Greg Smith renunciou hoje como director executivo do Goldman Sachs e chefe da firma de negócios Estados Unidos e derivados na Europa, Oriente Médio e África. (United States equity derivatives business in Europe, the Middle East and Africa.).
Traduzimos e reproduzimos abaixo a carta de Greg Smith, publicada no NY Times com o título Why I am Leaving Goldman Sachs, na Business Insider's Joe Wiesenthal chamou-lhe "the buzzy Wall Street story of the day" and "sure to be another PR nightmare for Goldman Sachs.", no Huntington post Michael Calderone escreve Greg Smith's Goldman Sachs Resignation Letter Was 'Vetted' By New York Times". O the Times' own DealBook esteve live-blogging the fallout.
Leva muito tempo para que as pessoas cheguem à triste constatação de que o lugar onde e a que têm dedicado a sua carreira, está moralmente falido, e não é digno do seu tempo ou energia. Mr. Smith percebeu isso, e abandonou o navio de forma digna, expondo grande parte da cultura com a qual se encontra desalinhado, e esperando que o seu abandono sirva para mudança de rumo. Isso requer muita coragem e caracter.
A carta de Mr. Smith
Por que estou deixando a Goldman Sachs
Hoje é meu último dia na Goldman Sachs. Após quase 12 anos na empresa - primeiro como estagiário durante o verão, quando me encontrava n Stanford, DEPOIS, em Nova York durante 10 anos, e agora em Londres - Eu acredito que já trabalhei aqui (Goldman Sachs) tempo suficiente para compreender a trajetória da sua cultura, o seu pessoal e a sua identidade. E eu posso dizer honestamente que o ambiente agora é do mais tóxico e destrutiva que eu já vi.
Para colocar o problema em termos mais simples, é precizo dizer que os interesses dos clientes continuam a ser marginalizados na forma como a firma opera e pensa acerca do modo como ganhar dinheiro. Goldman Sachs é um dos maiores e mais importantes bancos mundiais de investimento e é também parte integrante e com demasiada importância no sistema financeiro global para continuar a agir desta forma. A firma desviou-se para tão longe do lugar onde eu entrei logo após a faculdade que já não posso em sã consciência, dizer que me identifico com o que ele representa.
Pode parecer surpreendente para um público céptico, mas esta cultura sempre foi uma parte vital do sucesso Goldman Sachs. O sucesso Goldan Sachs girava em torno do trabalho de equipa, da integridade, do espírito de humildade, e de agir sempre correctamente para com os nossos clientes. Esta cultura foi o tempero segreto que tornou grande lugar e nos permitiu ganhar a confiança dos nossos clientes durante 143 anos. Não foi apenas o ganhar dinheiro, só isto não sustenta uma empresa durante tanto tempo. Tinha algo a ver com orgulho e crença na organização. Estou triste ao dizer que hoje olho em redor, e não vejo praticamente nenhum vestígio da cultura que me fez amar trabalhar nesta empresa durante muitos anos. Eu já não tenho mais o orgulho, nem a crença.
Mas isso não foi sempre o caso. Por mais de uma década eu recrutadei e orientei os candidatos através do nosso cansativo processo de entrevista. Fui escolhido como uma das 10 pessoas (top 10 de uma empresa de mais de 30.000) para aparecer no nosso vídeo de recrutamento, que é visionado em todos os campus das faculdades que visitamos em todo o mundo. Em 2006 eu geri o programa de verão de estágios em vendas e negociação, em Nova York para os 80 estudantes universitários que foram selecionados, dos milhares que se candidataram.
Eu sabia que era hora de ir embora quando percebi que não conseguia mais olhar nos olhos dos alunos e dizer-lhes que este era um óptimo lugar para trabalhar.
Quando forem escritas os livros de história acerca da Goldman Sachs, deverão refletir que o atual chefe executivo, Lloyd C. Blankfein, e o presidente, Gary D. Cohn, perderam tempo na esperança da cultura da empresa. Eu realmente acredito que este declínio na fibra moral da empresa representa a ameaça mais séria à sua sobrevivência a longo prazo.
Ao longo da minha carreira eu tive o privilégio de aconselhar dois dos maiores fundos de hedge do planeta, cinco dos maiores gestores de ativos nos Estados Unidos, e três dos mais importantes fundos soberanos do Médio Oriente e Ásia. Meus clientes têm uma base de ativos total de mais de um trilhão de dólares. Eu tive sempre muito orgulho em aconselhar os meus clientes a fazer o que eu acredito que é melhor para eles, mesmo que isso signifique menos dinheiro para a empresa. Esta visão está se tornando cada vez mais impopular na Goldman Sachs. Outro sinal de que era hora de sair.
Como chegamos aqui? A empresa mudou a forma como pensava acerca da liderança. Liderança costumava ser a cerca de ideias, dando o exemplo e fazendo a coisa certa. Hoje, se você ganhar dinheiro suficiente para a empresa (e não ser atualmente um assassino), você será promovido a uma posição de influência.
Quais são as três maneiras rápidas para se tornar um líder?
a) Executar dentro dos "eixos" da empresa, que consiste, falando em linguagem Goldman Sachs, em convencer os nossos clientes a investir em ações ou outros produtos de que nos estamos tentando livrar, porque eles não são vistos como tendo muito lucro potencial.
b) "Hunt Elefants" (Caçar Elefantes) traduzido em Inglês corrente: obtenham os vossoss clientes - alguns dos quais sofisticados, e alguns dos quais não sofisticados - para negociar o que quer que seja, isso trará maior lucro para a Goldman. Chamem-me antiquado, mas eu não gosto de vender aos meus clientes um produto que é errado para eles.
c) Você encontrar-se sentado enuma cadeira, onde o seu trabalho é o comércio de qualquer produto, sem liquidez, opaco e com uma sigla de três letras.
Hoje, muitos desses líderes exibem um quociente cultural Goldman Sachs (original) de exatamente zero por cento. Eu assisti às reuniões de vendas de derivados, onde nem um só um minuto é gasto a fazer perguntas sobre como podemos ajudar os nossos clientes. É puramente acerca de como podemos fazer mais dinheiro com eles. Se você fosse um alienígena de Marte e se senta-se numa dessas reuniões, você acreditaria que o sucesso dos clientes ou o progresso não faz parte de qualquer fase do processo de pensamento.
Faz-me mal (fico doente) com a forma como insensivelmente as pessoas falam acerca de riparem totalmente os seus clientes. Nos últimos 12 meses eu já vi cinco directores diferentes referirem-se aos seus próprios clientes como "muppets" (marretas), às vezes em e-mails internos. Mesmo após a S.E.C, Goldman's Fabulous Fab (Fábula Fabulosa da Goldman Sachs, em que esta espera ser o único a ficar de pé após o colapso financeiro), Abacus, God's Work (a obra de Deus), Carl Levin, Vampire Squids (Lulas vampiro)? Sem humildade? Quero dizer, vamos lá. Integridade? Ela está em erosão. Eu não sei da existência de qualquer comportamento ilegal, mas as pessoas vão empurrando os envelopes lucrativos de produtos complicados e passando-os para os clientes mesmo que eles não se encontrem entre os investimentos mais simples ou os mais directamente alinhados com os objectivos do cliente? Absolutamente. Na verdade, acontece todos os dias.
Surpreende-me a forma como a pequena gerência sénior recebe uma verdade básica qué é: Se os clientes não confiam em você, eles acabarão por deixar de fazer negócios consigo. Não importa o quão inteligente você é.
Estes dias, a pergunta mais comum que recebo dos analistas mais novos, acerca de derivativos é, "Quanto dinheiro nós fizemos do cliente?" Incomoda-me cada vez que eu o ouço dizer, porque é um reflexo claro do que eles estão observando acerca do comportamento dos seus líderes sobre a forma como eles se devem comportar. Agora projetar 10 anos no futuro: Você não tem que ser um cientista de foguetões para descobrir que o analista júnior calmamente sentado no canto da sala de audiências, ouvindo falar sobre "muppets" (marretas), "rasgando olhos para fora das órbitas" e "sendo pagos exatamente para isso", não se vai tornar num cidadão modelo.
Quando eu era um analista do primeiro ano eu não sabia onde era o banheiro, ou como amarrar meus sapatos. Fui ensinado a me preocupar com a aprendizagem das cordas, descobrir o que era um derivado financeiro, a compreender as finanças, a conhecer os nossos clientes e a saber o que os motivou, a aprender como eles definem o sucesso e o que poderíamos fazer para ajudá-los a o atingir.
Os melhores momentos da minha vida (em que mais me orgulho) - recebendo uma bolsa integral para ir da África do Sul para a Universidade de Stanford, sendo selecionado como um bolseiro nacional, finalista da Rhodes, ganhando uma medalha de bronze em tênis de mesa nos Jogos Maccabiah em Israel, conhecido como os Jogos Olímpicos judeus - tendo tudo vindo através do trabalho duro, sem atalhos. Goldman Sachs, hoje, tornou-se demasiadamente assente em atalhos e insuficiente acerca da realização. Já não está bem para mim.
Espero que esta possa ser uma wake-up call (chamada de atenção) para o conselho de administração. Façam do cliente o foco de atenção do vosso negócio novamente. Sem clientes vocês não vão ganhar dinheiro. Na verdade, vocês não vão existir. Eliminem as pessoas moralmente falidas, não importa quanto dinheiro eles fazem para a empresa. E retomem novamente a cultura direita (fazer o que está certo), para que as pessoas queiram trabalhar aqui pelas razões certas. Pessoas que se preocupam apenas em ganhar dinheiro não vão sustentar esta empresa - ou a confiança de seus clientes - por muito mais tempo.
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... Julgo que depois destes malabarismos, os currículos das pessoas com funções políticas activas com o propósito de praticar o bem comum de uma nação, devem ser exigidos e publicados em Diário da Republica para qualquer cidadão poder consultar e certificar-se das habilitações de cada politico. Não deve ser uma opção, mas uma condição contemplada numa lei própria para o efeito, pois como sabemos, nenhum trabalhador é admitido numa função numa empresa, sem referências e/ou curriculo académico/profissional.
será verdade que o PS está "calado" neste caso da licenciatura de M. Relvas porque o Irmão Maçon António Seguro dos Bancos (da Universidade Lusófona) foi um dos professores envolvido no processo?...
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