A execução orçamental do primeiro trimestre está pior que a do ano passado, revelam dados divulgados ontem pela Direcção-geral do Orçamento. Segundo da DGO, o défice do subsector Estado é quase o dobro do de 2011. Na Segurança Social o excedente cai para metade. Apenas os institutos públicos registam um saldo superior que no entanto desaparece quando se consideram as novas empresas incluídas no défice. Entre os dois anos passa-se de um superavit de 560 milhões de euros registado no primeiro trimestre de 2011 para um défice de 486 milhões.
Mais juros pagos este ano que em 2011, mais despesa com a RTP e com as pensões dos bancários. Há ainda menos receita de IRC devido a pagamentos feitos o ano passado à CGA decorrentes da transferência dos fundos de pensões da PT, mas também mais receita da concessão de licenças de 4 geração. O resultado final coloca o desempenho orçamental muito abaixo do conseguido este ano.
O défice do subsector Estado no primeiro trimestre calculado pela DGO foi de 1.637 milhões de euros, quase o dobo dos 892 do ano anterior. A DGO explica a diferença com uma queda de 4,4% na receita efectiva “determinado pelo comportamento da receita fiscal” (variação homóloga de -5,8%), lê-se no boletim da DGO. A despesa também registou um aumento significativo: 3,5%.
Mais carga fiscal e menos receita, é o resultado da política do governo.
O Estado arrecadou menos 5,8% de impostos em Março, que em igual mês de 2011. Já em Fevereiro, a receita de impostos tinha caído 5,3% e, em Janeiro 2,3%.
Recorde-se que o Orçamento para 2012 previa um aumento da receita este ano de 3,8%. Depois, no Orçamento Rectificativo, foi revisto para um crescimento de 2,8%. Crescimento, crescimento!
A execução orçamental vai no “bom caminho”? Uma coisa são os discursos (a campanha) outra os números.
Como vão tirar mais ovos matando as galinhas ninguém sabe, mas não será de espantar que o ministro Vítor Gaspar venha dizer que estes números “não afectam as previsões do governo para a totalidade do ano”, foi assim em relação a Janeiro e depois com a queda de Fevereiro.
Dar ouvidos a quem afirmava que o aumento da carga fiscal ia diminuir a receita prevejo eu que não esteja nas previsões do governo Vítor Gaspar/Passos Coelho/Paulo Portas.
É o que dá termos umas sumidades em finanças públicas, no governo e na presidência
Write About Or Link To This Post On Your Blog - Easy Links :
Link Directly To This Post :
Link To The Homepage :