beneficiados com a introdução do euro foi a Alemanha, e um dos mais prejudicados foi precisamente Portugal.

Quadro 1- O saldo das balanças comerciais alemã e portuguesa após a criação do euro


Quadro 1 -  O saldo das balanças comerciais alemã e portuguesa após a criação do euro
ANOS SALDO DA BALANÇA COMERCIAL -
Milhões € 
Alemanha Portugal
2002 +132.771 -15.068
2003 +129.905 -13.652
2004 +156.078 -15.404
2005 +155.809 -20.242
2006 +160.420 -20.654
2007 +194.259 -21.632
2008 +177.525 -25.347
2009 +138.868 -19.682
2010 +153.964 -20.291
2011 +156.853 -15.345
SOMA +1.556.452 -187.317
FONTE: Eurostat

No período 2002-2011, a Alemanha acumulou um saldo positivo na sua balança comercial de 1.556.452 milhões €, enquanto Portugal acumulou um saldo negativo na sua balança comercial de 187.317 milhões €, ou seja, mais do valor do PIB português de um ano.

Fica assim claro, que a Alemanha foi altamente beneficiada com a criação do euro, enquanto Portugal foi claramente prejudicado porque o saldo negativo da sua balança comercial disparou. E isto porque o euro para Portugal era uma moeda altamente valorizada afetando a sua capacidade competitiva, enquanto em relação à Alemanha, tendo em conta o seu grau de desenvolvimento, sucedia o contrário.

Entre 2002-2007, ou seja até à crise, o saldo positivo anual da Alemanha aumentou 46,3%, e o saldo negativo de Portugal cresceu 43,6%. É por isso que muitas vezes se diz que os excedentes dos países do norte da U.E., que contribuem para a sua riqueza e o nível de vida dos seus cidadãos, são conseguidos à custa dos défices dos países do sul e do seu atraso.

PORTUGUESES COMPRAM MUITO MAIS À ALEMANHA DO QUE OS ALEMÃES A PORTUGAL


Os dados do INE não mentem, e eles mostram que a Alemanha tem contribuído fortemente para o défice comercial de Portugal, e para o endividamento do país e dos portugueses. O quadro 2 mostra claramente isso.

Quadro 2 – Balança Comercial de Portugal com a Alemanha

Quadro 2 – Balança Comercial de Portugal com a Alemanha
ANOS Importações
Milhões €
Exportações
Milhões €
SALDO
Milhões €
1996 4.415 4.030 -385
1997 4.893 4.196 -697
1998 5.630 4.581 -1.049
1999 5.980 4.617 -1.363
2000 6.558 4.847 -1.711
2001 6.720 5.199 -1.521
SOMA
(1996-2001)
34.197 27.471 -6.726
2007 8.367,5 4.957,5 -3.410,0
2008 8.594,9 4.954,3 -3.640,6
2009 6.789,9 4.106,4 -2.683,5
2010 7.913,4 4.785,5 -3.128,0
2011 7.118,0 5.703,0 -1.415,0
2012
(Jan/Set)
4.750,0 4.276,0 -474,0
SOMA
(2007-2012)
43.533,7 28.782,6 -14.751,1
FONTE: Comercio Internacional – INE


O elevado nível de vida dos alemães também foi conseguido à custa do endividamento dos portugueses


Portugal sempre teve uma balança comercial deficitária com a Alemanha como revelam os dados do INE do quadro 2, o que contribuiu para o endividamento do país e dos portugueses.


No entanto, após a criação do euro o saldo negativo das relações comerciais de Portugal com a Alemanha disparou, mais que duplicando, o que determinou também que o endividamento do país e dos portugueses tenha disparado como consequência da compra de produtos alemães por portugueses. Este grave desequilíbrio das relações de Portugal contribuiu também, e fortemente, para o endividamento de Portugal, pois se as relações comerciais com os outros países e, em particular com a Alemanha fossem equilibradas, certamente a situação de Portugal agora seria mais equilibrada e o endividamento seria menor. Seria bom que a sra. Merkel não se esquecesse disso quando chegar a Portugal, e que os alemães não ignorassem isso. Não será certamente por acaso que com a crise dos países do sul, e com a quebra das suas importações a Alemanha e outros países do norte estejam a caminhar para a recessão económica,

As próprias empresas alemãs que se instalaram em Portugal também contribuem para isso. Como consta das últimas Estatísticas do Comercio Internacional divulgadas pelo INE em 2012, “ Em 2009, “as 5 maiores empresas importadoras concentravam 45,6% do valor total da importação de bens originários dos Países Terceiros” e, entre estas cinco estava a Autoeuropa que era o 3º maior importador a operar em Portugal (pág. 65. ECI-2010-INE).

A ALEMANHA TEM UMA BALANÇA DE PAGAMENTO ALTAMENTE SUPERAVITÁRIA ENQUANTO PORTUGAL TEM UMA BALANÇA DE PAGAMENTOS ALTAMENTE DEFICITÁRIA


Mas a Alemanha não é só beneficiada com os as exportações que faz para outros países. Obtendo elevados excedentes com o comercio externo, a Alemanha acumula gigantescos meios financeiros e depois as suas empresas e bancos investem em outros países obtendo elevados lucros, juros e mais-valias o que contribui, juntamente com os saldos positivos da sua balança comercial, para os elevados saldos positivos na sua balança de pagamentos. Portugal, pelo contrário, tem acumulados elevados défices. O quadro 3, com dados do Eurostat, mostra tudo isso.

Quadro 3 – Saldos da Balança de Pagamentos da Alemanha e de Portugal
Quadro 3 – Saldos da Balança de Pagamentos da Alemanha e de Portugal
ANOS ALEMANHA
Milhões €
PORTUGAL
- Milhões €
2010 +150.669 -17.226
2011 +146.564 -11.099
2012
(1º e 2º Trimestres)
+78.688 -2.892
SOMA +375.921 -31.217
FONTE: Eurostat

Em dois anos e meio a Alemanha acumulou um saldo positivo de 375.921 milhões € na sua balança de pagamentos, sendo uma parcela importante resultante das suas relações com os países da União Europeia. É evidente que para a Alemanha poder acumular excedentes tão elevados, foi necessário que outros países acumulassem elevados saldos negativos, pois as relações externas são um jogo de resultado nulo. Portugal foi precisamente um dos países que, para a Alemanha ter um resultado altamente positivo, o nosso país teve de ter um resultado altamente negativo.

Efetivamente Portugal acumulou nos últimos 2,5 anos um saldo negativo de 31.217 milhões € na sua balança de pagamentos, o que foi pago ou com o aumento do endividamento externo ou através da transferência de uma parcela da riqueza criada no país (do PIB) para o exterior ficando menos para investir e para garantir o bem-estar dos portugueses. Esta é uma consequência inevitável dos grandes desequilíbrios que existem quer no seio da União Europeia quer a nível mundial, resultante de um comercio e de movimentos de capitais totalmente desregulados, o que tem permitido a alguns países desenvolveram-se e enriquecerem baseados fundamentalmente nas exportações, ou seja, à custa dos défices que geram em outros países e da desindustrialização que provocam.

Entre 2000 e 2011, o total de rendimentos transferidos para o estrangeiro atingiu, em Portugal, 165.190 milhões €, sendo 3.696 milhões € de rendimentos de trabalho, 59.667 milhões € de investimentos directos  ou seja, dividendos; o restante, isto é, 116.706 milhões € foram rendimentos fundamentalmente resultantes de aplicações especulativas, ou seja, em bolsa ou de empréstimos.

Uma parcela importante destes rendimentos transferidos para o exterior vão alimentar os elevados saldos positivos da balança de pagamentos alemã. Isso acontece, por ex., quando a Alemanha obtém empréstimos nos “mercados” a 1% ou menos, e depois, no âmbito do Programa de Assistência Financeira, empresta a Portugal cobrando juros entre 3% e 4%, e indexando o capital simultaneamente a euros/dólares/iens para não correr riscos, comportando-se como um agiota.

Era importante que chanceler Merkel se lembrasse de tudo isto, e compreendesse a razão porque os portugueses têm razão para estarem revoltados, já que este comportamento da Alemanha não tem nada da solidariedade prometida no âmbito da U.E..
Eugénio Rosa – Economista – edr2@netcabo.pt - 11.11.2012

Último Estudo de Eugenio Rosa 11-11-2012 - O ELEVADO NIVEL DE VIDA DOS ALEMÃES CONSEGUIDO TAMBÉM À CUSTA DO DÉFICE DE PORTUGAL E DO ENDIVIDAMENTO DOS PORTUGUESES Download PDF

Educação, Saúde, Segurança Social Funções Sociais do Estado: "Dimensão da Destruição Já Realizada e Da Que Está Em Curso; Consequências do Círculo de Destruição Em Que o País Está Mergulhado, Estratégia das Forças do Capital e da Troika Nacional"; Estudos Economia do Economista Eugénio Rosa

Eugénio Rosa – Economista – Este e outros estudos disponíveis em www.eugeniorosa.com

A Comissão Trilateral Controla a União Europeia


Berlusconi: "Se Merkel não muda o rumo, Berlim deve sair do euro"; Comentário do ex-primeiro ministro italiano na sua página no Facebook convida a Alemanha a dar poderes ao BCE para garantir os bancos e emitir moeda. Se não o fizer, poderá colocar-se a hipótese de Berlim sair do euro. Ou de sair a Itália.


O que a tal como denunciado  pelo Dr.  Rath no discurso se Auschwitz, "a União Europeia, constitui o velho sonho da alta finança alemã de criar e dominar um império económico de Lisboa a Sófia". consta do relatório de 1945, o documento secreto US ARMY SECRET REPORT EW-PA 128, documentos secretos EW PA-128 US ARMY do plano Nazi de criação da União Europeia, conhecido por "Red House Report" e por "Protocolo de Budapeste", 

documentos secretos que comprova que o Hitler não morreu,

Política, Austeridade, Bancos E Crise Económica Europeia: "Europa Sem Solução Nem Luz Ao Fundo do Túnel e Pior Do Que Há Cinco Anos"; Joseph Stiglitz, Galardoado Com o Prémio Nobel da Economia


"Crise Económica Europeia Pode Acabar Já Se Existir Vontade Política"; Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia

"Pesadelo Económico Social Europeu: O Plano Não Está a Funcionar É Preciso Mudar de Rumo e de Políticas"; Christopher T. Mahoney, ex-vice presidente da agência Moody's

"Orçamento de Estado Impossível de Cumprir. Quando é que vamos pedir o perdão da dívida?" Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco

«A crise mundial que o sector da banca privada criou tornou-se um pretexto para o ataque generalizado aos bens públicos» Catastroika, A Democracia Sequestrada Pelos Banqueiros

Máfia Financeira: Crise Euro; Política Económica Goldman Sachs, Catroga e as Negociações do Resgate Com FMI; Filme Donos de Portugal, e A Solução da Islândia

Origens da Crise Económica Portuguesa Euro-milhões Máfia: Os Destruidores de Portugal e Arquitectos das Privatizações...

 Merkel pede mais cinco anos de esforços. A porca gorda NAZI,  filha do Hitler


"Está na hora de revolução na zona euro". Terminou o tempo para uma discussão "educada". O que está em causa no "Sul" da Europa é a diferença entre a Prosperidade e um Futuro de Miséria determinado pelas políticas seguidas pela UE; Christopher T. Mahoney, ex-vice presidente da agência Moody's

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Estudos Economia Portuguesa: Resultado Política PSD CDS UE BCE FMI Troika Fascista; Governo dos Mercados Financeiros do Casino dos Bancos de Especulão Financeira Internacional; Estudo do Economista Eugénio Rosa



Um ano de “troika” e de governo PSD/CDS para os trabalhadores Estudo de Eugénio Rosa – Economista

O QUE SIGNIFICOU PARA OS TRABALHADORES PORTUGUESES UM ANO DE “TROIKA” E DE GOVERNO PSD/CDS?

Um ano de “troika” e de governo PSD/CDS para os trabalhadores Estudo de Eugénio Rosa – Economista
Escravatura Antiga do Cacique
Escravidão e Servidão moderna
Estados Amarrados á Ddivida; A Ditadura dos Bancos e Cacique do FMI


 

RESUMO DESTE ESTUDO


No 1º ano detroika” e de governo PSD/CDS verificou-se que Portugal, um pais de baixos salários, está-se a transformar num país de salários ainda mais baixos, pois o peso percentual dos trabalhadores com salários baixos e muito baixos está a aumentar , e a percentagem com salários mais elevados está a diminuir. Segundo o INE (ver quadro 1), entre 2011 e 2012, a percentagem de trabalhadores a receber salários líquidos inferiores a 310€ por mês aumentou de 3,7% para 4%; entre 310€ e 600 € subiu de 31,1% para 31,5%, e entre 600 € e 900 € passou de 26,8% para 27,9% (o total destes três escalões cresceu, entre 2011 e 2012, de 61,6% para 63,5%).

Inversamente, no mesmo período, verificou-se uma redução importante na percentagem de trabalhadores com salários líquidos mais elevados. Segundo também o INE, a percentagem de trabalhadores com salários líquidos entre 2500€ e 3000€ diminuiu em 19,8%, e a de trabalhadores com salários líquidos superiores a 3000€ sofreu uma redução de 19%.

Em 2012, a previsão é que esta tendência se agrave ainda mais. Assim, segundo as Previsões da Primavera de 2012 da Comissão Europeia divulgadas este mês, os salários nominais deverão descer em Portugal -3,1%, a que se junta um forte aumento de IRS superior a 723 milhões € determinado pela diminuição significativa de muitas deduções no IRS que tinham os rendimentos do trabalho (ver Quadro 2) constante da Lei do Orçamento do Estado para 2012 do governo PSD/CDS, com impacto muito negativo nos salários e nas pensões (os seus efeitos sentir-se-ão mais fortemente aquando do pagamento do IRS referente aos rendimentos auferidos em 2012), que reduzirá ainda mais os salários líquidos dos trabalhadores portugueses.

No 1º ano de “troika” e de governo PSD/CDS foram destruídos em Portugal 203,5 mil empregos quadro 3), o que significa 558 empregos por dia (no 1º Trim.-2012, essa destruição, acelerou-se alcançando 810 empregos destruídos por dia), sendo 358 ocupados por homens e 200 empregos ocupados por mulheres. E em 2012, a Comissão Europeia, nas suas Previsões da Primavera, estima que o emprego em Portugal se reduza em -3,3%, o que significa a destruição de mais 153,8 mil postos de trabalho. É evidente que a previsão do governo PSD/CDS de uma taxa de desemprego de 14,5%em 2012 é falsa e visa apenas iludir (anestesiando-a) a opinião pública.

Segundo o INE, entre o 1º Trimestre de 2011 e o 1º Trimestre de 2012, (quadro 4) o desemprego oficial aumentou em Portugal de 12,4% para 14,9% (de 689 mil para 819 mil desempregados), mas o desemprego real, que inclui também os “inactivos disponíveis” e o “desemprego visível, aumentou de 17,7% para 21,5% (o número de desempregados subiu de 1.007.000 para 1.224.000). E no fim do 1ºTrimestre de 2012, segundo dados da Segurança Social, estavam a receber o subsidio de desemprego apenas 359 mil desempregados, ou seja, somente 29 em cada 100, não recebendo qualquer subsidio de desemprego 865.000 desempregados.

Entre 2011 e 2012, o desemprego de longa duração (quadro 5), ou seja, com duração superior a um ano, aumentou de 365,2 mil para 416,2 mil, representando em 2012 mais de 50% do desemprego oficial. Para além destes, ainda existem várias centenas de milhares de desempregados que não são considerados no desemprego oficial (inactivos disponíveis e subemprego visível), cujo número aumentou, entre 2011 e 2012, de 365,2 mil para 416,2 mil .

Entre 2011 e 2012 (Quadro 6), o desemprego de trabalhadores com o nível de escolaridade até ao básico aumentou 8,2%, mas os com ensino secundário cresceu 43,5%, e os com ensino superior subiu em 37%.

A destruição da economia portuguesa está a impedir que os trabalhadores com maior escolaridade e qualificação encontrem emprego, obrigando muitos deles a imigrar.

No 1º ano de “troika” e de governo PSD/CDS as funções sociais (saúde, educação, segurança social), que se podem considerar como um salário indirecto para os trabalhadores, sofreram cortes muito grandes o que está a provocar a degradação dos serviços públicos e fortes restrições no direito ao seu acesso (aumento de 100% nas taxas moderadoras, redução de comparticipação nos medicamentos). Segundo o Relatório do OE-2012 (pág. 79), entre 2010 e 2011, as despesas com as funções sociais do Estado diminuíram de 30.843 milhões € para 29.281 milhões €, ou seja, sofreram um corte de 1.562 milhões €, estando previsto para 2012 mais um outro corte de 2.843 milhões €, o que está a tornar a situação insustentável provocando a ruptura em muitos serviços.

Eis na linguagem fria dos números oficiais, algumas das consequências para os trabalhadores de um ano de intervenção da “troika estrangeira” e de política do governo do PSD/CDS que estão a destruir a economia e a sociedade portuguesa.

Estudo


Utilizando a linguagem objectiva dos números oficiais vai-se apresentar, de uma forma sintética, algumas das consequências para os trabalhadores (somente uma pequena parte para o estudo não ficar demasiadamente extenso) da terapia de choque ultraliberal recessiva que está a ser imposta pela “troika” estrangeira e pelo governo PSD/CDS aos portugueses, a qual está a destruir a economia e a sociedade portuguesa.

Comecemos pelos salários.


O quadro 1, com dados das Estatísticas do Emprego do INE, revela que no 1º ano de “troika” e de governo PSD/CDS, a percentagem de trabalhadores com salários líquidos nominais baixos ou muito baixos aumentou, enquanto a de trabalhadores com salários mais elevados diminuiu.

Quadro 1- Trabalhadores por conta de outrem por escalão de rendimento salarial mensal liquido

Quadro 1- Trabalhadores por conta de outrem por escalão de rendimento salarial mensal liquido

Escalão de rendimento salarial 1ºTrim.-2011 1ºTrim.-2012 Variação dos trabalhadores Em %
Milhares %
TOTAL
Milhares %
TOTAL
PORTUGAL - Trabalhadores por conta de outrem 3.814,3 100,0% 3.662,2 100,0% -4,0%
Trabalhadore a receber Menos de 310 euros 140,0 3,7% 147,3 4,0% 5,2%
Trabalhadore a receber De 310 a menos de 600 uros 1.187,6 31,1% 1.154,5 31,5% -2,8%
Trabalhadore a receber De 600 a
menos de 900 euros
1.023,8 26,8% 1.022,1 27,9% -0,2%
Trabalhadore a receber De 900 a menos de 1.200 euros 411,1 10,8% 415,8 11,4% 1,1%
Trabalhadore a receber De 1 200 a menos de 1 800 euros 367,2 9,6% 369,2 10,1% 0,5%
Trabalhadore a receber De 1.800 a menos de 2.500 euros 113,2 3,0% 114,7 3,1% 1,3%
Trabalhadore a receber De 2 500 a menos de 3 000 euros 29,8 0,8% 23,9 0,7% -19,8%
Trabalhadore a receber 3 000 euros e mais euros 35,2 0,9% 28,5 0,8% -19,0%
*NS/NR 506,5 13,3% 386,3 10,5% -23,7%
SALARIOS ATÉ 600 EUROS 1.327,6 34,8% 1.301,8 35,5% -1,9%
SALARIOS ATÉ 900 EUROS 2.351,4 61,6% 63,5% -1,2%

Isto é o resultado de um ano de “troika” e de governo PSD/CDS para os trabalhadores

Fonte: INE, Estatísticas do Emprego - 1º Trimestre de 2011 e de 2012. - Tabela adaptada e melhorada por Revolta Total Global Democracia Real Já
*NS/NR - Não Sabe, e ou, Não Responde



Entre 2011 e 2012, a percentagem dos trabalhadores a receber salários líquidos inferiores a 900€ por mês aumentou de 61,6% para 63,5% do total. Inversamente, no mesmo período, verificou-se uma redução importante na percentagem de trabalhadores com salários líquidos mais elevados. Segundo também o INE, a percentagem de trabalhadores com salários líquidos entre 2500€ e 3000€ diminuiu em 19,8%, e a de trabalhadores com salários líquidos superiores a 3000€ sofreu uma redução de 19%.

Apesar do carácter indicativo destes dados, no entanto é clara uma tendência na alteração da estrutura salarial dos trabalhadores no sentido do aumento do peso dos trabalhadores com salários baixos e muitos baixos, e da diminuição do peso dos salários elevados. E em 2012, de acordo com as Previsões da Primavera divulgadas em Maio de 2012, a Comissão Europeia prevê mais uma redução de -3,1% nos salários nominais dos trabalhadores portugueses (na Administração Pública, com o confisco do subsidio de férias e de Natal a redução atinge 14%), a que se junta.um aumento brutal no IRS como mostra o quadro 2

Quadro 2 – Alterações no Código do IRS que determinam em 2012 aumento significativo do IRS

Quadro 2 – Alterações no Código do IRS que determinam em 2012 aumento significativo do IRS

ARTIGOS DO CÓDIGO IRS ALTERADOS EM 2012 Em 2011 Em 2012 Variação
2011 - 2012
Artº 25 CIRS - Rendimentos do trabalho -Diminuição da parcela do rendimento não sujeito a IRS => Aumento de IRS em 32 milhões € 4.104,00 € 3.622,06
-481,94
Artº 53 do CIRS - Reformados e aposentados - Diminuição da parcela do rendimento não sujeito a IRS => Aumento de IRS de 24 milhões € 6.000,00 € 4.104,00
-1.896,00
Artº 79º (nº1, alínea a ) do CIRS - Diminuição da edução no IRS a pagar por sujeito passivo => Aumento de IRS em 50 milhões € 261,25 € 230,57
-30,68
Artº 79º (nº1, alínea d ) do CIRS - Diminuição da dedução no IRS a pagar por cada filho => Aumento de IRS em 19 milhões € 190,00 € 167,69
-22,31
Artº 79º (nº1, alínea e ) do CIRS - Diminuição da dedução no IRS a pagar por cada ascendente => Aumento de IRS 261,25 € 230,57
-30,68
Art 83º (nº1 ) do CIRS - Diminuição da dedução no IRS a pagar das despesas com a educação dos filhos=> Aumento IRS em 77 milhões € 760,00 € 670,75
-89,25
Artº 82 do CIRS- Redução das despesas de saúde que passa de 30% para apenas 10% => aumento significativo do IRS em 440 milhões € Vai determinar um aumento de IRS em2012 que se avalia em 440 milhões €
Artº 5 do CIRS - Redução para metade de 30% para 15%) das despesas com juros e amortizações de crédito de habitação que podem ser deduzidas no IRS=> Aumento significativo do IRS em 81 milhões € Aumento de IRS para os portugueses que estão a pagar o crédito a habitaçao que estimamos em 81 milhões €
Artº
3º do Código do IRS -
Diminuição do valor subsidio de
refeição isento de IRS
7,68
6,14
-1,54

Um ano de “troika” e de governo PSD/CDS + Colaboração do PS de Seguro dos Bancos, dá um resultado cruel para o povo português em geral e para os trabalhadores em particfular.


Só as alterações introduzidas no Código do IRS pelo governo PSD/CDS, através da Lei do Orçamento de Estado para 2012 que conseguimos quantificar (algumas não foi possível por falta de dados), determinam um aumento de IRS, que cai principalmente sobre os trabalhadores, que estimamos em mais 723 milhões €. Para além disso, as taxas de IRS sofreram um aumento em 2012 que é tanto mais elevado quanto mais baixo é o escalão (para os rendimento tributáveis até 4.893 € a subida foi de 3,8%, enquanto para rendimentos superiores a 153.300€ o aumento foi apenas de 1,4%). A conjugação de todos estes aumentos de IRS vão determinar também mais uma redução significativa dos salários líquidos dos trabalhadores portugueses em 2012.

A DESTRUIÇÃO DE EMPREGO EM PORTUGAL NO 1º ANO DE “TROIKA” E DE GOVERNO PSD/CDS ATINGIU 558 EMPREGOS POR DIA (incluindo sábados, domingos e feriados)


Como revela o quadro 3, construído também com dados divulgados pelo INE, a destruição de emprego no 1º ano de “troika” e de governo PSD/CDS foi muito elevada.


Quadro 3 – A destruição de emprego em Portugal no 1º ano de “troika” e de governo PSD/CDS

Quadro3 – A destruição de emprego em Portugal no 1º ano de “troika” e de governo PSD/CDS EMPREGO
PERÍODO Homens Mulheres TOTAL
1º Trim-2011 - Milhares 2.591,5 2.274,5 4.866,0
2º Trim-2011 - Milhares 2.594,3 2.298,7 4.893,0
3º Trim-2011 - Milhares 2.597,4 2.256,3 4.853,7
4º Trim-2011 - Milhares 2.514,9 2.220,5 4.735,4
1º Trim-2012 - Milhares 2.460,9 2.201,6 4.662,5
Destruição de emprego - Milhares -130,6 -72,9 -203,5
Destruição diária de emprego (inclui sábados, domingos e feriados)- Nº Trabalhadores que perdem o seu emprego -358 -200 -558
Fonte:
INE, Estatísticas do Emprego - 1º Trimestre de 2011 de 2012.

No 1º ano de “troika” e de governo PSD/CDS a destruição de emprego em Portugal atingiu 203,5 mil, o que corresponde a 558 empregos por dia (mais recentemente, ou seja, no 1º Trimestre de 2012, a destruição, acelerou-se alcançando 810 empregos destruídos por dia), sendo 358 ocupados por homens e 200 empregos ocupados por mulheres. Em 2012, a Comissão Europeia, nas suas Previsões da Primavera. Prevê que o emprego em Portugal se reduza em -3,3%, o que significa a destruição de mais 153,8 mil postos de trabalho, o que vai agravar ainda mais o problema do desemprego em Portugal. Quando a principal fonte de criação de riqueza de um país são as pessoas, uma politica que provoca uma tão elevada destruição de emprego e, consequentemente, de riqueza, deixando centenas de milhares de portugueses sem trabalho, que é simultaneamente o seu principal meio de sobrevivência e de dignificação, tal politica é criminosa. A afirmação de Passos Coelho de que o despedimento é uma oportunidade para mudar de vida revela, para além de uma profunda insensibilidade humana e social, uma falta de respeito por quem tem de enfrentar o drama do desemprego numa altura em que se verifica uma destruição maciça de emprego, por isso é difícil encontra novo emprego, ainda por cima vinda de uma pessoa que tem vivido à sombra do emprego protegido pelo cartão partidário.

AUMENTA O DESEMPREGO E OS DESEMPREGADOS SEM SUBSIDIO DE DESEMPREGO


O desemprego, que é um indicador avançado da recessão económica pois como mostramos no estudo anterior existe uma forte correlação entre a quebra do PIB e aumento do desemprego (lei de Okun); disparou assim como o número de desempregados sem subsidio de desemprego.

Quadro 4- Variação do desemprego e desempregados sem receber subsidio em Portugal no 1º ano de “troika” e de governo PSD/CDS



Quadro 4- Variação do desemprego e desempregados sem receber subsidio em Portugal 1º ano de “troika” e de governo PSD/CDS

RÚBRICAS VALOR TRIMESTRAL
1ºT-2011 2ºT-2011 3ºT-2011 4ºT-2011 1T-2012
1- População activa - Milhares 5.555 5.568 5.543 5.507 5.482
2- DSEMPREGO OFICIAL - Milhares
689 675 690 771 819
3- Subemprego visível - Milhares 174 175 160 187 203
4-Inativos disponíveis (inclui desencorajados) - Milhares
144 148 193 203 202
5-DESEMPREGO EFECTIVO - Milhares
1.007 998 1.043 1.161 1.224.000
6- TAXA DE DESEMPREGO - (2+3+4) Milhares
Taxa de Desemprego Oficial (2:1) 12,4% 12,1% 12,4% 14,0% 14,9%
Taxa Efectiva ((5: (1+4)) 17,7% 17,5% 18,2% 20,3% 21,5%
Diferença entre a taxa oficial de desemprego e a taxa efectiva
+5,3% +5,4% ´+5,8% +6,3% +7,4%
7 - DESEMPREGADOS A RECEBER SUBSIDIO - Milhares
294 287 287 317 359
8 - COBERTURA DO SUBSIDIO DE DESEMPREGO - Taxa
Em relação desemprego oficial (7:2) 42,7% 42,5% 41,6% 41,1% 43,8%
Em relação desemprego efectivo (7:5) 29,2% 28,8% 27,5% 27,3% 29,3%
9 - DESEMPREGADOS QUE NÃO RECEBEM SUBSIDIO DE DSEEMPREGO - Milhares 713 711 756 844 865
Fonte: INE, Estatísticas do Emprego - 1º Trimestre de 2011 e de 2012.
SIGNIFICACADO DE TROIKA = Máfia Financeira = UE, BCE, FMI


Segundo o INE, entre o 1º Trimestre de 2011 e o 1º Trimestre de 2012, o desemprego oficial aumentou em Portugal de 12,4% para 14,9% (de 689 mil para 819 mil desempregados), mas o desemprego real, que inclui também os “inactivos disponíveis” e o “desemprego visível”, ou seja, os desempregados que não procuraram emprego no período em que foi feito o inquérito por pensarem que não o encontrarão (os chamados “desencorajados”) ou por qualquer outro motivo, e também aqueles que, para sobreviverem, fazem pequenos “biscates”, mas todos eles apesar de estarem no desemprego não são incluídos no número oficial de desemprego; repetindo, se somarmos todos estes ao desemprego oficial, obtém-se uma taxa real de desemprego. E esta taxa durante o 1º ano de “troika” e de governo PSD/CDS aumentou de 17,7% para 21,5% (o número de desempregados subiu de 1.007.000 para 1.224.000).

No fim do 1º Trimestre de 2012, o desemprego real atingia 1.224.000 desempregados, mas recebiam subsidio de desemprego apenas 359 mil segundo a Segurança Social, ou seja, somente 29 em cada 100, não recebendo qualquer subsidio de desemprego 865.000 desempregados. É por esta razão também que a miséria e a fome está-se a alastrar rapidamente em Portugal.

O DESEMPREGO DE LONGA DURAÇÃO JÁ ATINJE MAIS DE 50% DOS DESEMPREGADOS


O quadro 5, construído com dados divulgados pelo INE, mostra como o desemprego de longa
duração, ou seja, com mais de um ano aumentou neste 1º ano de ”troika” de governo PSD/CDS.
Quadro 5 – Variação do desemprego de longa duração em Portugal no 1º ano de “troika”

Quadro 5 – Variação do desemprego de longa duração em Portugal no 1º ano de “troika” E "Direito Especial de Saque" da Máfia do FMI
PERIODO Desempregados entre 12-24 meses Desempregados há 25 meses e mais meses Desemprego TOTAL Desempregados não incluídos no nº oficial de desemprego - Milhares
Desemprego oficial longa duração - Milhares
1º Trimestre 2011 163,6 201,6 365,2 317,7
2º Trimestre 2011 147,4 224,9 372,3 322,5
3º Trimestre 2011 144,5 211,9 356,4 353
4º Trimestre 2011 156,4 249,1 405,5 389,4
1º Trimestre 2012 188,1 228,1 416,2 405,1
Aumento2011-2012 15,0% 13,1% 14,0% 27,5%
Fonte: INE, Estatísticas do Emprego - 1º Trimestre de 2011 e de 2012.


Fonte: INE, Estatísticas do Emprego - 1º Trimestre de 2011 e de 2012

Entre 2011 e 2012, o desemprego de trabalhadores com o nível de escolaridade até ao básico  aumentou 8,2%, mas os com ensino secundário cresceu 43,5%, e os com ensino superior subiuem 37%. É evidente, que a economia portuguesa absorve cada vez menos trabalhadores com níveis de escolaridade e qualificação elevadas. Com a actual politica expulsa-se os trabalhadores mais qualificados para o estrangeiro, condenando a economia e a sociedade portuguesa à estagnação e ao atraso. Eis também um resultado de um ano de “troika” e de governo PSD/CDS.

Eugénio Rosa, edr2@netcabo.pt, 18.5.2012

Um ano de “troika” e de governo PSD/CDS para os trabalhadores; por Eugénio Rosa, Economista Download do pdf


Veja aqui o resultado do brutal aumento de Milhões nas contas públicas do primeiro trimestre de 2012


Veja aqui os Estatutos de Direito Especial de Saque do FMI


Veja Quem Controla a União Europeia


Conheça o Cartel Financeiro Internacional


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