“Um agravamento da crise na área do euro, o ‘penhasco fiscal’ nos Estados Unidos e a desaceleração econômica na China podem causar uma nova recessão global. Cada um desses riscos poderiam causar perdas na produção global de entre 1% a 3%”.
English:
Euro Crisis Austerity Policies Present High Risks To World Economic Situation and Prospects 2013, UN Alert on Global outlook
Esse foi o alerta do Diretor da Divisão de Política de Desenvolvimento e Análise do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (DESA), Robert Vos.
Vos é o líder da equipe do DESA que produziu o relatório “Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2013”, que teve seu primeiro capítulo publicado ontem (18). O capítulo “Perspectiva Econômica Mundial” afirma que o crescimento econômico global diminuiu consideravelmente durante 2012 e as previsões são que permaneça baixo nos próximos dois anos.
Segundo o documento, a economia global deve crescer 2,4% em 2013 e 3,2% em 2014, uma queda significativa em relação às previsões da ONU há meio ano.
Na raiz da desaceleração econômica global estão as fraquezas das economias desenvolvidas, e essas economias, particularmente aquelas na Europa, estão presas em um ciclo “vicioso de alto desemprego, fragilidade do setor financeiro, e austeridade fiscal”, entre outros problemas, afirma o relatório.
O DESA diz que o desemprego na zona do euro aumentou para um nível recorde de 12% este ano. A economia dos EUA desacelerou significativamente em 2012 e o seu crescimento deve manter-se pequeno, 1,7% em 2013 e as condições deflacionárias continuam a prevalecer no Japão.
Sobre o Brasil, o relatório ressalta que o país registrou declínio nas exportações no segundo semestre de 2012. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina e Caribe desacelerou notavelmente este ano, principalmente pela diminuição das exportações na região. Com a possibilidade de uma nova crise, a expectativa é de retorno às taxas de crescimento econômico moderado, liderado, segundo o documento, pelo desempenho mais forte da economia brasileira.
PIB EUROPA | Crescimento do PIB Europeu 2009-2014 | |||||
---|---|---|---|---|---|---|
2009 | 2010 | 2011 | 2012a | 2013b | 2014b | |
Western Europe | -4.2 | 2.1 | 1.5 | -0.2 | 0.6 | 1.7 |
European Union | -4.3 | 2.1 | 1.5 | -0.3 | 0.6 | 1.7 |
Austria | -3.8 | 2.1 | 2.7 | 0.8 | 1.3 | 2.0 |
Belgium | -2.8 | 2.4 | 1.8 | -0.3 | 0.5 | 1.5 |
Bulgaria | -5.5 | 0.4 | 1.7 | 1.0 | 2.3 | 3.5 |
Cyprus | -1.9 | 1.1 | 0.5 | -1.2 | 0.5 | 1.3 |
Czech Republic | -4.5 | 2.5 | 1.7 | -0.9 | 1.1 | 2.0 |
Denmark | -5.8 | 1.3 | 0.8 | 1.1 | 1.2 | 1.3 |
Estonia | -14.1 | 3.3 | 8.3 | 3.0 | 3.0 | 3.5 |
Finland | -8.5 | 3.3 | 2.7 | 1.5 | 1.2 | 1.6 |
France | -3.1 | 1.7 | 1.7 | 0.1 | 0.3 | 1.1 |
Germany | -5.1 | 4.2 | 3.0 | 0.8 | 1.0 | 1.8 |
Greece | -3.3 | -3.5 | -6.9 | -6.1 | -1.8 | 0.6 |
Hungary | -6.8 | 1.3 | 1.6 | -1.0 | 0.6 | 2.2 |
Ireland | -5.5 | -0.8 | 1.4 | 0.5 | 1.7 | 2.4 |
Italy | -5.5 | 1.8 | 0.4 | -2.4 | -0.3 | 1.4 |
Latvia | -17.7 | -0.9 | 5.5 | 4.0 | 4.0 | 4.0 |
Lithuania | -14.8 | 1.5 | 5.9 | 3.0 | 3.0 | 3.0 |
Luxembourg | -4.1 | 2.9 | 1.7 | -0.1 | 0.9 | 2.0 |
Malta | -2.7 | 2.3 | 2.1 | -0.7 | 1.1 | 1.8 |
Netherlands | -3.7 | 1.6 | 1.0 | -0.5 | 0.7 | 1.4 |
Poland | 1.6 | 3.9 | 4.3 | 2.6 | 2.6 | 3.5 |
Portugal | -2.9 | 1.4 | -1.7 | -3.2 | -2.2 | 0.2 |
Romania | -6.6 | -1.6 | 2.5 | 1.0 | 2.3 | 3.0 |
Slovakia | -4.9 | 4.4 | 3.2 | 2.4 | 2.0 | 2.6 |
Slovenia | -7.8 | 1.2 | 0.6 | -2.0 | 0.5 | 2.2 |
Spain | -3.7 | -0.3 | 0.4 | -1.6 | -1.4 | 0.8 |
Sweden | -5.0 | 6.6 | 3.9 | 1.7 | 1.8 | 2.8 |
United Kingdom | -4.0 | 1.8 | 0.9 | -0.3 | 1.2 | 2.3 |
EU-15 | -4.4 | 2.1 | 1.4 | -0.4 | 0.5 | 1.6 |
New EU member States | -3.6 | 2.3 | 3.1 | 1.2 | 2.0 | 2.9 |
Euro area | -4.4 | 2.1 | 1.5 | -0.5 | 0.3 | 1.4 |
Other Western Europe | -1.9 | 1.9 | 1.7 | 1.7 | 1.5 | 1.9 |
Iceland | -6.6 | -4.0 | 2.6 | 2.6 | 2.7 | 2.6 |
Norway | -1.7 | 0.7 | 1.4 | 3.5 | 2.2 | 2.4 |
Switzerland | -1.9 | 3.0 | 1.9 | 0.3 | 0.8 | 1.4 |
South-Eastern Europe | -4.3 | 0.4 | 1.1 | -0.6 | 1.2 | 2.6 |
Albania | 3.3 | 3.9 | 2.0 | 1.5 | 2.5 | 3.0 |
Bosnia and Herzegovina | -2.9 | 0.7 | 1.7 | 0.2 | 1.0 | 2.1 |
Croatia | -6.9 | -1.4 | 0.0 | -1.3 | 0.8 | 2.5 |
Montenegro | -3.5 | 1.0 | 1.6 | -1.0 | 1.3 | 2.8 |
Serbia | -5.7 | 2.5 | 3.2 | 0.4 | 1.5 | 3.0 |
The former Yoguslav Republic of Macedonia | -0.9 | 2.9 | 3.0 | 1.0 | 2.3 | 2.5 |
Source: | UN/DESA, based on data of the United Nations Statistics Division and individual national sources. | |||||
Note: | a | Partly estimated. | ||||
b | Baseline scenario forecasts, based in part on Project LINK and the UN/DESA World Economic Forecasting Model. |
http://www.un.org/en/development/desa/policy/wesp/wesp_current/2013wesp_pr_europe_en.pdf
FULL REPORT
http://www.un.org/en/development/desa/policy/wesp/wesp_current/wesp2013.pdf
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World Economic Situation and Prospects 2013
World Economic Situation
and Prospects 2013
PRÉ-LANÇAMENTO
EMBARGO
18 de dezembro de 2012
11:00 EST
Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2013 Global Outlook
Nações Unidas
Nova York, 2013
2013Chap1_embargo
Capítulo 1
Panorama econômico mundial
As perspectivas para a economia mundial em 2013-2014
Risco de uma recessão global sincronizada
A economia mundial continua a lutar com os ajustes pós-crise
Quatro anos após a
eclosão da crise financeira global, a economia mundial ainda
está lutando para se recuperar. Durante o ano de 2012, o
crescimento económico global enfraqueceu-se ainda mais. Um
número crescente de economias desenvolvidas têm
vindo a cair num duplo mergulho
recessivo (dupla recessão
profunda). Aqueles em aflição de dívida
soberana, embrenharam-se ainda mais
na recessão, apanhados pela
dinâmica descendente da crescente espiral de aumento do
desemprego elevado, agregada
á fraca procura de bens agravada pela
austeridade fiscal, pela elevada
carga de dívida pública, e pela fragilidade do setor financeiro. O crescimento
nos principais países em desenvolvimento e economias em
transição também
desacelerou notavelmente, refletindo
tanto as vulnerabilidades externas,
como os desafios domésticos. A maioria dos
países de baixa renda mantiveram-se relativamente bem
até agora, mas agora enfrentam
os efeitos colaterais adversos intensificados pelaa
desaceleração em ambos os grupos de países
(os efeitos
colaterais da recessão dos países desenvolvidos e
os efeitos
colaterais da recessão dos principais países de renda
média). As perspectivas
para os próximos dois anos continuam
a ser um desafio, repleto de
grandes incertezas e riscos inclinados
para o lado negativo.
A desaceleração global vai colocar uma pressão adicional sobre os países em desenvolvimento
Condicionando a
um conjunto de pressupostos base, na previsão das
Nações Unidas (caixa I.1), o crescimento do produto
mundial bruto (WGP) deve chegar a 2,2 por cento em 2012 e deverá permanecer bem abaixo do
potencial de 2,4 por cento em 2013 e 3,2 por cento em 2014 (tabela I.1 e
fi gura I.1). Neste ritmo
moderado, muitas
economias continuarão a operar abaixo do potencial e não
vão recuperar os empregos perdidos durante a
Grande Recessão.
A
desaceleração está sincronizado através dos
países de diferentes níveis de desenvolvimento
(figura I.2). Para muitos países em desenvolvimento, a
desaceleração global implicará um ritmo muito mais
lento de redução
da pobreza e redução
do espaço fiscal para investimentos
em educação, saúde, saneamento básico e outras áreas críticas necessárias
para acelerar o progresso para alcançar os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM). Isso vale em
especial para os países menos desenvolvidos (PMD), eles continuam
altamente vulneráveis a choques de preços de
commodities e financiamento estão recebendo menos externo como
oficial ajuda ao desenvolvimento (AOD) declina em face da maior
austeridade fiscal nos países doadores (ver abaixo).
No entanto as condições
variam muito entre os países menos desenvolvidos. Numa
extremidade do espectro, encontram-se países como o
Sudão e Iêmen, que passaram por turbulência
política e de transição, e experimentaram grande
adversidade económica em 2010 e 2011, enquanto no Bangladesh e
num bom número de países africanos menos desenvolvidos,
houve crescimento forte e contínuo desempenho (I.2 caixa) .
A Fraqueza das economias desenvolvidas, sustenta a desaceleração global
Deficiências
nas principais economias desenvolvidas estão na
raiz da continuidade dos problemas econámicos globais. A
maioria deles, mas especialmente
os da Europa, são
arrastados para uma espiral descendente como o
desemprego elevado, a continua
desalavancagem por parte das empresas
e famílias,
a continua
fragilidade do sistema bancário, elevados
riscos da dívida soberanos, aperto
fiscal, e um
crescimento mais lento viciosa
e violentamente
alimentado
pelo ciclo vicioso resultante da
relação entre eles, e que se alimentam
uns aos outros em espital recessiva (figura I.3a).
Várias
economias europeias já estão em recessão. Na Alemanha,
a produção também diminuiu
significativamente, enquanto a economia da
França está estagnada. Em 2012, uma série
de novas iniciativas políticas foram tomadas pelas autoridades
da área do euro, incluindo, programas e
medidas no sentido de uma maior
integração fiscal e supervisão
financeira coordenada, e regulação
sobre as transacções monetárias (OMT).
Estas medidas abordaram algumas das deficiências no projeto
original da União Económica e Monetária (UEM).
Essas medidas
poderiam ser significativas, no
entanto, ainda estão
sendo neutralizadas, principalmente, pela orientação
da política
de austeridade fiscal, e não
são suficientes para quebrara a viciosa cadeia económica
recessiva, retirar as
economias do círculo vicioso e restaurar
a produção e crescimento do emprego no curto prazo
(figura I.3b). Na perspectiva
de referência para a zona euro, o PIB
deverá crescer apenas 0,3 por cento em 2013 e 1,4 por cento
em 2014, uma
recuperação fraca de um
declínio de 0,5 por cento em 2012. Por
causa das dinâmicas do círculo vicioso, permanece
elevado o
risco para um cenário muito pior. O crescimento
económico nos novos membros da União Europeia (UE)
também
desacelerou em 2012, com alguns,
incluindo
a República
Checa, Hungria
e Eslovénia,
caindo
de volta em recessão.
O agravamento
das condições externas são
agravados pelas medidas de austeridade fiscal, agravando
as perspectivas de crescimento a curto prazo. No Outlook,
o
crescimento do PIB dessas economias deve permanecer moderado em
2,0 por cento em 2013 e 2,9 por cento em 2014, mas existem
riscos elevados para
ocorrer um desempenho
muito pior se a
situação na zona do euro se
deteriorar ainda mais.
Tabela I.1
Crescimento da produção mundial, 2006-2014
Variação percentual anual
Table I.1 | Variação percentual anual Annual percentage change |
|||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Crescimento
da produção mundial Growth of world output, 2006-2014 |
Mudanças previstas
de junho 2012 Change from June 2012 forecastd |
|||||||
2006-2009a | 2010 | 2011b | 2012c | 2013c | 2014c | 2012 | 2013 | |
Mundo | 1.1 | 4.0 | 2.7 | 2.2 | 2.4 | 3.2 | -0.3 | -0.7 |
Economias Desenvolvidas | -0.4 | 2.6 | 1.4 | 1.1 | 1.1 | 2.0 | -0.1 | -0.7 |
EUA | -0.5 | 2.4 | 1.8 | 2.1 | 1.7 | 2.7 | 0.0 | -0.6 |
Japão | -1.5 | 4.5 | -0.7 | 1.5 | 0.6 | 0.8 | -0.2 | -1.5 |
União Europeia | -0.3 | 2.1 | 1.5 | -0.3 | 0.6 | 1.7 | -0.3 | -0.6 |
EU-15 | -0.5 | 2.1 | 1.4 | -0.4 | 0.5 | 1.6 | -0.3 | -0.6 |
Novos membros da UE | 2.1 | 2.3 | 3.1 | 1.2 | 2.0 | 2.9 | -0.5 | -0.8 |
Zona Euro | -0.4 | 2.1 | 1.5 | -0.5 | 0.3 | 1.4 | -0.2 | -0.6 |
Outros países europeus | 0.9 | 1.9 | 1.7 | 1.7 | 1.5 | 1.9 | 0.6 | 0.2 |
Outros países desenvolvidos | 1.2 | 2.8 | 2.4 | 2.3 | 2.0 | 3.0 | 0.0 | -0.6 |
Economies em transição | 2.2 | 4.4 | 4.5 | 3.5 | 3.6 | 4.2 | -0.5 | -0.6 |
Sudeste Europeu | 1.6 | 0.4 | 1.1 | -0.6 | 1.2 | 2.6 | -1.2 | -0.6 |
Comunidade de Estados Independentes e da Geórgia | 2.2 | 4.8 | 4.8 | 3.8 | 3.8 | 4.4 | -0.5 | -0.6 |
Federação Russa | 1.7 | 4.3 | 4.3 | 3.7 | 3.6 | 4.2 | -0.7 | -0.8 |
Economias em Desenvolvimento | 5.2 | 7.7 | 5.7 | 4.7 | 5.1 | 5.6 | -0.6 | -0.7 |
Africa | 4.7 | 4.7 | 1.1 | 5.0 | 4.8 | 5.1 | 0.8 | 0.0 |
Norte de África | 4.2 | 4.1 | -6.0 | 7.5 | 4.4 | 4.9 | 3.1 | 0.0 |
África sub-saariana | 5.0 | 5.0 | 4.5 | 3.9 | 5.0 | 5.2 | -0.2 | 0.0 |
Nigeria | 6.6 | 7.8 | 7.4 | 6.4 | 6.8 | 7.2 | 0.1 | 0.0 |
África do Sul | 2.5 | 2.9 | 3.1 | 2.5 | 3.1 | 3.8 | -0.3 | -0.4 |
Outros Países | 6.3 | 5.5 | 4.4 | 3.9 | 5.5 | 5.3 | -0.3 | 0.1 |
Leste e Sul da Ásia | 7.1 | 9.0 | 6.8 | 5.5 | 6.0 | 6.3 | -0.8 | -0.8 |
leste da Ásia | 7.2 | 9.2 | 7.1 | 5.8 | 6.2 | 6.5 | -0.7 | -0.7 |
China | 11.0 | 10.3 | 9.2 | 7.7 | 7.9 | 8.0 | -0.6 | -0.6 |
Sul da Asia | 6.4 | 8.3 | 5.8 | 4.4 | 5.0 | 5.7 | -1.2 | -1.1 |
India | 7.3 | 9.6 | 6.9 | 5.5 | 6.1 | 6.5 | -1.2 | -1.1 |
Ásia Ocidental | 2.3 | 6.7 | 6.7 | 3.3 | 3.3 | 4.1 | -0.7 | -1.1 |
América Latina e Caribe | 2.5 | 6.0 | 4.3 | 3.1 | 3.9 | 4.4 | -0.5 | -0.3 |
America do Sul | 3.9 | 6.5 | 4.5 | 2.7 | 4.0 | 4.4 | -0.9 | -0.4 |
Brasil | 3.6 | 7.5 | 2.7 | 1.3 | 4.0 | 4.4 | -2.0 | -0.5 |
México e América Central | -0.1 | 5.4 | 4.0 | 4.0 | 3.9 | 4.6 | 0.6 | 0.0 |
Mexico | -0.6 | 5.5 | 3.9 | 3.9 | 3.8 | 4.6 | 0.5 | -0.1 |
Caribbe | 3.6 | 3.5 | 2.7 | 2.9 | 3.7 | 3.8 | -0.4 | -0.3 |
Por nível de desenvolvimento | ||||||||
Países de alta rentabilidade | -0.2 | 2.9 | 1.6 | 1.2 | 1.3 | 2.2 | ||
Países de Renda Média Alta | 5.3 | 7.4 | 5.8 | 5.1 | 5.4 | 5.8 | ||
países de renda média baixa | 5.8 | 7.4 | 5.6 | 4.4 | 5.5 | 6.0 | ||
Países de baixa renda | 5.9 | 6.6 | 6.0 | 5.7 | 5.9 | 5.9 | ||
Países menos desenvolvidos | 7.2 | 5.8 | 3.7 | 3.7 | 5.7 | 5.5 | -0.4 | 0.0 |
Memorandum items | ||||||||
Comércio Mundial | -0.3 | 13.3 | 7.0 | 3.3 | 4.3 | 4.9 | -0.8 | -1.2 |
Prespectivas do Crescimento mundial baseado em pesos PPP | 2.3 | 5.0 | 3.7 | 3.0 | 3.3 | 4.0 | -0.4 | -0.7 |
a | Variação percentual média. | |||||||
b | Estimativas reais ou mais recente. | |||||||
c | Previsão, baseada em parte no
link Projeto e projeções de base da ONU / DESA
modelo de previsão económica Mundial. Forecast, based in part on Project LINK and baseline projections of the UN/DESA World Economic Forecasting Model. |
|||||||
d | Ver Nações Unidas,
Situação Económica Mundial e Perspectivas a partir
de meados -2012 (E/2012/72). See United Nations, World Economic Situation and Prospects as of mid-2012 (E/2012/72). |
|||||||
e | Inclui bens e serviços. Includes goods and services. |
|||||||
Source: | UN/DESA |
Figura I.1
Crescimento do produto interno bruto do mundo, 2006-2014A
Fonte: ONU / DESA.
uma taxa de crescimento para 2012 é parcialmente estimados.
As estimativas para 2013 e 2014 são previsões.
Consulte "incertezas e riscos" para uma discussão sobre o cenário de desvantagem e a caixa I.3 para uma discussão sobre o cenário político.
Figura I.2
Crescimento do PIB per capita por nível de desenvolvimento, 2000-2014
Fonte: ONU / DESA.
um estimativas.
b Nações Unidas
previsões
Caixa I.1 |
Principais pressupostos para a previsão de linha de base |
---|---|
A previsão apresentada no texto
é baseado em estimativas calculadas usando o modelo de
previsão Económica Mundial das Nações
Unidas (WEFM) e é informado por específicas visões
económicas por país fornecidas pelos participantes
no LINK Project, uma rede de instituições e pesquisadores
apoiados pelo Departamento Económico e Social das
Nações Unidas (UN Social Economic Department). As
previsões provisórias apresentadas por especialistas
nacionais de cada país, são ajustadas com base em
premissas globais harmonizadas pela imposição de regras
de consistência global (especialmente para fluxos comerciais,
medidos em volume e em valor) estabelecidos pela WEFM. Os principais
pressupostos globais são discutidos abaixo e formam o
núcleo da linha de previsão do cenário base
(baseline forecast.), estando-lhes atribuída a mais alta
probabilidade de ocorrência. Cenários alternativos são apresentados nas seções "Desafios políticos" e "incertezas e riscos". Nesses cenários alternativos, são normalmente atribuídas menores probabilidades do que na previsão inicial. Política monetáriaNa Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) é assumida a manutenção das taxas de juros dos fundos federais no actual baixo nível entre 0,00 e 0,25 por cento até meados de 2015. É assumido que o Fed vai comprar títulos lastreados em hipotecas a um ritmo de US $ 40 bilhões por mês até o final de 2014, e também continuar o seu programa para estender a maturidade média dos seus haveres em títulos até o final de 2012, bem como reinvestir os pagamentos principais das suas participações na agência de dívida lastreados em hipotecas de agências de títulos. No Banco Central Europeu (BCE) é assumido para cortar o lance mínimo e a taxas das facilidades marginais de empréstimo por mais 25 pontos-base, deixando a taxa de depósito em 0 por cento. Supõe-se também que o BCE vai começar a implementar a nova iniciativa política anunciada, Outright Monetary Transactions (OMT), para comprar títulos do governo Espanhol e de alguns Estados membros selecionados da área do euro. O Banco do Japão (BoJ) irá manter a taxa de juro de política no nível atual (0,0-0,1 por cento) e implementar o Programa de Compra de Ativos, com um teto de ¥ 91000000000000, como anunciado. No que diz respeito às principais economias emergentes, o Banco do Povo da China (BPC) deverá reduzir as taxas de compulsório duas vezes, em 2013 e reduzir as taxas de juros mais uma vez no mesmo período.Política fiscalNos Estados Unidos, assume-se que o corte de 2 por cento nos impostos da folha de pagamentos e os apoios de emergência aos beneficiários do subsídio de desemprego são são estendidos para 2013, vindo a ser eliminados gradualmente ao longo de vários anos. É também assumido que os cortes automáticos na despesa, programados para começar em janeiro de 2013 serão adiados, dando mais tempo para que o novo Congresso e presidente para produzir um pacote de cortes na despesa e efectivo aumento de impostos em 2014. É assumido que seja prorrogada a continuação da política fiscal de Bush (Bush tax cuts) por 2013-2014. Como resultado, os gastos reais do governo federal em bens e serviços vão cair cerca de 3,0 por cento em 2013 e 2014, depois de uma queda de cerca de 2,5 por cento nos dois anos anteriores.Na área do euro, é assumido que a política fiscal sejaa focada na redução dos desequilíbrios fiscais. A maioria dos países continuam sujeitos a Procedimento Para Redução dos Défices Excessivos (PDE), em que eles devem apresentar planos fiscais para reduzir os seus déficits para balanços próximos do equilíbrio dentro de um prazo especificado. Normalmente, uma correção mínima de 0,5 por cento ao ano é esperado, e os prazos variam de 2012 a 2014. Os prazos para a consecução dessas metas será estendida nos casos mais difíceis. Supõe-se também que, no caso de haver aumento das tensões nos mercados de dívida soberana, afectando os países da zona euro, estes vão procurar ajuda do fundo de resgate, ativando assim o novo programa OMT do BCE. Supõe-se que isso vá permitir que sejam contidos os aumentos nos rendimentos de títulos e que a condicionante política ligada ao uso da OMT não implicará austeridade fiscal adicional, mas sim, que os Governos ao solicitar estes fundos, serão pressionados a implementar plenamente as já anunciadas medidas de consolidação orçamental . No Japão, o recém-ratificado projeto de lei para aumentar a taxa de imposto sobre o consumo de seu nível atual de 5 por cento para 8 por cento em abril de 2014 e para 10 por cento até outubro de 2015, será implementada. É assumido que os gastos reais do govern, incluindo o investimento venham a declinar numa pequena proporção em 2013-2014, principalmente devido à eliminação gradual dos gastos de reconstrução. Na China, o Governo assume a manter uma postura de política fiscal proativa, com um aumento nos gastos de investimento público em infra-estrutura em 2013. As taxas de câmbio entre as principais moedasSupõe-se que durante o período de previsão de 2013-2014, o euro fluctuate se situe em cerca de US $ 1,28 por euro. Para o iene japonês é assumida uma média de cerca de ¥ 80 por dólar dos Estados Unidos, e do yuan será, em média CNY6.23 por dólar dos Estados Unidos.Os preços do petróleoOs preços do petróleo (Brent) são assumidos em média cerca de US $ 105 por barril (pb) em 2013-2014, em comparação com pb $ 110 em 2012. |
|
Fonte: |
World Economic Situation and Prospects 2013 Global outlook |
O crescimento nos Estados Unidos vai desacelerar, com significativos riscos de deterioração
A economia dos
Estados Unidos enfraqueceu notavelmente durante 2012, e as
perspectivas de crescimento para 2013 e 2014 permanecem lentas. Do lado
de cima, o setor de habitação sitiada está
mostrando alguns sinais incipientes de recuperação. Apoio
adicional é esperado a partir da nova rodada de afrouxamento
quantitativo (QE), lançado recentemente pelo Banco da
Reserva Federal dos Estados Unidos Federal Reserve (Fed), em que as
autoridades monetárias continuarão a comprar
títulos lastreados em hipotecas até que a
situação do emprego melhora substancialmente. No lado de baixo,
as incertezas remanescentes sobre a postura fiscal continuam a conter o
crescimento do investimento empresarial. Também é
esperado que a procura externa permaneça fraca. Na perspectiva
de base, está
previsto que o produto interno bruto (PIB) dos Estados
Unidos venha
a desacelerar para 1,7 por cento em 2013 a partir de um
ritmo já anêmico de 2,1 por cento em 2012.
Permanecem elevados
riscos para um cenário muito mais sombrio, que emana do "precipício
fiscal", o que implicaria numa queda na demanda agregada de
até 4 por cento do PIB no período de 2013 e 2014 (ver
a seção de "incertezas e
riscos").
Somando-se o cenário já sombrio são antecipados os efeitos colaterais de possível intensificação da crise da área do euro, uma "aterragem forçada" da economia chinesa e maior enfraquecimento de outras grandes economias em desenvolvimento.
Somando-se o cenário já sombrio são antecipados os efeitos colaterais de possível intensificação da crise da área do euro, uma "aterragem forçada" da economia chinesa e maior enfraquecimento de outras grandes economias em desenvolvimento.
A necessidade de consolidação orçamental vai reduzir o crescimento no Japão
O crescimento econômico no
Japão em 2012 foi maior que há ano atrás,
impulsionado principalmente pelas obras de reconstrução e
recuperação dos desastres relacionados a terremotos de
2011. O governo também tomou medidas para estimular o consumo
privado. As exportações enfrentaram os fortes ventos
contrários da desaceleração da demanda global e da
valorização do iene. No Outlook, a economia
japonesa deverá
diminuir devido á eliminação
gradual dos incentivos ao consumo privado, combinadas com novas medidas de aumento
dos impostos sobre o consumo, redução
de beneficios nas pensões antecipadas, e cortes nos
gastos do governo. Medidas
estas, tomadas
em resposta ás preocupações sobre o extremamente
elevado nível de endividamento público.
O impacto da maior austeridade fiscal será mitigado por
investimentos
de reconstrução, que irão continuar, mas a um
ritmo mais lento.
I.2 caixa |
Perspectivas para os países menos desenvolvidos |
As economias
dos países menos desenvolvidos (PMD) devem recuperar em
2013. O crescimento do PIB a uma média de 5,7 por cento em 2013,
ante 3,7 por cento em 2012. No entanto, a maior parte da
recuperação é esperada vir de melhorias nas
condições económicas no Iêmen e no
Sudão, após contrações notáveis de
ambas as economias em face da instabilidade política em 2010 e
2011.
Em termos per
capita, o crescimento do PIB nos países menos
desenvolvidos deverá acelerar de 1,3 por cento em 2012 para 3,3
por cento em 2013. Enquanto uma melhoria, no progresso da taxa do
bem-estar permanecerá bem abaixo do ritmo de 5,0 por cento ao
ano experimentado durante grande parte da década de 2000, antes
da crise económica e financeira mundial.
No entanto, o desempenho
económico varia muito entre os países menos desenvolvidos.
Numerosos Exportadores de petróleo, tais como Angola e
Guiné vão beneficiar de sólida
manutenção dos preços do petróleo,
impulsionando o crescimento do PIB para mais de 7 por cento e 4 por
cento, respectivamente, em 2013. Países Menos Desemvolvidos com
um setor agrícola predominante
viram condições económicas voláteis.
Na Gâmbia, por exemplo, onde a agricultura fornece cerca de um
terço da produção total, pobres
condições de colheita causadram uma contaçao de
1,0 por cento do PIB em 2012.
Muito melhores safras
são esperados para impulsionar o crescimento do PIB para 6,2 por
cento. Essas
oscilações bruscas no desempenho económico global
criam vários problemas aos decisores políticos. A
incerteza inerente, não só complica o planejmento, como o
desenho de políticas económicas, especialmente aquelas de
natureza de longo prazo, mas também ameaça
a implementação de planos de política existentes,
devido a súbitas mudanças dramáticas nos
parâmetros económicos. Além disso, as crises
imprevistas criam necessidades, sob a forma de assistência
de curto prazo aos agricultores, por exemplo, que desviam escassos
recursos financeiros e institucionais para longe das áreas de
política mais estruturalmente. Por outro lado, o crescimento
robusto da Etiópia, nos últimos anos deverá
descer ligeiramente, mas permanecendo
forte, em parte devido ao seu
programa de desenvolvimento do sector agrícola.
Um número de
países menos desenvolvidos também têm visto
sólido investimento e consumo, suportado por sustentados fluxos
de remessas dos trabalhadores. Isso se aplica, por exemplo, para o Bangladesh,
cuja taxa de crescimento vai continuar a exceder 6,0 por cento em 2013
e 2014, apesar de uma forte desaceleração da procura
externa. Crescimento de remessas de fluxos para o Bangladesh atingiu
cerca de 20 por cento ao ano no segundo semestre de 2012, após
um forte aumento no emprego no exterior no início do ano.
A perspectiva
para os países menos desenvolvidos implicam vários riscos
negativos. Uma
deterioração mais pronunciada no ambiente
económico global afectará negativamente os exportadores
de commodities primárias através de termos de queda do
comércio, enquanto outros podem ser recolhidos mediante remessas
dos trabalhadores em queda. de ajudas abrangidos No outlook,
são
esperadas quedas nos fluxos de ajuda e limitação
nas opções
externas de financiamento para os PMD.
|
|
Fonte: |
O PIB deverá crescer em 0,6 por cento em 2013 e 0,8 por cento em 2014, abaixo dos 1,5 por cento de 2012.
Efeitos colaterais dos países desenvolvidos e questões domésticas travam o crescimento nos países em desenvolvimento
Os problemas
económicos dos países desenvolvidos estão
transbordando para os países em desenvolvimento e economias em
transição através de uma procura mais fraca para
suas exportações e devido ao aumento da volatilidade dos
fluxos de capitais e aos preços de commodities. Seus problemas
são também, problemas
de crescimento interno, no entanto, o crescimento dos gastos de
investimento diminuiu significativamente, pressagiando
uma desaceleração continuada do crescimento da
produção futura, se não forem combatidos
por medidas políticas adicionais. Várias
das maiores economias em desenvolvimento que têm visto
um rápido crescimento nos últimos anos décadas
estão
começando a enfrentar problemas estruturais, incluindo
constrangimentos de financiamento enfrentados pelos governos locais a
nível de projectos de investimento nalguns setores da economia,
e superinvestimento noutros, que levam a excesso
de capacidade produtiva, como no caso da China (ver a
seção de "incertezas e riscos" ).
Figura I.3a
O ciclo vicioso de economias desenvolvidas
Débeis esforços políticos para quebrar o ciclo vicioso
Armadilha de Baixo Crescimento e a Fraca Resposta do BCE e FED |
Flexibilização quantitativa do Fed
A austeridade fiscal aumentando os riscos da dívida
Financial sector fragility
BCE transações monetárias definitivas
austeridade contínuada UE
Desalavancagem por parte de empresas e famílias
Fonte: ONU / DESA
Em média, nas economias
de África está previsto haver uma ligeira
moderação no crescimento da produção em
2013, caindo para 4,8 por cento, abaixo dos 5,0 por cento de 2012. Os
principais factores que sustentam essa trajetória de crescimento
contínuo incluem o forte desempenho de países
exportadores de petróleo, continuo gasto fiscal em projetos de
infraestrutura, e a expansão dos laços económicos
com as economias asiáticas. No entanto, a África continua
a ser vítima de inúmeros desafios, incluindo de conflitos
armados em várias partes da região. O crescimento da
renda per capita vai continuar, mas a
um ritmo considerado insuficiente para alcançar a
redução substancial da pobreza.
Deficiências de
infra-estruturas estão entre os principais obstáculos
para o desenvolvimento económico mais dinâmico na maioria
das economias da região africana.
As economias em desenvolvimento da Ásia enfraqueceram consideravelmente durante 2012, China e Índia, como motores de crescimento da região, deslocaram-se a uma velocidade mais baixa. Enquanto uma desaceleração significativa nas exportações tem sido um factor chave para a desaceleração, os efeitos da política de aperto fiscal dos últimos dois anos também são. O investimento nacional abrandou significativamente.
Tanto a China e Índia enfrentam uma série de desafios estruturais que limitam o crescimento (ver abaixo). O espaço político da Índia para mais estímulo parece limitado. China e outros países da região possuem maior espaço para estímulo adicional, mas, até agora, abstiveram-se de usá-lo. No Outlook, o crescimento para a Ásia Oriental está previsto atingir levemente os 6,2 por cento em 2013, de 5,8 por cento estimados para 2012. O crescimento do PIB no Sul da Ásia é esperado para 5,0 por cento em 2013 média, acima dos 4,4 por cento de 2012, mas ainda bem abaixo do potencial.
Contrastantes tendências, são encontrados na Ásia Ocidental. A maioria dos países exportadores de petróleo experimentou um crescimento robusto suportado por receitas recordes do petróleo e gastos do governo.
As economias em desenvolvimento da Ásia enfraqueceram consideravelmente durante 2012, China e Índia, como motores de crescimento da região, deslocaram-se a uma velocidade mais baixa. Enquanto uma desaceleração significativa nas exportações tem sido um factor chave para a desaceleração, os efeitos da política de aperto fiscal dos últimos dois anos também são. O investimento nacional abrandou significativamente.
Tanto a China e Índia enfrentam uma série de desafios estruturais que limitam o crescimento (ver abaixo). O espaço político da Índia para mais estímulo parece limitado. China e outros países da região possuem maior espaço para estímulo adicional, mas, até agora, abstiveram-se de usá-lo. No Outlook, o crescimento para a Ásia Oriental está previsto atingir levemente os 6,2 por cento em 2013, de 5,8 por cento estimados para 2012. O crescimento do PIB no Sul da Ásia é esperado para 5,0 por cento em 2013 média, acima dos 4,4 por cento de 2012, mas ainda bem abaixo do potencial.
Contrastantes tendências, são encontrados na Ásia Ocidental. A maioria dos países exportadores de petróleo experimentou um crescimento robusto suportado por receitas recordes do petróleo e gastos do governo.
Por outro lado, a atividade
económica enfraqueceu nos países importadores de
petróleo, onerada por contas mais altas de
importação, declínio da procura externa
e encolhento do espaço político. Como resultado, as
economias exportadoras de petróleo e importadoras de
petróleo estão enfrentando uma perspectiva de crescimento
dual track. Enquanto isso, a
agitação social e instabilidade política,
nomeadamente na
República Árabe Síria, continuam
a elevar a avaliação de risco para toda a região.
Em média, o crescimento
do PIB da região deverá desacelerar para 3,3 por
cento em 2012 e 2013, de 6,7 por cento em 2011.
O crescimento do PIB na América Latina e no Caribe desacelerou notavelmente durante 2012, liderada pela efraquecimento da procura e diminuição das exportações. No Outlook, sujeitos aos riscos de uma nova recessão, a projeção inicial é para um retorno a taxas moderadas de crescimento económico, liderado pelo forte desempenho económico do Brasil. Para a região como um todo, o crescimento do PIB está previsto para 3,9 por cento em média da linha de base para 2013, em comparação com 3,1 por cento em 2012.
O crescimento do PIB na América Latina e no Caribe desacelerou notavelmente durante 2012, liderada pela efraquecimento da procura e diminuição das exportações. No Outlook, sujeitos aos riscos de uma nova recessão, a projeção inicial é para um retorno a taxas moderadas de crescimento económico, liderado pelo forte desempenho económico do Brasil. Para a região como um todo, o crescimento do PIB está previsto para 3,9 por cento em média da linha de base para 2013, em comparação com 3,1 por cento em 2012.
Entre as
economias em transição, o crescimento
das economias da Comunidade de Estados Independentes (CEI)
continuou em 2012, apesar de moderado na segunda metade do ano.
Preços firmes de commodities, especialmente os de
petróleo e gás natural, realizaram o crescimento
entre as economias exportadores de energia, incluindo o Cazaquistão
e a Federação
Russa. Em contraste, o crescimento
na República
da Moldávia
e da Ucrânia
foi
negativamente afectado pela crise económica na área do
euro. As economias dos pequenos países importadores de
energia na CEI foram apoiados por remessas privadas. No Outlook, o PIB
para a CEI deverá crescer 3,8 por cento em 2013, o mesmo que em
2012. As
perspectivas para a maioria das economias em transição do
Sudeste da Europa no curto prazo permanece
desafiador, devido
aos seus laços estreitos com a zona do euro
através do comércio e manutenção
financeira. Nestas economias, o crescimento do PIB será em
média de 1,2 por cento em 2013, uma recuperação
moderada da recessão de 2012, quando as economias da
sub-região encolheu 0,6 por cento.
Menores emissões de gases com efeito de estufa, mas longe de chorar pelo "baixo crescimento de carbono"
Ajudado por um crescimento mais fraco
da economia global, os gases com efeito de estufa (GEE) emitidos por
países no Anexo I do Protocolo de Quioto são estimados
ter caído em cerca de 2 por cento ao ano durante 2011-2012 (ver
quadro anexo A.22). Isso reverte o aumento de 3 por cento nas
emissões de GEE por esses países em 2010. Emissões
caíram 6 por cento em 2009, juntamente com as
conseqüências do crescimento do PIB associado com a Grande
Recessão. Com o declínio mais recente, as
reduções de emissões de GEE entre os países
do Anexo I estão de volta as tendências de longo prazo
para baixo. Dada a nova
moderação no crescimento económico global,
as emissões feitas por esses países devem cair ainda mais
durante 2013-2014. [1] Como um grupo, os países do Anexo I
já atingiram a meta do Protocolo de Kyoto para
redução das emissões em pelo menos 5 por cento dos
níveis de 1990 no período de compromisso 2008-2012. No
entanto, várias países importantes, como os Estados
Unidos e Canadá, ainda estão para satisfazer as suas
próprias metas nacionais. Ao mesmo tempo, as emissões de
gases de efeito estufa em muitos países em desenvolvimento
estão a aumentar a um ritmo rápido, tal que, globalmente,
as emissões continuarem a subir.
O mundo ainda está longe de atingir a sua meta para equivalentes concentrações CO2
Ao todo, o mundo está longe de
estar no caminho certo para reduzir as emissões na medida
considerada necessária para manter o dióxido de carbono
(CO2) equivalente a menos de 450 partes por milhão (consistente
com a meta de estabilizar o aquecimento global num aumento igual
ou inferior a 2 ° C de temperatura, a partir de níveis
pré-industriais). [2] Para evitar exceder esse limite, as
emissões de GEE teriam de cair em 80 por cento até meados
do século. Dadas as tendências atuais e até mesmo
com a extensão do Protocolo de Quioto, esta é uma meta
inatingível.
Agora precisam ser criadas vias de crescimento "Mais verde", e apesar de os custos de investimento de grande porte, eles também oferecem oportunidades para uma recuperação global de reequilíbrio robusto no mais curto prazo (ver "Desafios políticos" e Capítulo II sobre os custos ambientais da expansão do comércio mundial através valor cadeias).
Agora precisam ser criadas vias de crescimento "Mais verde", e apesar de os custos de investimento de grande porte, eles também oferecem oportunidades para uma recuperação global de reequilíbrio robusto no mais curto prazo (ver "Desafios políticos" e Capítulo II sobre os custos ambientais da expansão do comércio mundial através valor cadeias).
1 As projeções
são baseadas em tendências passadas no crescimento do PIB
e as emissões de gases de efeito estufa, respondendo
implicitamente os efeitos ao longo do tempo de políticas
destinadas a dissociação (ver notas do Anexo tabela A.22
para uma descrição da metodologia). Quanto às
tendências de longo prazo estão em causa, o impacto das
mais recentes mudanças políticas de energia não
pode ser adequadamente refl ected.
2 Um estudo recente da
PricewaterhouseCoopers observa que "desde 2000, a taxa de
descarbonização foi em média de 0,8% a
nível mundial, uma fração da redução
necessária. De 2010 a 2011, a intensidade de carbono global
continuou esta tendência, com queda de apenas 0,7%. Devido a este
início lento, intensidade de carbono global agora precisa ser
cortado por uma média de 5,1% ao ano a partir de agora para 2050
.... Esta taxa de redução não foi atingido em
qualquer um dos últimos 50 anos. " (Veja PricewaterhouseCoopers
LLP, "Tarde demais para dois graus? Economia de baixo carbono
índice de 2012", Novembro de 2012, pp 2-3, disponível a
partir de
http://preview.thenewsmarket.com/Previews/PWC/DocumentAssets/261179_v2.pdf)
.
----Crise do emprego continua
O desemprego continua alto nas economias desenvolvidas
O desemprego
permanece elevado em muitas economias desenvolvidas, sendo a
situação na Europa a mais
desafiadora. Uma recessão de duplo mergulho em
várias economias europeias teve um custo pesado sobre os
mercados de trabalho. A taxa de desemprego continuou a subir para um
recorde na zona do euro durante 2012, com um aumento de mais de um
ponto percentual relativamente ao ano anterior.
As
condições estão piores na Espanha e na
Grécia, onde mais
de um quarto da população activa está sem trabalho
e mais
de metade dos jovens está desempregado. Apenas
algumas economias da região, como a Áustria,
Alemanha,
Luxemburgo
e Países
Baixos, registaram baixas taxas de desemprego de cerca de 5 por
cento. As
taxas de desemprego na Europa Central
e Europa
Oriental
também subiram ligeiramente em 2012, em parte resultante
da austeridade fiscal. A Taxa de
desemprego do Japão recuou para valores abaixo de 5 por cento.
Nos Estados Unidos, a taxa de desemprego manteve-se acima de 8 por
cento para a maior parte de 2012, mas caiu para pouco abaixo desse
nível a partir de Setembro. No entanto, a taxa de
participação de trabalho é em uma baixa recorde,
enquanto as acções de desemprego de longa
duração atingiram máximos históricos de
40,6 por cento (desempregado por 6 meses ou mais) e 31,4 por cento (um
ano ou mais). O
desemprego de longa duração também é
grave na UE e no Japão,
onde quatro
de cada 10 dos desempregados estão sem emprego há mais de
um ano. Para o grupo de
países desenvolvidos como um todo, a
incidência de desemprego de longa duração
(mais de um ano) era
de mais de 35 por cento em Julho de 2012, afectando
cerca de 17 milhões de trabalhadores. Tal
duração prolongada de desemprego de longa
duração tende a ter
significativos impactos negativos para ambos os grupos, impactos
negativos para os indivíduos que perderam seus empregos e
impactos
negativos na economia como um todo. As
competências dos trabalhadores desempregados deterioram-se
compatívelmente com a duração do seu desemprego,
provavelmente levando a ordenados mais baixos para aqueles
indivíduos que são eventualmente capazes de encontrar
novos empregos. Ao nível
agregado, quanto
maior a proporção de trabalhadores presos no desemprego
prolongado, maior
será o impacto negativo sobre a produtividade da economia a
médio e longo prazo.
Criação de emprego adequada deve ser uma prioridade política fundamental nas economias desenvolvidas.
Se o crescimento económico
permanecer anémico nos países desenvolvidos como
projectadas na previsão inicial, as
taxas de emprego não voltarão para níveis
pré-crise até muito além de 2016 (figura
I.4).
A situação do emprego varia entre os países em desenvolvimento
Figura I.4
Recuperação do emprego
nos Estados Unidos Pós-recessão, zona do euro e nas
economias desenvolvidas, 2007 (Q1) -2011 (Q2) e as
projeções para 2012 (Q3) -2016 (Q4)
Fonte: ONU / DESA, com base em dados da OIT e do FMI.
Nota: O gráfico mostra as
variações percentuais do emprego total (como uma
média móvel) em relação aos picos
prerecession. Projeções (linhas tracejadas) são
baseados em estimativas da elasticidade de saída do emprego (lei
de Okun), seguindo uma metodologia semelhante à da OIT, World of
Relatório de Trabalho 2011 (Genebra).
A situação do emprego
varia significativamente entre os países em desenvolvimento, mas
os
desafios comuns são a melhoria da qualidade do emprego e a
redução do emprego vulnerável, assim como enfrentar os
problemas de desemprego estrutural, como o desemprego
juvenil e as disparidades
de gênero no emprego, os quais são preocupações
fundamentais de ambito social e económico em muitos
países em desenvolvimento.
Entre os
países em desenvolvimento, as taxas de
desemprego na maioria das
economias do Leste da Ásia e da América Latina
já se retiraram, ou cairam abaixo, dos níveis vistos
antes da crise financeira global. A moderação do
crescimento no final de 2011 e 2012, até agora não levou
a um aumento perceptível na taxa de desemprego nestas duas
regiões, um sinal positivo, com a ressalva de que um aumento da
taxa de desemprego normalmente ficam em uma desaceleração
econômica. Se a desaceleração do crescimento
continua, a taxa de desemprego poderia ser esperado para aumentar
significativamente. Na África, apesar relativamente forte
crescimento do PIB, a situação do emprego continua a ser
um grande problema em toda a região, tanto em termos do
nível de emprego e da qualidade dos empregos que são
gerados. TIC do Trabalho confl também constituem um risco grande
desvantagem para o desempenho económico da região. A
disparidade de gênero no mercado de trabalho permanece aguda em
África, bem como no Sul da Ásia. As mulheres estão
enfrentando taxas de desemprego, pelo menos, o dobro da enfrentada
pelos homens em alguns países africanos, e a taxa de actividade
feminina na Índia e no Paquistão é muito mais
baixa do que a dos homens. A
agitação social no Norte da
África e na Ásia
Ocidental foi
causada em parte pelo
desemprego elevado, especialmente
entre os jovens. Por sua vez, as
perturbações relacionadas com a actividade
económica, mpurraram ainda mais para cima, as
taxas de desemprego em alguns países. Entre as economias em
transição, a taxa de
desemprego na Rússia caiu para uma baixa recorde de 5,2 por
cento em agosto de 2012, em parte como resultado
do aumento da despesa pública, mas também
por causa da diminuição da população activa.
Também foi registado
notável criação de emprego no Cazaquistão,
mas a
taxa de desemprego aumentou na Ucrânia como resultado
de política fiscal mais apertada e do enfraquecimento do
setor externo.
A inflação mundial recuou, mas ainda é uma preocupação em alguns países em desenvolvimento
A inflação continua moderada nas economias mais desenvolvidas ...
As taxas de inflação
permaneceram moderadas na maioria das economias desenvolvidas. Continuando
a elevada pressão sobre os salários de muitos
países, as expectativas inflacionárias
estão se mantendo em baixo. A inflação nos Estados
Unidos diminuiu moderadamente, de 3,1 por cento em 2011, para
cerca de 2 por cento em 2012, A nova moderação da
inflação é esperado nas perspectivas para 2013. Na
área do euro, a inflação, medida pelo
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC),
continua a ser acima da meta do banco central de 2 por cento. O
núcleo da inflação, que não inclui
alterações de preços nos itens voláteis
como energia, alimentos, álcool e tabaco, tem sido muito menor,
em torno de 1,5 por cento, sem evidência de pressões
altistas. Na perspectiva, a inflação deverá
derivar lentamente. Inflação nos novos membros da UE
também deve diminuir. A deflação continua a
prevalecer no Japão, embora o banco central tenha elevado a meta
de inflação para aumentar as expectativas de
inflação.
... e está retrocedendo na maioria dos países em desenvolvimento, embora ainda se mantenha elevada em algums países
A inflação recuou na
maioria dos países em desenvolvimento durante 2012, mas ainda
continua alta em alguns. Na perspectiva da ONU, os preços mais
elevados do petróleo em alguns países fornecedores
específicos, podem continuar a colocar pressão ascendente
sobre a inflação nos países em desenvolvimento em
2013 e em 2014. Na África,
enquanto a inflação continua moderada em muitas
economias, a mesma taxa de inflação ainda está
acima de 10 por cento em Angola, Nigéria e em outros lugares. A
inflação deverá manter-se moderada na maioria do
Leste da Ásia, mas ainda é uma preocupação
para a maioria dos países do Sul da Ásia, onde as taxas
de inflação foram, em média, mais de 11 por cento
em 2012 e a previsão é de manterem-se acima ou perto de
10 por cento em 2013 e 2014 . A inflação permanece baixa
na maioria das economias na Ásia Ocidental, embora ainda seja
alta (acima de 10 por cento) no Iêmen e muito alta (30 por
cento), na República Árabe Síria. A taxa de
inflação na América Latina e no Caribe
deverá ficar em cerca de 6 por cento.
Perspectivas para commodity global e para os mercados financeiros
O
comércio mundial desacelerou notavelmente durante 2012, juntamente com
uma menor produção global. A
crise da dívida soberana, a
recessão económica na área do euro e a continua
desalavancagem financeira nas economias
mais desenvolvidas afectou
os fluxos de capital para os mercados emergentes e outros países
em desenvolvimento, aumentando
as incertezas sobre as
perspectivas de melhoria económica e sobre
a volatilidade do mercado. Esses factores,
combinados com os efeitos colaterais de políticas
monetárias expansionistas nas economias desenvolvidas,
também alimentaram a volatilidade nos preços dos produtos
primários e nas taxas de câmbio. Os desequilíbrios
globais, caracterizados por grandes excedentes de poupança em
algumas economias e deficits noutras, diminuíram acentuadamente
na sequência da crise financeira global. No entanto, o
reequilíbrio dificilmente tem sido um processo benigno, tendo
resultado principalmente da ração demanda em fluxos de
comércio mais fracos.
Forte desaceleração do comércio mundial
Demanda de importação em declínio na Europa umedecido crescimento do comércio mundial em 2012
Depois de mergulhar mais de 10 por
cento no Grande Recessão de 2009, o comércio mundial
recuperou fortemente em 2010. Desde 2011,
a
recuperação do volume de exportações
mundiais perdeu força (figura I.5). O
crescimento do comércio mundial desacelerou acentuadamente em
2012, principalmente
devido à demanda de importação em declínio
na Europa, com
a região a entrar em segunda recessão em três anos,
e a demanda agregada anêmico nos Estados Unidos e no
Japão. Os países em desenvolvimento e economias em
transição têm visto a demanda por suas
exportações enfraquecer como resultado.
Figura I.5
Mundial mercadoria volume de exportações, janeiro de 2006-agosto 2012
Fonte: CPB Netherlands Bureau de Análise de Política Económica, rebased pela UN / DESA
Os dados
mensais do comércio de diferentes regiões e países
mostram
uma seqüência clara do enfraquecimento da procura que
se originou na área do euro espalhando-se
daí para o resto do mundo. A demanda de
importações na Grécia, Itália, Portugal e
Espanha começaram a cair no final de 2011 e cairam ainda mais
durante 2012, mas a fraqueza na
atividade comercial espalhou-se ainda mais para o resto da Europa,
bem como, incluindo a França ea Alemanha. Em paralelo, as
importações dos Estados Unidos e do Japão
também abrandaram significativamente no segundo semestre de 2012.
As economias do
leste asiático que têm significativas
relações comérciais com os principais
países desenvolvidos experimentaram
quedas proporcionais nas exportações. Por exemplo,
a
República da Coreia, e a Província
da Chinesa Taiwan registaram
quedas consideráveis nas exportações durante 2012.
As
exportações da China também desaceleraram notavelmente. Mais abaixo
na cadeia
de valor global, os países exportadores energia e
outras economias primárias, também viram a demanda por
suas exportações enfraquecer. O Brasil
e a Federação
Russa, por exemplo, todos
sentiram acentuado declinio e quedas das exportações
registradas em diferentes graus, no segundo semestre de 2012. Menores
ganhos nas exportações, agravados
pelas restrições da procura interna também empurraram
para baixo o crescimento do PIB em muitos
países em desenvolvimento e em economias
em transição durante 2012. Isto levou a fraca
procura de importações destas economias, retardando
ainda mais o comércio dos países desenvolvidos.
Ao mesmo tempo, um aumento do
protecionismo internacional, embora modesto, e o impasse prolongado no
mundo das negociações comerciais multilaterais, têm
também adversamente afectado os fluxos de comércio
internacional. [3] As perspectivas para 2013 e 2014, devido
ao contínuo enfraquecimento do crescimento global (weak global
growth outlook), mantêm-se
elevadas as incertezas e perspectivas de que o comércio
mundial vai continuar a se expandir a um ritmo bastante morno de 4,3
por cento em termos de volume em 2013 e 4,9 por cento em 2014, contra
3,3 por cento em 2012 e 6,8 por cento durante 2005-2008.
---------------[3]
3 Ver ODM Gap Task Force Report 2012: A Parceria Global para o Desenvolvimento de Tomada de Retórica uma realidade (publicação das Nações Unidas, Vendas Não. E.12.I.5).
----------------
Os preços do petróleo suavizaram, mas o prêmio de risco continua elevado
Os preços do petróleo fluctuaram em 2012, com uma demanda mais fraca fora definindo os riscos geopolíticos
Os preços do petróleo
flutuaram durante 2012 (figura I.6); a fraca demanda global tende a
empurrar os preços para baixo, enquanto os riscos
geopolíticos elevados em vários países produtores
de petróleo colocaram uma pressão ascendente sobre os
preços. Demanda global de petróleo desacelerou
ligeiramente para 0,9 por cento em 2012. A oferta global foi afectada
por sanções impostas pela UE e pelos Estados Unidos sobre
as exportações de petróleo sírio e
iraniano. No entanto, esta foi compensada, em grande medida, pelo
aumento preventivo na produção de petróleo na
Arábia Saudita, na retoma da produção na
Líbia e maior do que a esperada saída na América
do Norte, América Latina e da Federação Russa. No
entanto, a capacidade caiu para 2,8 milhões de barris por dia
(mbd), face a uma média de cerca de 4 mbd durante 2006-2011.
Na perspectiva, a demanda mundial por
petróleo deverá permanecer subjugada durante 2013 e 2014.
A oferta deverá expandir-se em várias áreas
produtoras de petróleo, incluindo a América do Norte, a
Federação da Rússia e o Brasil, parcialmente
compensada por quedas no Mar do Norte e na Ásia Central. Na
Arábia Saudita é esperado que seja reduzida a
produção, aumentando assim a capacidade de
reposição.
No entanto, a provavel continuação das tensões geopolíticas no Médio Oriente irá continuar a colocar um elevado prêmio de risco sobre os preços. Como resultado, os preços do petróleo Brent estão previstos para cair um pouco e fluctuarem em cerca de US $ 105 por barril (pb) em 2013-2014, contra uma média de $ 110 pb em 2012.
Figura I.6
Preço do petróleo Brent, janeiro de 2000-outubro 2012
Fonte: ONU / DESA.
O aumento dos preços dos alimentos
Os preços dos alimentos aumentaram para um recorde de alta, mas será moderado em 2013
Figura I.7
Diários dos preços dos grãos, Janeiro de 2007-outubro 2012
Fonte: Conselho Internacional de Grãos
Apesar de
desaceleração da demanda global, os preços
dos alimentos saltaram para um recorde em julho de 2012 (figura I.7). A
produção mundial de cereais em 2012 deve cair 2,7 por
cento da safra recorde do ano anterior. A diminuição
global reflecte uma redução de 5,5 por cento no trigo, e
uma queda de 2,5 por cento em grãos grosseiros, enquanto a safra
global de arroz é vista a crescer 0,7 por cento acima do recorde
da temporada passada. Secas severas e tempo ruim este ano nos Estados
Unidos, Federação Russa, Ucrânia e
Cazaquistão têm sido a principal causa da
redução de milho e trigo. De acordo com a
Organização para a Alimentação e
Agricultura (FAO), o declínio também reduzir o estoque
mundial de cereais de usar proporção de 22,6 por cento em
2012 para 20,6 por cento em 2013, o que compara com a baixa de 19,2 por
cento registrado em 2007-2008. [4]
----------------------
[4] Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas, "A produção mundial de cereais em 2012 queda de 2,7 por cento desde o recorde de 2011", abastecimento de cereais da FAO e Breve Demand, 08 de novembro de 2012, disponível a partir
Food and Agricultural Organization of
the United Nations,
“World cereal production in 2012 down 2.7 percent from the 2011
record”, FAO Cereal Supply and Demand Brief, 8 November 2012,
available from http://www.fao.org/worldfoodsituation/wfs-home/csdb/en/.
----------------------
A
situação ainda não é considerado uma
ameaça para a segurança alimentar mundial, no
entanto. Na perspectiva, os
preços dos alimentos provavelmente irão moderar um pouco
com a desaceleração da demanda global. No entanto,
num
contexto de fragilidade financeira, dado os mercados são
muito apertados e com o fluxo de capitais para os mercados de futuros,
até mesmo choques
de oferta relativamente menores podem facilmente causar novos picos de
preços.
Suavizando os preços das commodities não-alimentares
Os preços dos metais e minério permanecerão fracos como resultado de uma procura moderada
Os
preços dos não-petrolíferos, não
alimentares começaram a diminuir no segundo trimestre de 2012
como resultado
da desaceleração da demanda global (figura I.8). A
valorização do dólar dos Estados Unidos
também contribuiu para a fraqueza dos preços dos
não alimentares, como estes preços são
denominados em dólar. Os preços
dos metais básicos e minérios continuaram a sua
tendência descendente até meados de 2012, antes de
se recuperar um pouco no fim do ano, principalmente influenciados por
fatores financeiros (ver capítulo II). A demanda
global permaneceu fraca, enquanto novos projetos de
mineração implementados ao longo da última
década aumentaram o volume da da oferta global.
Figura I.8
Não-petrolíferos preços das commodities, 2000-2014
Os preços dos metais e
minérios deverão permanecer fracos, já que a
demanda global não deverá recuperar rapidamente durante
2013. No entanto, as
condições de mercado devem permanecer voláteis.
Novas rodadas
de afrouxamento
monetário nas grandes economias desenvolvidas num
contexto de fragilidade financeira continuada, por exemplo,
irão provavelmente induzir em maiores fluxos
financeiros especulativos no mercados de commodities, e assim,
manter os preços, trazendo
mais volatilidade para o mercado.
Volatilidade contínua de fluxos de capital para os mercados emergentes
Os mercados emergentes vão continuar a ter voláteis fluxos de capital
Vulnerabilidades
financeiras Globais permanecem imbativelmente altas. Os
empréstimos do Banco permanecem moles nas economias
desenvolvidas. As
condições financeiras deverão permanecer muito
frágeis no curto prazo por causa do
tempo que vai demorar para implementar uma solução para a
crise da área do euro e da
sombra a ser lançada sobre a recuperação da
economia dos Estados Unidos perante o penhasco fiscal. A maioria dos
mercados emergentes tendem a continuar experimentando voláteis
fluxos de capitais, tal como têm experimentado ao longo
dos últimos anos, fortemente
influenciados pela fragilidade dos mercados financeiros e pelas
políticas de QE nos países desenvolvidos (figura I.9).
Para o ano de
2012, líquido de capitais privados influxos para mercados
emergentes, ou seja, alguns países em desenvolvimento e
economias em transição são estimadas para chegar a
cerca de US $ 1 trilhão, para baixo por cerca de 10 por cento do
ano anterior. [5] ao lado de desalavancagem em curso nos países
desenvolvidos, fatores domésticos especificamente c para as
economias de mercado emergentes aumentaram a pressão descendente
sobre ows influxos de capital líquido na primeira metade de
2012. Crescimento mais lento na China e algumas outras economias
asiáticas reduziu taxa de câmbio ajustado taxa de retorno
expectativas dos investidores internacionais. No Norte de
África e no Oriente
Médio, as incertezas permanecem na esteira de
transformações políticas e, em alguns casos, dos
conflitos em curso, criando um ambiente adverso para influxos de
capital mais forte. Vários
países latino-americanos, como o Brasil, introduziram
regulação mais rigorosa conta de capital para
limitar fluxos de capital de curto prazo e reduzir fluxo de capital e
da taxa de câmbio a volatilidade.
-----------------
5 Instituto de Finanças
Internacionais, "Capital fluxos para economias de mercado emergentes",
IIF nota de pesquisa de 13 de outubro de 2012. Os dados referentes ao
capital privado fluxos nesta seção abrangem cerca de 30
economias de mercado emergentes e discutir ows de capital
líquido infl separados de líquidos ows outfl. Neste
sentido, os dados difer dos apresentados no capítulo III, que
abrangem todas as economias em desenvolvimento e em
transição e aplicar o "líquida de fl uxo"
conceito, que é infl net uxos menos líquidas ows outfl.
---------------------Figura I.9
Capital líquido flui para os mercados emergentes
Bilhões de dólares
Crise grega
Crise irlandesa
Primeiro BCE
LRTO
Fonte: FMI, WEO banco de dados, Outubro de 2012.
Os custos de financiamento
endividamento externo aumentou para países em desenvolvimento e
economias em transição, quando a crise na zona do euro
aumentaram em meados de 2012, mas já diminuiu e permanecem
baixos em geral (figura I.10).
Figura I.10
Diferenciais de rendimento diários em títulos de mercados emergentes, Janeiro de 2007-outubro 2012
pontos percentuais
África
Ásia
América Latina
Europa
Fonte: JPMorgan Chase
Não se espera que em
média, venha a ocorrer grande aumento de influxos ows de capital
privado para os mercados emergentes, em 2013, embora persista a
volatilidade nos mercados. Novas rodadas
de afrouxamento monetário anunciado pelos bancos centrais
dos países desenvolvidos devem fornecer algum impacto
estabilizador nos mercados financeiros, o que pode ajudar a reduzir a
aversão ao risco entre os investidores. Tendo em vista
a taxa de juros e os diferenciais de crescimento, os
investidores devem manter os interesses nos países em
desenvolvimento. Contudo, ao mesmo tempo, a necessidade continuada
de desalavancagem do sistema bancário em países
desenvolvidos mantém
elevado o risco de reversão de capital para os mercados
emergentes. Além disso, as incertezas
cercam as perspectivas de crescimento futuro para algumas
grandes economias em desenvolvimento (ver "incertezas e
riscos" seção), o que poderá moderar o
apetite por investimentos estrangeiros em mercados emergentes.
Fluxos de capital continuam a ser acompanhada por saídas de capital em larga escala a partir de mercados emergentes
Os Voláteis influxos de
capitais continuam a ser acompanhadas por grandes saídas de
capitais dos mercados emergentes. As Economias dos mercados emergentes
investiram 1,3 trillion dólares no exterior em 2012, na sua
maioria associados com novos aumentos em aqisição de
reservas cambiais.
Mesmo pensando que o grau de
acumulação de reservas foi um pouco menor do que em 2011,
sinalizando preocupações contínuas nas economias
dos países emergentes e em desenvolvimento sobre a volatilidade
do mercado mundial de capitais e commodity. Embora fornecendo
lastro contra choques e espaço político para reduzir a
volatilidade da taxa de câmbio, o acúmulo de reservas em
massa também enfraquece ainda mais a demanda global. [6]
--------------[6] Ver, por exemplo, a discussão em Pesquisa Mundial Económico e Social de 2010: Desenvolvimento Retooling Global (publicação das Nações Unidas, Vendas Não. E.10.II.C.1), cap V.
---------
A Ajuda Líquida aos
Países em Desenvolvimento (APD), vinda dos países membros
do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (CAD) da
Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) chegou a 133,5 bilhões
dólares em 2011, acima dos 128,5 bilhões dólares
em 2010. No entanto, em termos reais,
isso representou
uma queda de 3 por cento, aumentando o
afastamento no cumprimento das metas de ajuda acordadas
internacionalmente para US $ 167 bilhões. [7] Os
resultados preliminares do estudo da OCDE dos planos dos doadores para
gastos futuros indicam a ajuda programável por país
(CPA), um subconjunto do núcleo de ajuda que inclui programas e
projetos, que previram as tendências no total-aid esperando um
aumento de cerca de 6 por cento em 2012, principalmente por conta dos
aumentos previstos em outfl ows de empréstimos bonificados de
agências multilaterais que tinham beneficiado de anteriores
reconstituições do fundo.
No entanto, a CPA deverá
estagnar 2013-2015, refletindo os impactos fiscais retardados da crise
econômica global sobre os orçamentos dos países
doadores.
------------[7] Gap ODM Relatório da Força Tarefa de 2012, op. cit.
---------------
Volatilidade da taxa de câmbio constante
As Taxas de câmbio entre as principais moedas permaneceram relativamente calmas em resposta às medidas QE
Uma grande depreciação
do euro face a outras importantes moedas (vis-à-vis
other major currencies) foi a tendência defenidora dos
mercados cambiais globais durante a primeira metade de 2012 (figura
I.11), impulsionado
pela escalada da crise da dívida na zona euro área.
O euro recuperou um pouco na segunda metade do ano, depois das
autoridades europeias anunciarem algumas novas iniciativas, incluindo o
programa OMT. As taxas de câmbio entre as principais moedas
permaneceram relativamente calmas em resposta a anúncios da QE
OMT e ainda pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelos Bancos Centrais.
Na perspectiva, dado anunciadas políticas monetárias das
principais economias desenvolvidas e as suas perspectivas de cresciment
são em geral fracos, tornando dificil verificar uma clara
tendência nas taxas de câmbio entre as principais moedas.
Figura I.11
Taxas de câmbio das principais moedas vis-à-vis o dólar dos Estados Unidos, janeiro de 2002-outubro 2012
Inde: x 2, janeiro de 2002 = 100
Euro
Iene japonês
Franco suíço
Fonte: ONU / DESA, com base em dados do JPMorgan Chase
Depois de uma queda vertiginosa no
final de 2011, a primeira metade de 2012 viu as moedas da maioria dos
países em desenvolvimento e das economias em
transição depreciando ainda mais face ao dólar dos
Estados Unidos (figura I.12). Esta tendência foi impulsionada por
dois fatores principais: a redução dos fluxos de capitais
para estes países e as perspectivas mais fracas de crescimento
para estas economias. Desde meados de 2012, as taxas de câmbio da
maioria dessas moedas têm se estabilizado, e alguns deles
começaram a se recuperar após os lançamentos do
novo QE nos principais países desenvolvidos. No Outlook,
a continua implementação do QE em aberto nos principais
países desenvolvidos, provavelmente irá
aumentar a volatilidade das taxas de câmbio das moedas dos
países em desenvolvimento e das economias em
transição.
Figura I.12
Taxas de câmbio das moedas de países em desenvolvimento selecionados vis-à-vis o dólar dos Estados Unidos, janeiro de 2002-outubro 2012
Moeda brasileira
Won coreano
Rand Sul-Africano
Fonte: ONU / DESA, com base em dados do JPMorgan Chase.
Não benigno reequilíbrio mundial
Os desequilíbrios externos têm caído como resultado de fraqueza geral na demanda global
Desequilíbrios globais, que se
refere aos desequilíbrios em conta corrente entre as economias
maiores, diminuíram significativamente no rescaldo da crise
global. Mesmo se alargando ligeiramente durante 2012, eles permanecem
muito menores do que nos anos que antecederam a crise (figura I.13). Infelizmente,
esta
tendência não pode ser vista como um sinal de maior
estabilidade financeira global e um crescimento mais equilibrado.
Os desequilíbrios externos têm caído como resultado
de fraqueza global da procura global e da recessão sincronizada
no comércio internacional, em vez de através de mais
mudanças estruturais nas taxas de poupança e nos
padrões de procura global.
Os Estados
Unidos continuaram a ser a economia com maior déficit,
com um
défice externo estimado em cerca de 467 biliões de
dólares (3,1 por cento do PIB) em 2012, os
desequilíbrios externos diminuíram substancialmente e
têm caído como resultado da fraqueza global da procura
global a partir do pico de US $ 800 bilhões (6 por cento do PIB)
registrado em 2006. Em imagem de espelho, os superávits externos
da China, Alemanha, Japão e de um grupo de países
exportadores de combustível diminuíram, embora em graus
variados. A China registrou um excedente estimado em pouco mais de 2
por cento do PIB em 2012, um declínio acentuado de uma alta de
10 por cento do PIB em 2007.
O Japão
deverá registar um excedente de 4 por cento do PIB em
2012, registando também uma redução significativa
do seu nível máximo de 5,0 por cento do PIB atingido em
2007. Enquanto o
superávit da Alemanha diminuiu apenas ligeiramente,
mantendo-se acima de 5 por cento do PIB, a conta corrente da
área do euro como um todo passou de um deficit para um excedente
de 1 por cento do PIB. Grandes excedentes em relação ao
PIB ainda estão presentes em países exportadores de
petróleo, atingindo 20 por cento do PIB ou mais em alguns desses
na Ásia Ocidental.
Figura I.13
Desequilíbrios globais, 1997-2014
Saldos Curreent, conta como percentual do produto interno bruto do mundo
Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2013
A maior parte dos ajuste reflectemm deflação e diminuição da procura na economia global
Nos Estados
Unidos, após vários anos
de recuperação nas exportações, a
procura enfraqueceu acentuadamente em 2012, tanto de
exportações, como de importações. O
estreitamento da diferença correspondente poupança
investmento reflecte uma pequena queda da taxa de poupança e
significativa moderação da procura de investimentos. A taxa de
poupança das famílias, passou de um
aumento de cerca de 2,0 por cento do rendimento disponível das
famílias antes da crise financeira, tendo atingido
uma poupança média de cerca de 5,0 por cento nos
últimos anos, começou
de novo a cair, descendo
para cerca de 3,8 por cento. A taxa de
investimento caiu
de 19,2 por cento em 2007 para 16,4 por cento do PIB em 2012. O
deficit orçamental do governo dos EUA, caiu de 10,1 por cento do
PIB em 2011 para 8,7 por cento em 2012, principalmente como resultado
de mais cortes nos gastos do governo, não aumentou a receita do
governo. No
Outlook, uma maior redução do deficit da
conta corrente é esperado nos Estados Unidos em 2013 como
resultado da fraqueza causada por ajustes semelhantes.
A queda no superávit externo da China foi impulsionado por uma queda no crescimento das exportações
Nos
países com superávit, a diminuição
do excedente externo da China tem sido impulsionado principalmente por
uma queda
significativa no crescimento das exportações
causadas pelo abrandamento da economia mundial, em vez de por um
reforço das importações empurradas por um
reequilíbrio interno.
Tanto as
exportações e importações na China, desaceleraram
substancialmente em 2012, apesar de a
política Chinesa de taxa câmbial se ter tornado mais
flexível. O Governo
intensificou-se medidas destinadas a impulsionar o consumo das
famílias e reequilibrar a estrutura da economia interna
para uma maior dependência da demanda doméstica, mas
até ao momento isso não resultou em qualquer aumento
visível no consumo e em participação no
crescimento do PIB. Na China,
o
estreitamento correspondente da relação
poupança-investimento veio principalmente de uma notável
desaceleração no crescimento do investimento, em
vez de uma redução na poupança causada por aumento
do consumo.
No Japão,
o
estreitamento do seu excedente externo tem, em certa medida,
reflectido o fortalecimento da sua procura interna, incluindo o aumento
das importações de petróleo relacionados com a
reconstrução na sequência do devastador terremoto,
mas também de uma significativa
desaceleração das exportações.
Os excedentes
de países exportadores de petróleo são de
natureza bastante diferente, como esses países precisam
compartilhar a riqueza gerada pela dotação de
petróleo com as gerações futuras através de
uma previsível acumulação contínua de
excedentes no mercado de futuros. No entanto, alguns estudos
alertam para um abrandamento das exportações de
petróleo para a Federação Russa no
médio prazo. [8]
--------------[8] Ver 8 Ernst & Young, "O futuro da exploração de petróleo da Rússia: para além de 2025", disponível a partir de
----------------
Na área
do euro, os déficits de conta corrente dos
Estados-membros da periferia, cairam
drasticamente como resultado da austeridade fiscal e da severa
contração do investimento privado e da diminuição
de consumo. As
reduçõess dos deficts de conta corrente foram
acompanhados por grandes
fluxos financeiros para fora
desses países, desencadeados
pelo pânico no setor bancário dos países
endividados da zona do euro. Este reflecte
uma gritante inversão do processo de
integração económica europeia ocorrido durante as
décadas passadas, quando os fluxos de capital se davam dos
estados membros do núcleo para os estados membros
periféricos, agora em dívida. Na Alemanha, a sala
permanece políticas para estimular a demanda doméstica
mais, de modo a reduzir ainda mais seu superávit externo.
Persistentes desequilíbrios globais têm induzido os desequilíbrios de largura no activo líquido e posições de responsabilidade
Persistem os
desequilíbrios globais, induzindo em
largos desequilíbrios nos activos líquidos e nas
posições de responsabilidade. Os dados mais recentes
mostram que em 2011, a posição de passivo externo
líquido dos Estados Unidos aumentou para um recorde de 4
trilliões de dólares (mais de 25 por cento do PIB) um
aumento significativo de US $ 2,5 trilhões relativamente ao ano
anterior (figura I.14). Os ativos externos detidos pelos Estados Unidos
totalizaram cerca de 21 trilhões até o final de 2011,
enquanto os ativos nos Estados Unidos de propriedade do resto do mundo
somaram US $ 25 trilhões. [9] Dadas as tendências nos
mercados financeiros globais em 2012 e a tendências
déficit de conta corrente discutidos acima, a
posição de passivo externo líquido dos Estados
Unidos estima-se que aumentou ainda mais durante 2012.
-----------
[9] As aquisições dos
Estados Unidos de ativos estrangeiros aumentou em cerca de 484
bilião dólares durante o ano, mas ajustes de
avaliação reduziu o valor de ativos estrangeiros
propriedade dos Estados Unidos por 702 bilião dólares,
principalmente da redução dos preços de
ações de empresas estrangeiras. Por outro lado, as
aquisições de estrangeiros dos ativos nos Estados Unidos
aumentou em cerca de US $ 1 trilhão, e ajustes de
avaliação elevou o valor de empresas estrangeiras de
ativos nos Estados Unidos por 353 bilião dólares, na
maior parte dos aumentos dos preços dos títulos do
Tesouro dos EUA. Em suma, o grande aumento na posição de
passivo externo líquido dos Estados Unidos durante 2011,
principalmente refl ected uma mudança substancial na
avaliação dos ativos e passivos, com ows líquidos
fl responsáveis por uma parte menor.
--------
Dadas as tendências atuais, os
desequilíbrios globais não devem aumentar numa escala
significativa, deixando margem suficiente nos próximos dois anos
para não se tornarem uma ameaça iminente para a
estabilidade da economia global. No entanto, a posição da
devida líquida dos Estados Unidos representa grande um risco
contínuo para a estabilidade a médio prazo das taxas de
câmbio entre as principais moedas, com os investidores e as
autoridades monetárias segurando grandes reserva-holdings
de dólar podem temer uma forte depreciação do
dólar ao longo do tempo e que acelerar esse processo de
possível forma desordenada. Caso a queda da economia mundial
numa nova recessão, os desequilíbrios poderia estreitar
ainda mais através posições de demanda
deflacionária. Assim, parece que a coordenação
política internacional não deve ter o reequilíbrio
das contas como seu principal foco no curto prazo, mas deve dar
prioridade à sobras concertadas para revigorar a
recuperação global, criação de emprego e
uma maior coerência política para quebrar fora dos
círculos viciosos.
Figura I.14
Posição de investimento internacional líquida nos Estados Unidos
Bilhões de dólares
Fonte: ONU / DESA, com base em Estados Unidos Bureau of Economic Analysis dados.
Nota: Os dados de 2009 e 2010 foi revisto; dados para 2011 são preliminares.
Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2013
-------
Incertezas e riscos
A perspectiva
inicial apresentada acima está sujeito a grandes incertezas e
riscos, principalmente para o lado negativo. A
crise económica na área do euro pode continuar a
agravar-se e tornar-se ainda
mais perturbadora. Os
Estados Unidos não conseguirão deixar de evitar um
penhasco fiscal. A
desaceleração em vários grandes países em
desenvolvimento, incluindo a
China, poderão
deteriorar-se ainda mais, podendo terminar numa "aterragem
forçada". As
tensões geopolíticas na Ásia Ocidental e no resto
do mundo podem ficar fora de controle. Deixando perigosamente
baixos os índices básicos de stock de
grãos, os
preços dos alimentos podem facilmente espigar com qualquer
choque climático e tomar-se
um problema significativo para os países mais pobres e
vulneráveis do mundo. A discussão nesta
seção concentra-se na probabilidade de ocorrência
do primeiro desses três riscos e qual o impacto que deveria
ter
sobre a economia global no caso de se materializar.
Risco de uma crise mais profunda na zona do euro
A crise zona do euro continua a ser a maior ameaça ao crescimento global
A crise na zona
do euro continua a aparecer como a
maior ameaça ao
crescimento global. As economias da
zona do euro têm vindo a sofrer
de emaranhamento num número de círculos viciosos.
As
perigosas dinâmicas entre sofrimento da dívida
soberana
e a fragilidade do setor bancário estão deteriorando
os
balanços de ambos, dos Governos e dos bancos comerciais. As respostas
de austeridade fiscal estão
a agravar a crise econmica,
inspirando esforços
auto-destruidores na consolidação fiscal e empurrando
para cima os rácios da
dívida, desencadeando cortes
orçamentários
adicionais.
Como resultado,
a
região do Euro caiu em segunda recessão três anos
após a Grande Recessão Global de 2009, atingindo taxas
crescentes de desemprego a níveis
recordes desde o
nascimento do euro. A
situação na Grécia continua
a ser particularmente terrível, apesar do facto de terem
terminado os temores de haver uma saída iminente da
Grécia da união monetária e os valores de juro dos
títulos do governo grego posteriormente recuarem de seus
picos após a reestruturação da dívida no
início de 2012. No entanto, o
PIB continua a mergulhar, depois de
já ter caído em quase 20 por cento desde 2007. A
menos que a troika composta
pela UE, BCE e FMI relaxem os
termos de condicionalidade sobre o destino e o tempo de
duração do ajuste fiscal grego, e que
também dêm mais apoio, a
economia grega não será capaz de se livrar da atual crise,
em breve .
O foco de
atenção voltou-se para a Espanha em meados de 2012.
A
Espanha é a quarta maior economia da zona do euro, com
um PIB duas vezes o tamanho da Grécia, Irlanda e Portugal,
juntos. Os
custos de financiamento do paíscresceram quando o governo pediu
financiamento internacional para recapitalizar os bancos no
início de junho de 2012. Os juros dos
títulos de divída soberana a 10 anos atingiram um
pico de 7,6 por cento no final de julho, superando o
nível de juros que a Grécia, Irlanda e Portugal
enfrentaram quando foram forçados a pedir ajuda internacional
para enfrentar o sobreendividamento. O
contágio do mercado financeiro espalhou-se para a Itália,
que também tem
visto um aumento significativo da custos de empréstimos de
divida soberana.
Estes desenvolvimentos colocaram elevados riscos sistêmicos para a união monetária.
Em resposta,
o BCE anunciou em Setembro , um novo programa OMT através
do qual pode fazer compras potencialmente ilimitadas de
títulos soberanos com maturidade de três anos ou mais
curtos emitidos pelos países endividados. O programa OMT visa
reduzir os custos dos empréstimos para estes países. No entanto,
o
BCE só pode comprar obrigações no âmbito do
programa OMT se os
países formalizarem o pedido de ajuda internacional
através tanto do Fundo de
Estabilidade Financeira Europeia (EFSF) e
do Mecanismo
Europeu de Estabilidade (ESM),
que vem
com condicionalidade política anexada.
Após o
anúncio, os rendimentos soberanos da Espanha e alguns
outros países recuaram significativamente (figura I.15). No
final de Setembro, as autoridades espanholas apresentaram um
orçamento que pretende reduzir em 2013, o
projectado deficit em € 40 bilhões (51,4
bilhões dólares). Os gastos do governo devem ser cortados
em 8,9 por cento, enquanto que nos gastos com infra-estruturas
públicas terão uma queda de 1,3 por cento para 0,89 por
cento do PIB, entre outras medidas de austeridade. Um recente
teste de estresse bancário, mostrou um
déficit de capital de € 59.300.000.000 para os bancos
espanhóis. Será possível reparar isso com a
€ 100 bilhões em ajuda europeia, o Governo espanhol
já pediu a recapitalização de seus bancos.
O programa OMT do BCE poderia reduzir significativamente os custos refinanciamento da dívida, mas subsistem dúvidas
O programa OMT
iniciado pelo BCE, se implementado
como planeado, potencialmente, poderia reduzir
significativamente os
custos de refinanciamento da dívida da Espanha e dos
países endividados da zona euro. No
entanto, permanecem as
incertezas,
e uma série de questões que se desenrolam no futuro. Por exemplo,
o acordo feito anteriormente pelos líderes da zona euro de
recapitalizar diretamente os bancos espanhóis, sem aumentar a
dívida soberana do país, foi considerado uma iniciativa
fundamental para efectivamente fazer um curto-circuito de
realimentação no ciclo vicioso
entre a dívida soberana e a fragilidade dos bancos. No
entanto, posteriormente,
alguns
países membros da área do euro têm
manifestado uma interpretação um pouco diferente
em que a
recapitalização bancária directa só
funcionaria para os bancos que se metessem em problemas no futuro,
não
para aqueles que estão sendo resgatados no âmbito do
actual programa para a Espanha. Se esta interpretação
fosse tomada, na prática, o deficit do governo da Espanha seria
muito
maior do que o inicialmente projetado e poderia provocar grave ajuste
fiscal
adicional.
Figura I.15
Os rendimentos dos bônus de dois anos de governo dos países da área do euro, seleccionadas janeiro 2010-outubro 2012
Pontos percentuais
Alemanha
Grécia (escala da direita)
Irlanda
Portugal
Espanha
Fonte: JPMorgan Chase.
Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2013
---------------
Questão permanece sobre se Espanha realmente precisa desses cortes orçamentais profundos.
Em contraste
com a Grécia,
alguns analistas argumentam que os
problemas da
Espanha
começaram
no sector privado com
o estouro
da bolha
imobiliária, reduzindo drasticamente as receitas fiscais
do
governo e solicitando
um resgate dos bancos. Antes disso, o governo
tinha
os níveis de dívida relativamente baixos e um modesto
deficit. A partir desta perspectiva, a
austeridade fiscal não
resolve a raiz do problema em Espanha, mas apenas agrava
a crise
económica e causa
mais desemprego.
As iniciativas políticas anunciadas parecem ser insuficientes para quebrar a espiral descendente
Em qualquer caso, mesmo que as
iniciativas políticas anunciadas até ao momento sejam
implementadas como planeado, elas parecem ser
insuficientes
para quebrar a espiral descendente que muitos membros da zona
euro enfrentam no curto prazo e inadequadas
para impulsionar um
crescimento sólido no médio prazo.
Dadas todas as incertezas e riscos,
um número de pesquisadores já estudaram os
cenários e ramificações económicas da
possível saída de alguns
membros da área do euro. [10] O cenário pessimista,
discutido mais adiante, não assume qualquer break-up da
área do euro ou a saída de qualquer de seus membros, no
entanto. As implicações reais de um evento como esse
são extremamente dificeis de medir por causa da grande
quantidade de incerteza que iria surgir no mercado financeiro, e o
complexo mas ainda desconhecido, conjunto de rearranjos institucionais
que resultariam.
[10] Global Insight estima que uma
saída da Grécia viria com importantes efeitos colaterais
internacionais. Ele estima que a perda de saída simulada para os
Estados Unidos poderiam ser tanto quanto 2,5 por cento, empurrando a
economia para a recessão em 2013. (Veja IHS Global Insight,
"Sumário Executivo dos EUA", Novembro de 2012). Oxford Economics
("Os bancos centrais fazer um seguro adicional", Serviço de
Cenário Global, setembro de 2012) estima que uma saída da
Grécia no terceiro trimestre de 2013 diminuiria o PIB da
área do euro em 3,5 por cento e WGP iria cair 1,3 por cento
abaixo da linha de base para 2014 .
Numa mais
completa ruptura da área do euro, com a Grécia,
Portugal, Irlanda, Espanha,
Itália, Chipre saindo no primeiro trimestre de 2014, o Oxford
Economics estima que as perdas de produção poderiam ser
tão altas quanto 10 por cento e que os prejuízos para o
mundo como um todo
também seriam proporcionalmente mais elevados.
-----------------
Em vez disso, o cenário de
desvantagem apresentado a seguir olha para possibilidade
de uma
recessão muito mais profunda na área do euro do
que
delineado na linha de base. A contracção adicional
poderia ser causada por uma aplicação tardia do programa
de OMT e outros apoios medidas para os membros em necessidade. Atrasos
podem ocorrer por meio de dificuldades políticas na
obtenção de um acordo entre os países que
necessitam de ajuda e da Troika da UE, BCE e FMI, e / ou muito
maiores
efeitos nocivos dos programas de austeridade fiscal e mais
dificuldades
em ajustes estruturais do que o previsto no previsão
inicial. [11]
[11] Mais especificamente, o
cenário de uma mais profunda crise do euro apresentados na
tabela I.2 abaixo assume
o ainda maior aperto fiscal nos
países
endividados e sem o uso do programa OMT. Como resultado, os
rendimentos
de títulos e os custos de empréstimos aumentam, enquanto
aumenta a queda de confiança de
consumidores e empresas, afectando
o consumo privado e afastando o investimento.
---------------Incertezas sobre o "penhasco fiscal" nos Estados Unidos
Os Estados Unidos podem ver grandes mudanças nos gastos do governo e da política fiscal no final de 2012
A menos que o Congresso consiga
chegar a
um acordo para evitá-lo, os Estados Unidos terão de
enfrentar uma mudança brusca nos seus gastos do governo e da
política fiscal no final de 2012. Devido às
implicações potencialmente graves, foi cunhado o
"penhasco
fiscal". Os cortes de impostos aprovados durante a
administração de George W. Bush, no valor de 280
biliões dólares por ano (muitas vezes referido como "Bush
Tax Cuts", que traduzido dá
"cortes de impostos de Bush"), a 2 pontos percentuais
redução de impostos da folha de pagamento de US $ 125
bilhões, e do seguro-desemprego de emergência US $ 40
bilhões introduzido durante o primeiro mandato do governo de
Obama, foram todos concebidos para expirar no final de 2012. Mais
especificamente, a expiração dos cortes de impostos de
Bush implicaria um aumento nas taxas de imposto de renda em todos os
níveis de renda de cerca de 5 pontos percentuais em 2013. Entre
as outras alterações associadas com a
expiração dos cortes de impostos de Bush são a.
Eliminação gradual da redução do
crédito Federal Child Tax e um aumento da taxa máxima do
imposto sobre ganhos de capital de longo prazo de cerca de 5 pontos
percentuais O término da redução de 2 pontos
percentuais em impostos sobre os salários dos empregados
implicaria uma queda do rendimento disponível total por cerca de
US $ 125 bilhões. Além disso, a validade de
compensação de emergência de desemprego, que foi fi
rst aprovada em lei em 2008 e foi estendido nos últimos quatro
anos, implicaria uma redução nos gastos de consumo por
cerca de US $ 40 bilhões. [12] No lado das despesas do
orçamento, automático cortes será ativado,
cortando despesas em US $ 98 bilhões. [13] Juntos montante estas
ações a um ajuste para baixo na demanda agregada
não inferior a 4 por cento do PIB.
[12] Para mais detalhes, consulte o
JPMorgan Chase Bank NA, "penhasco Os EUA fiscal: uma
atualização e um downgrade", Nota de Pesquisa
Econômica, 18 de Outubro de 2012, disponível a partir de
https://mm.jpmorgan.com/EmailPubServlet?h = c7s2j110 & doc =
GPS-965096-0.pdf e Joseph Brusuelas, "penhasco Fiscal", Bloomberg
Brief, 25 de setembro de 2012, disponível a partir de
http://www.bloombergbriefs.com/files/2012-9-25-Fiscal-Cliff-
Especial-Issue.pdf.
[13] Estes cortes automáticos
são especificamente ed na Lei de Controle de Orçamento
que foi aprovado como resultado do fracasso da Comissão Mista
Especial sobre Redução Deficit (o chamado
"Supercommittee") para chegar a um acordo em 2011 sobre a forma como
para trazer o deficit orçamental para níveis
sustentáveis ao longo dos próximos dez anos.
---
O risco era ainda claro e presente no
rescaldo dos 06 de novembro as eleições presidenciais e
do Congresso dos Estados Unidos. No
pior caso, em que o impasse
político impeça o Congresso de chegar a qualquer acordo,
levando a uma queda em larga escala nos gastos do governo em cerca de
98 bilião dólares e caminhadas substanciais de impostos
no valor de US $ 450 bilhões em 2013. É
razoável
supor que, depois
de perceber os custos para a economia, os
políticos se sentirão compelidos a chegar a um acordo
sobre o restabelecimento das medidas de redução de
impostos e parem com os cortes de gastos automáticos no
segundo
semestre de 2013.
Um pouso forçado de algumas grandes economias em desenvolvimento
O crescimento desacelerou sensivelmente durante 2012, numa série de grandes economias em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, após todos terem apreciado um longo período de rápido crescimento antes da crise financeira global e terem conseguido recuperar rapidamente a um ritmo robusto em 2010. Por exemplo, o crescimento no Brasil caiu de um pico de 7,5 por cento em 2010 para 1,3 por cento estimado em 2012;
- na China, de 10,4 por cento para 7,7 por cento, e na
Índia, de 8,9 por cento para 5,5 por cento.
Dadas as incertezas sobre a demanda
externa e vários desafios de crescimento doméstico, os
riscos de mais e maior do que o esperado declínio no crescimento
dessas economias não são triviais. Nesta
seção, a
China é usada como um exemplo para
ilustrar tais riscos e suas implicações para essas
economias e para o resto do mundo.
China tem visto uma desaceleração das exportações e do investimento
As
exportações da China continuaram a diminuir em 2012,
devido à fraca procura nas principais economias desenvolvidas.
Para 2012 como um todo, as
exportações reais para a China
podem registar um crescimento de cerca de 5-6 por cento, em
comparação com uma média de crescimento de cerca
de 20 por cento nos últimos 10 anos. Entretanto, o crescimento
do investimento, que contribuiu para mais de 50 por cento do
crescimento do PIB nas últimas décadas, tem sentido uma
desaceleração. O crescimento
do investimento fixo nominal
caiu
de 25 por cento há um ano para 20 por cento atualmente.
Como fixado contas de investimento de quase 50 por cento do PIB, esta
desaceleração só vai reduzir o crescimento do PIB
em 2,5 pontos percentuais. Em comparação com 2009, quando
as exportações da China caíram mais de 10 por
cento, parece que a desaceleração no crescimento do PIB
atual vem principalmente por conta da demanda interna.
O abrandamento
do crescimento do
investimento na China tem sido impulsionado principalmente por
dois
fatores. Primeiro,
o Governo tem adotado políticas para
controlar o risco de bolhas de preços de ativos no setor de
habitação, incluindo requisitos para maiores pagamentos e
limites para o número de unidades habitacionais que as pessoas
podem
comprar. Investimento imobiliário, que responde por cerca de 25
por cento do investimento total de fixa, acrescido de 15 por cento na
primeira meia fi de 2012, mas o ritmo de crescimento caiu de 33 por
cento registrados há um ano. Aquisição de terreno
para construção de casas tem vindo a diminuir a um ritmo
anualizado de cerca de 20 por cento desde o início de 2012.
Porque esta é uma importante fonte de receita para governos
locais na China, seu espaço fiscal tem sido fortemente reduzido.
O mais lento crescimento do investimento imobiliário
também tem consideráveis efeitos nocivos sobre
indústrias fornecedoras.
Segundo, o governo central tornou-se mais cauteloso sobre o estímulo fiscal.
Na maioria das 2009-2010 pacote de
estímulo fiscal em grande escala, custando cerca de 4
trilhões de yuans, foi usado para investimento em infraestrutura
e formado um importante motor do crescimento económico nesses
anos. No entanto, depois que ele foi extinto em 2011, crescentes
preocupações foram expressas na China sobre os efeitos
colaterais não intencionais criados pelo estímulo o
grande excesso de
capacidade de produção emergente em alguns
setores industriais. O Governo parece definido para colocar ort mais
eff para reestruturar a economia, em vez de tentar criar
estímulo de demanda mais agregado. Isto é baseado na
suposição de que um reequilíbrio da economia
através de um aumento da participação do consumo
das famílias no PIB poderia compensar um declínio na taxa
de investimento e um abrandamento das exportações.
Assume-se que com tal reequilibrar a economia ainda pode crescer a um
ritmo robusto de 7,5 por cento (que é a meta de crescimento ofi
cial para 2012). No entanto, até agora tem sido difícil
para estimular o consumo no curto prazo e, além disso, a
reestruturação industrial e futuro crescimento do PIB
seria necessário fazer novos investimentos substanciais hoje.
Além disso, os governos locais
têm enfrentado restrições de financiamento na
implementação de novos projetos. Projectos de
investimento fixos geridos por governos locais são
responsáveis por mais de 90 por cento do investimento fixo
total em termos de valor. As restrições de financiamento
surgiram por causa de menos receita de venda de terras e falta de
crédito bancário, como os bancos esperam por sinais
positivos do Governo central.
No cenário negativo, presume-se que o crescimento da China diminuiria para cerca de 5 por cento
Devido a esses fatores, há
riscos substanciais para o crescimento do PIB muito menor na China. O
cenário negativo apresentado abaixo assume um abrandamento do
crescimento para cerca de 5 por cento ao ano, especialmente se o
crescimento do investimento fi xa desacelera ainda mais, subtraindo
mais pontos percentuais 5-10 por ano em 2013-2014. Outros pressupostos
para este cenário alternativo para a economia chinesa incluem o
Governo central, a manutenção das medidas de aperto no
setor de habitação e nenhum estímulo fiscal.
Risco de uma recessão de duplo mergulho mundial
I.2 tabela resume as
conseqüências econômicas globais dos três
cenários discutidos acima, com base em simulações
com o modelo de previsão económica Mundial, das
Nações Unidas.
Um aprofundamento da crise do euro poderia causar uma perda de produção global de mais de 9 por cento
O cenário de crise do euro centra-se no relativamente alto risco de mais profundos cortes fiscais nos países endividados. Por razões mencionadas acima, o caso muito pior, mas, por enquanto, o menos provável cenário de um rompimento da união monetária não é considerado aqui.
Mais
especificamente, neste primeiro
cenário, espera-se que Grécia, Itália, Portugal e Espanha
tomem mais medidas de austeridade em 2013, com
cortes mais profundos do
que assumidos na linha de base. Como resultado,
as
perdas de
produção estimadas nessas economias seriam entre 1 e 2
pontos percentuais em 2013. É
assumido que a
recessão mais profunda se espalhe para as outras economias
através dos canais
comerciais e, mais importante,
através de uma maior incerteza
financeira como confiança no euro e as
perspectivas para a
recuperação corróiem ainda mais. Como resultado,
a
economia da zona do euro encolheria 0,9 por cento em
comparação
com a previsão inicial para 2013,
portanto, o
aprofundamento da recessão área do euro que
se iniciou ao longo de 2012. Durante
2013-2015, a perda de
produção acumulada para a zona do euro como um
todo seria
de 3,3 por cento. O
enfraquecimento na zona do euro iria espalhar-se
para o resto do mundo e a perda acumulada da produção
mundial seria de 1,1 pontos percentuais. As outras
economias
desenvolvidas, como os Estados Unidos
e Japão,
iriam
todos
sofrer perdas notáveis. O
aprofundamento da crise do euro
custaria aos países em desenvolvimento cerca de 0,5 por cento do
PIB, em média.
O penhasco fiscal teria um impacto ainda maior
No
cenário penhasco fiscal, o crescimento da economia
mundial seria lento para 1,2 por cento em 2013, contra 2,4 por cento na
linha de base. A perda de
produção acumulada entre 2013 e 2015 seria de 2,5 pontos
percentuais. A economia dos
Estados Unidos entraria
em recessão e o Japão
e a UE
também seriam
severamente afectados, com perdas
de produção de
cerca de 2 pontos percentuais durante 2013-2015. México e
América Central
seriam os
países mais atingidos
entre os
países em desenvolvimento, perdendo cerca
de 3,0 pontos percentuais devido
a estreitos laços econômicos com os Estados Unidos.
As Economias
do Leste Asiático
veriam
perdas de produção
acumuladas de cerca de 1,6 pontos percentuais.
Um pouso forçado da economia chinesa também teria um impacto visível na economia mundial
Um pouso
forçado da economia
chinesa, com o
crescimento do PIB a desacelerar para 5 por cento em 2013,
também teria
um impacto visível na economia mundial. A
China é responsável por cerca de 8 por cento do WGP
e 10
por cento do comércio mundial. Em
comparação com a
previsão inicial, uma
desaceleração de 3 pontos
percentuais no ritmo de crescimento da economia chinesa provocaria
uma
perda global de produção acumulada de 1,5 pontos
percentuais durante 2013-2015.
Dado os seus
estreitos laços
económicos com a China, o Japão seria mais
afectado, sufrendo
uma perda do PIB abrangendo 1,6 pontos percentuais. O PIB dos
Estados
Unidos e da UE diminuiria
em mais de 0,7 e 0,6 pontos percentuais,
respectivamente, para além de 2013-2015 em
comparação com a
linha de base.
Grande parte das suas perdas de saída seriam causadas pela redução das exportações de bens de capital para a China.
Quadro I.2
Cenários desfavoráveis para a economia mundial
Desvio percentual da linha de base nível do PIB
Output loss (-) | ||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Quadro I.2 | Crise
mais Profunda na Zona euro Deeper euro area crisis |
Preci+icio
fiscal Unidos Estados United States fiscal cliff |
Aterragem
forçada na China Hardlanding in China |
Três
cenários combinados Three scenarios combined |
||||||||
2013 | 2014 | 2015 | 2013 | 2014 | 2015 | 2013 | 2014 | 2015 | 2013 | 2014 | 2015 | |
Mundo | -0.3 | -0.7 | -1.1 | -1.2 | -2.1 | -2.5 | -0.4 | -1.0 | -1.5 | -2.2 | -4.3 | -5.9 |
Economias Desenvolvidas | -0.4 | -0.9 | -1.5 | -1.7 | -2.7 | -3.2 | -0.1 | -0.4 | -0.8 | -2.5 | -4.7 | -6.4 |
EUA | -0.1 | -0.4 | -0.8 | -3.8 | -5.2 | -5.3 | -0.1 | -0.3 | -0.7 | -4.1 | -6.3 | -7.3 |
Japão | -0.2 | -0.4 | -0.6 | -0.6 | -1.2 | -2.1 | -0.4 | -0.9 | -1.6 | -1.7 | -3.5 | -5.8 |
União Europeia | -0.7 | -1.8 | -2.7 | -0.5 | -1.2 | -1.9 | -0.1 | -0.3 | -0.6 | -1.6 | -4.1 | -6.5 |
UE-15 | -0.7 | -1.8 | -2.8 | -0.5 | -1.2 | -2.0 | -0.1 | -0.3 | -0.6 | -1.6 | -4.2 | -6.7 |
Novos membros da UE | -0.6 | -1.1 | -1.3 | -0.2 | -0.6 | -1.1 | -0.1 | -0.3 | -0.6 | -1.4 | -2.8 | -3.7 |
Zona Euro area | -0.9 | -2.1 | -3.3 | -0.5 | -1.2 | -1.8 | -0.1 | -0.3 | -0.6 | -1.7 | -4.6 | -7.3 |
Outros países europeus | -0.4 | -0.9 | -1.2 | -0.2 | -0.8 | -1.4 | -0.1 | -0.3 | -0.7 | -1.1 | -2.8 | -4.2 |
Outras economias desenvolvidas | -0.1 | -0.2 | -0.3 | -0.6 | -1.3 | -1.7 | -0.1 | -0.3 | -0.7 | -0.8 | -2.0 | -3.0 |
Economias em transição | -0.3 | -0.5 | -0.6 | -0.2 | -0.5 | -0.7 | -0.1 | -0.3 | -0.6 | -0.9 | -1.8 | -2.4 |
Sudeste da Europa | -0.5 | -0.8 | -0.9 | -0.1 | -0.4 | -0.7 | 0.0 | -0.2 | -0.3 | -1.1 | -1.9 | -2.4 |
Comunidade de Estados Independentes e da Geórgia | -0.3 | -0.5 | -0.6 | -0.2 | -0.5 | -0.8 | -0.1 | -0.4 | -0.7 | -0.9 | -1.8 | -2.4 |
Federação Russa | -0.3 | -0.5 | -0.6 | -0.2 | -0.5 | -0.8 | -0.1 | -0.4 | -0.7 | -0.8 | -1.8 | -2.4 |
Economias em Desenvolvimento | -0.2 | -0.3 | -0.5 | -0.3 | -0.9 | -1.3 | -1.1 | -2.3 | -3.0 | -1.7 | -3.7 | -5.1 |
África | -0.5 | -0.5 | -0.6 | -0.6 | -1.0 | -1.0 | -0.4 | -0.8 | -1.1 | -1.8 | -2.5 | -2.9 |
Norte de África | -0.9 | -0.8 | -0.9 | -0.9 | -1.2 | -1.1 | -0.2 | -0.4 | -0.7 | -2.7 | -2.9 | -3.1 |
África sub-saariana | -0.3 | -0.3 | -0.4 | -0.5 | -0.9 | -0.9 | -0.5 | -0.9 | -1.3 | -1.5 | -2.3 | -2.8 |
Nigeria | -0.4 | -0.5 | -0.7 | -1.1 | -1.8 | -1.7 | -0.1 | -0.4 | -0.7 | -1.8 | -3.0 | -3.5 |
África do Sul | -0.3 | -0.2 | -0.3 | -0.3 | -0.5 | -0.5 | -1.1 | -1.8 | -2.3 | -1.9 | -2.6 | -3.2 |
Outros | -0.3 | -0.3 | -0.4 | -0.4 | -0.7 | -0.8 | -0.2 | -0.6 | -0.9 | -1.1 | -1.8 | -2.3 |
Leste e Sul da Ásia | -0.1 | -0.3 | -0.5 | -0.3 | -0.9 | -1.4 | -1.6 | -3.3 | -4.2 | -2.2 | -4.8 | -6.4 |
Leste da Ásia | -0.2 | -0.4 | -0.6 | -0.3 | -1.0 | -1.6 | -2.0 | -3.9 | -4.9 | -2.6 | -5.6 | -7.4 |
China | -0.2 | -0.4 | -0.7 | -0.4 | -1.1 | -1.8 | -3.0 | -5.7 | -6.8 | -3.7 | -7.6 | -9.6 |
Sul Asiático | -0.1 | -0.2 | -0.3 | -0.1 | -0.4 | -0.5 | -0.3 | -0.8 | -1.5 | -0.6 | -1.5 | -2.5 |
India | -0.1 | -0.2 | -0.2 | -0.1 | -0.4 | -0.5 | -0.1 | -0.3 | -0.5 | -0.4 | -0.9 | -1.4 |
Oeste Asiático | -0.1 | -0.2 | -0.3 | -0.2 | -0.5 | -0.7 | -0.1 | -0.3 | -0.6 | -0.6 | -1.2 | -1.9 |
América Latina e Caribe | -0.2 | -0.3 | -0.4 | -0.5 | -1.2 | -1.7 | -0.4 | -0.9 | -1.5 | -1.0 | -2.5 | -3.7 |
América do Sul | -0.1 | -0.2 | -0.3 | -0.2 | -0.6 | -0.9 | -0.4 | -1.0 | -1.6 | -0.8 | -2.0 | -3.1 |
Brazil | -0.1 | -0.2 | -0.3 | -0.1 | -0.4 | -0.7 | -0.4 | -1.1 | -1.7 | -0.8 | -1.9 | -2.9 |
Mexico e América Central | -0.3 | -0.4 | -0.6 | -1.0 | -2.6 | -3.2 | -0.5 | -0.9 | -1.4 | -1.4 | -3.7 | -5.2 |
Mexico | -0.3 | -0.4 | -0.6 | -1.0 | -2.7 | -3.4 | -0.5 | -1.0 | -1.5 | -1.4 | -3.9 | -5.5 |
Caribbe | -0.1 | -0.2 | -0.4 | -0.5 | -1.2 | -1.6 | 0.0 | -0.1 | -0.3 | -0.7 | -1.7 | -2.5 |
Países menos desenvolvidos | -0.2 | -0.3 | -0.4 | -0.3 | -0.6 | -0.8 | -0.2 | -0.5 | -0.7 | -0.8 | -1.6 | -2.1 |
a | See section on "Uncertainties and risks" for assumptions for these scenarios. | |||||||||||
Source: | UN/DESA. World Economic Situation and Prospects 2013 |
A Ásia
em desenvolvimento também
iriam sentir as
conseqüências por meio dos canais comerciais,
especialmente no que se experimenta pela diminuição da
procura de produtos intermediários no contexto das cadeias
globais de valor (ver capítulo II para uma discussão mais
aprofundada). As Economias da América
Latina, África
e
Ásia
ocidental, seriam mais impactados pela menor procura por
commodities primárias, perdendo cerca de 1 por cento de sua
renda agregada.
É dificil determinar a probabilidade de estes três riscos
se materializarem simultaneamente.
No entanto, tendo em conta
a dimensão das consequências globais de cada um desses
eventos, separadamente, se estes eventos ocorressem, ao mesmo
tempo, iriam
reforçar-se mutuamente alimentando-se uns aos outros,
potênciando-se
mutuamente e como
consequência dessa relação, a
economia global cairia noutra grande depressão.
Desafios políticos
Atual orientação da política Macroeconómica
A maioria dos países desenvolvidos adoptaram uma combinação de austeridade fiscal e políticas monetárias expansionistas
O
enfraquecimento do crescimento económico e as incertezas
políticas lançam
uma sombra negra sobre as perspectivas da economia global.
Conforme indicado, os países mais desenvolvidos têm
adotado uma combinação de austeridade fiscal e
políticas monetárias expansionistas, com o objetivo de
reduzir a dívida pública e diminuir os custos de
refinanciamento da dívida soberana, a fim de romper com a dinâmica
viciosa entre a dívida soberana e a fragilidade do setor
bancário. Estas medidas de política eram esperados
para acalmar os mercados financeiros e restaurar a confiança dos
investidores e do consumidor. Suportado por reformas estruturais de
programas de benefícios, mercados de trabalho e
regulamentação de negócios, o melhor ambiente
é esperado para ajudar a restaurar o crescimento
económico e reduzir o desemprego. No entanto, reduzir estoques
da dívida está provando ser muito mais difícil do
que os formuladores de políticas esperavam.
Os requisitos do rollover da
dívida pública continuam a ser muito altos e continuar
a
expor os saldos fiscais aos caprichos dos mercados financeiros.
Ajudado
pelas políticas QE dos bancos centrais, os custos dos
empréstimos foram contidos e são elevados apenas para um
subconjunto de países endividados da zona euro. Enquanto os
programas QE ter ajudado mais baixas taxas de juro de longo prazo, o
seu impacto sobre o crescimento econômico será bastante
limitado nesta fase da recuperação.
Um problema
adicional é que os
esforços de consolidação orçamental da
maioria dos países desenvolvidos confiam
mais na retração de custos do que em melhorar a
arrecadação. O anterior,
tende
a ser mais prejudicial ao crescimento económico no curto prazo,
especialmente quando
a economia está em um ciclo descendente. [14] Em muitos
países desenvolvidos, o investimento
público está sendo cortado mais severamente do que
qualquer outro item, o que também pode
custar caro ao nível de crescimento a médio prazo.
Na maioria
dos casos, os cortes na despesa também envolvem reformas
direito, que imediatamente enfraquecem os estabilizadores
automáticos no curto prazo, cortando benefícios de
pensão, encurtando o comprimento de regimes de subsídio
de desemprego e / ou mudança de mais o peso dos custos de
cuidados de saúde às famílias. Além
disso, as
medidas de austeridade fiscal foram
encontradas para induzir a uma maior
desigualdade no curto prazo. [15] O impacto tende
a ser mais forte quando os efeitos do desemprego são mais
elevados, quando não há compensação para o
custo da reforma do direito a baixar e média grupos de renda, e,
quando o aumento das receitas são prosseguidos através de
aumentos nas vendas ou taxas de imposto sobre valor agregado. O aumento
da desigualdade por si só tende a enfraquecer a
recuperação, como menor renda grupos tendem a ter maiores
gastos pró-pensities. O impacto distributivo dos gastos e as
medidas de receita, portanto, deve ser uma preocupação
para os formuladores de políticas macroeconômicas. Em suma,
os
riscos negativos para os países desenvolvidos continuam a ser
extremamente elevados, porque
as actuais
posições políticas, são, em geral, em
não apoiar o crescimento e a criação de emprego,
e, portanto, falham
definitivamente como forma de romper o círculo vicioso.
[14] Ver Situação Econômica Mundial e Perspectivas
2012 (Publicação das Nações Unidas, Vendas
Não. E.12. II.C.2), caixa I.3.[15] Fundo Monetário Internacional, o Monitor Fiscal: Balanço-Um relatório de progresso no ajuste fiscal (Washington, DC, outubro de 2012).
------T[14] In most cases, spending cuts also involve entitlement reforms, which immediately weaken automatic stabilizers in the short run by curtailing pension benefits, shortening the length of unemployment benefit schemes and/or shifting more of the burden of healthcare costs to households. Moreover, the fiscal austerity measures have been found to induce greater inequality in the short run.[15] The impact tends to be stronger when unemployment effects are higher, when there is no compensation for the cost of entitlement reform to lower- and middle-income groups, and when revenue increases are pursued through increases in sales or value-added tax rates. Rising inequality by itself tends to weaken the recovery, as lower-income groups tend to have higher spending pro-pensities. The distributional impact of spending and revenue measures thus should be a concern to macroeconomic policymakers. In short, downside risks for developed countries remain extremely high, because the present policy stances are, on balance, not supportive of growth and job creation, and thus fail to defi nitively break out of the vicious circle.-
A maioria dos países em
desenvolvimento e economias em transição
têm posições
fiscais relativamente mais fortes. Alguns optaram por colocar em espera
a consolidação fiscal em face do enfraquecimento da
economia global. Os
déficits fiscais poderão aumentar na maioria dos
países de baixa renda que têm sofrido
desaceleração da receita do governo com as
exportações de commodities e do peso crescente dos
subsídios de alimentos e energia. Começam também,
a surgir preocupações nos países em
desenvolvimento sobre os possíveis efeitos adversos da QE sobre
a estabilidade financeira e macroeconômica de suas economias
maior volatilidade dos preços internacionais de commodities,
fluxos de capital e taxas de câmbio. Tais
preocupações estão na base da
acumulação adicional de reservas e justificar a
manutenção de controles de capital. Diante de uma
desaceleração do crescimento e inflação, os
bancos centrais de muitos países em desenvolvimento e economias
em transição têm facilitado a política
monetária durante 2012. No Outlook,
ocorreerá provavelmente uma maior flexibilização
monetária em muitos desses países, excepto naqueles com
inflação persistentemente alta, como o Sul da Ásia
e África.
A necessidade de acções mais enérgicas e concertadas
Dadas as incertezas que pesam e os riscos de deterioração discutidos na seção anterior, as actuais posições políticas parecem muito aquém do que é necessário para evitar que a economia global de escorregar noutra recessão. Ações mais contundentes e concertada devem ser consideradas.Incertezas políticas devem ser tratadas imediatamente e uma abordagem diferente deve ser tomada
Primeiro,
as incertezas políticas associadas com os três principais
riscos discutidos no cenário de queda precisam ser tratadas
imediatamente através de mudanças de abordagem e de uma
maior consideração de efeitos de transbordamento
internacionais de políticas nacionais. Na área
do euro, a abordagem fragmentada de lidar com a crise da
dívida de países individuais dos últimos dois
anos, deve ser substituída por uma abordagem mais abrangente e
integrada, de modo a enfrentar a crise sistémica da união
monetária e mitigar os riscos-chave para a estabilidade da
economia global. Enquanto os países individuais podem ainda
precisar enfrentar questões de suas estruturas económicas
nacionais e instituições, cruciais sobras são
necessários esforços coletivos para fechar as brechas
institucionais e
consertar as deficiências generalizadas da UEM, nomeadamente
através de bases sólidas fundações para os
uniões fiscais e
bancárias. Embora passos importantes nesse sentido estejam
sendo tomados ou previstos, o atual estado de coisas requer uma
acção muito mais rápida e mais forte. Somente
quando forem tomadas acções concretas que seja
restaurada a confiança na união podem ser postas em
prática outras medidas de
política mais técnicas para
lidar com questões como a forma de resolver excesso de
dívida e como quebrar a ligação entre risco
soberano e fragilidade bancária. Os formuladores de
políticas nos Estados Unidos devem evitar uma
contracção súbita e grave de
política fiscal do chamado penhasco fiscal e superar o impasse
político que ainda estava presente no final do ano de
2012. O mesmo vale
para a União Europeia, as
ramificações globais de não fazê-lo devem
ser
consideradas. Só
é possível resolver os
problemas atuais de dívida a longo prazo, e um plano de
consolidação orçamental só será
credível quando enraizado numa estratégia
explícita de crescimento económico e na
criação de empregos. Os principais
países em
desenvolvimento que enfrentam o risco de aterragens
forçadas de
suas economias devem envolver-se em mais fortes posturas
políticas anticíclicas alinhadas com medidas para
resolver os problemas estruturais a médio prazo. A China,
por
exemplo, possui
espaço político amplo para um impulso
muito forte para reequilibrar sua economia para a demanda
doméstica, incluindo através do aumento da despesa
pública
em serviços públicos como saúde,
educação e segurança social, tudo de que
irá ajudar a reduzir precaução de poupança
das famílias
e aumentar o consumo, reduzindo assim
a
dependência da procura externa.
A política fiscal deve se tornar mais anticíclica, conter mais apoio à criação de emprego e mais equitativa
Segundo, mais especificamente, a
política fiscal deve se tornar mais anticíclica, conter mais
apoio à criação de empregos e ser mais justa.
O
atual foco na consolidação fiscal no curto prazo, especialmente
entre os países desenvolvidos, tem
provado ser contraproducente e causar
ajuste da dívida mais prolongado. O
foco precisa mudar num número de diferentes
direções:
- Como ponto de partida, uma primeira prioridade do ajuste fiscal deve ser o de prestar um apoio mais direto para o crescimento do emprego, através do aumento da procuraa agregada e, ao mesmo tempo, traçar-se os planos para alcançar a sustentabilidade fiscal a médio e longo prazo. Apresentando ciclicamente ajustamentos ou objectivos orçamentais estruturais permitirá manter uma postura anticíclica enquanto se aponta para a sustentabilidade fiscal a médio prazo.
- Os Multiplicadores fiscais tendem a ser mais fortes durante uma recessão, mas pode ser ainda mais reforçados, deslocando prioridades orçamentárias propícias ao crescimento da despesa, desfazendo cortes no investimento público e expandindo os subsídios à contratação (que podem ser orientadas para novos participantes do trabalho e para os desempregados de longa duração) bem como promover programas de trabalho públicos e sistemas de emprego. No lado fiscal, reduzindo os impostos sobre o trabalho e mudança de códigos fiscais para reduzir a carga fiscal sobe a renda do trabalho para os jovens, mulheres e trabalhadores mais velhos são opções que fornecem aumento de emprego a curto prazo, bem como a oferta de trabalho.
- As conseqüências distributivas das políticas fiscais devem ser devidamente analisadas, não só por razões de equidade, mas também por causa de suas implicações para o crescimento e geração de emprego. Como indicado, a crescente desigualdade tende a ter um efeito de amortecimento sobre a demanda agregada e, consequentemente, no crescimento económico. Mudando as prioridades de gastos para aumentar os efeitos de emprego vai ajudar a evitar esse resultado, tanto quanto seria a manutenção de um adequado grau de progressividade da tributação e acesso a benefícios sociais. Muitos países de média e baixa renda podem querer reconsiderar toda a bordo do-subsídios à alimentação e combustível, estes tendem a vir com um alto custo fiscal, enquanto os benefícios podem mais acumular a maior renda grupos. Melhor orientação daria mais efectiva proteção da renda aos pobres a um custo fiscal potencialmente muito menor.
- A recuperação económica pode ser reforçada no curto prazo e mais pela promoção do crescimento verde por meio de incentivos fiscais e investimentos em infra-estruturas e novas tecnologias. As lições podem ser aprendidas a partir de vários países em desenvolvimento, como a Coreia do Sul, que forneceu com sucesso, estímulo económico, por meio de investimentos em infra-estrutura verde e incentivos de poupança de energia. Esta solução foi encontrado para gerar fortes efeitos no emprego, sugerindo que o investimento no crescimento verde pode ser uma solução ganha-ganha. Além disso, essas medidas são fundamentais para acelerar substancialmente as reduções de emissões de gases de efeito estufa-um passo essencial no combate à mudança climática. Os países em desenvolvimento também têm a ganhar, desde que obtenham apoio tecnológico e financeiro para adotar as ainda muito caras tecnologias de energia limpa, sem comprometer as perspectivas de desenvolvimento económico.
É Preciso Atacar A Raíz das Causas da Instabilidade do Mercado Financeiro Global
Terceiro,
a
instabilidade do mercado financeiro global precisa ser atacada nas suas
raízes. Este desafio
é duplo. Primeiro,
uma maior
sinergia deve ser encontrado entre o estímulo monetário e
fiscal. Será necessário, a
continuação de políticas monetárias
expansionistas entre os países desenvolvidos, mas os
efeitos colaterais negativos de fluxo-de-capital e volatilidade
cambial devem ser
contidos. Isso vai exigir
chegar a um acordo a nível internacional sobre a
magnitude, velocidade e tempo de políticas QE dentro de um quadro mais
amplo de metas para a correcção dos desequilíbrios
globais. A segunda parte
do desafio é
acelerar
as reformas regulatórias do setor financeiro. Isso
será essencial, a
fim de evitar
os riscos
sistêmicos e a
excessiva tomada de risco que levaram à armadilha
de baixo crescimento e á fragilidade
financeira nos
países desenvolvidos e a alta
volatilidade de fluxo de capitais para os
países em desenvolvimento. Têm sido feitas
propostas e passos nalgumas jurisdições nacionais, mas a
implementação está atrasada.
Além disso, a
insuficiência de coordenação eficiente entre os
organismos nacionais parece resultar numa manta
de retalhos regulamentar. Na ausência de um quadro
abrangente e vinculativo, coordenado internacionalmente, é
improvável de ser alcançada a estabilidade financeira
global. Isso é necessário para limitar a arbitragem
regulatória, que inclui a mudança de atividades de alto
risco de mais para ambientes menos estritamente regulamentados. Entre outras
medidas, esse quadro
deve incluir limites
estritos sobre as posições que os investidores
financeiros podem ter nos mercados de
futuros de commodities e derivativos -- medidas que
também podem ajudar a conter a volatilidade nos fluxos de
capital tronco e nos preços das commodities.
Recursos suficientes precisam ser disponibilizados aos países em desenvolvimento
Quarta, recursos
suficientes devem de estar disponíveis para os países em
desenvolvimento, especialmente para aqueles
que possuem
espaço fiscal limitado e enfrentando
grandes necessidades de desenvolvimento. Esses recursos
serão necessários para acelerar o progresso em
direção à realização dos ODM e para
investimentos em crescimento sustentável e resiliente,
especialmente para os países menos desenvolvidos. Austeridade
fiscal entre os países doadores também afecta
os
orçamentos de ajuda, como visto no declínio da APD
em
termos reais em 2011. Novas quedas
podem ser esperada no Outlook. Além do cumprimento dos
compromissos de ajuda existentes, os países doadores devem
considerar mecanismos para desvincular os fluos de ajuda dos seus
ciclos de
negócios, de modo a evitar falhas de entrega em tempos de crise,
quando a necessidade de ajuda ao desenvolvimento é mais urgente.
A este respeito, os impostos acordadas internacionalmente (como
companhia aérea taxas, impostos, transações
cambiais ou taxas de carbono), juntamente com a possibilidade de
alavancar ociosas direitos
especiais de saque (DSE) para financiamento do desenvolvimento
podem ser considerados, como sugerido em um recente relatório
das Nações Unidas. [16]
[16] Pesquisa Mundial Econômico e Social 2012: Em Busca de Nova
Development Finance (publicação das Nações
Unidas, Vendas Não. E.12.II.C.1).--------------
A
criação de postos de trabalho e uma agenda orientada para
o crescimento verde, como descrito acima é
compatível com o médio prazo de redução dos
rácios da dívida pública e reequilíbrio
global benigno, como mostrado num cenário de
políticas concertadas internacionalmente simuladas usando o
modelo das Nações Unidas para a Política Global
(GPM). [ 17] com
a continuação de políticas existentes, mas assumindo que
não há grande aprofundamento da crise do euro, o crescimento
do WGP seria média, no máximo,
cerca de 3
por cento ao ano, uma
média, longe de suficiente para lidar com a crise do emprego ou
derrubar os rácios da dívida pública . O
cenário alternativo, com base na
agenda descrita acima, inclui
uma mudança na política fiscal longe de
austeridade e a
criação de mais emprego através,
nomeadamente, de mais gastos em
infra-estrutura, eficiência
energética, programas
sociais e fiscais e de subsídios medidas para estimular o
investimento privado projetos nessas áreas; continuuação
de políticas monetárias expansionistas alinhadas com
forte regulação da conta de capital para
conter a volatilidade do fluxo de capitais, e Assistência
ao Desenvolvimento para as nações mais pobres. As
simulações GPM mostram que, em tal
cenário
político, o WGP iria
crescer a uma taxa média de 4,5 por
cento entre 2013 e 2017, as proporções da
dívida pública em
relação ao PIB iriam estabilizar e
começar a cair a partir de 2016 ou antes. O nível de
emprego nos grandes países desenvolvidos iria aumentar
gradualmente e voltar para os níveis pré-crise, em termos
absolutos em 2014 e em 2017 após a contabilização
de crescimento da força de trabalho. A recuperação
do emprego, assim, viria muito mais cedo do que na linha de base,
embora permanecendo prolongado, mesmo com o sugerido estratégia
concertada a nível internacional para o crescimento e o emprego.
Um
adicional de 33 milhões de empregos por ano, em
média,
seria criado em desenvolvimento e economias em transição,
entre 2013 e 2017 (ver caixa I.3).
[17] O cenário é uma atualização do que os apresentados em Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2012, op. cit, pp 33-36;. das Nações Unidas e Conselho Econômico e Social, "a situação económica mundial e perspectivas a partir de meados de 2012 (E/2012/72).
caixa I.3 |
Uma estratégia coordenada internacionalmente para o emprego e para o crescimento |
Um cenário de
políticas alternativas com base nas recomendações
deste capítulo foi criado usando o modelo das
Nações Unidas para a Política Global (GPM). O
finding-chave é que tal cenário iria evitar uma
recessão generalizada de duplo mergulho, em vez disso, iria
permitir um reequilíbrio benigno da economia global. As perda de
empregos causadas pela crise financeira global iriam ver uma
recuperação e uma mudança para mais
sustentáveis saldos orçamentais e os níveis de
dívida iriam começar, a definição da
economia mundial num caminho mais sustentado (e sustentável)
para o crescimento.
As principais diferenças com os pressupostos da política de linha de base são:
Além
disso, presume-se que a acção política
monetária está melhor coordenados internacionalmente para
evitar que a estratégia subjacente ao cenário alternativo
de ser interrompido por excessiva da taxa de câmbio e
volatilidade de capitais ow fl. Através de sobras eff
concertadas, os países em desenvolvimento (países de
baixa renda, em especial), são fornecidos com acesso adequado a
ofi cial ajuda ao desenvolvimento e fi nanciamento outro externo para
complementar os recursos internos para fi nanciamento de novos
investimentos em infra-estrutura e energia sustentável e
agricultura.
|
|
Sob estas
premissas, o crescimento
do produto interno bruto mundial aceleraria em cerca de 4,5 por
cento
ao ano, com as economias desenvolvidas e em desenvolvimento a
acelerar o crescimento da produção por entre 1 e 2 pontos
percentuais em relação à linha de base (ver
figuras A e B). Logo após as novas políticas estão
no local, os trabalhos deficit causada pela crise financeira global de
2008-2009, iria começar a fechar, especialmente nos
países desenvolvidos. O nível de emprego nos grandes
países desenvolvidos seria aumentar gradualmente e voltar para
níveis pré-crise, em termos absolutos em 2014, e em 2017
após a contabilização de crescimento da
força de trabalho. A recuperação do emprego,
assim, chegar mais cedo do que no início do estudo, embora ele
permaneceria prolongada, mesmo com a estratégia sugerida
internacionalmente concertada para o crescimento eo emprego. Um
adicional de 33 milhões de empregos por ano, em média,
seria criado em desenvolvimento e economias em transição,
entre 2013 e 2017.
A simulação mostra
também que a recuperação mais rápida do
crescimento e do emprego ajuda a estabilizar débitos
públicos. Após um aumento inicial, citações
governo defi iria diminuir rapidamente, estabilizando rácios da
dívida pública a médio prazo e reduzi-los
posteriormente (ver tabela Anexo). Como países com um
superávit externo aplicar mais estímulo fiscal,
investimento privado e consumo aumentaria, levando ao aumento das
importações e redução de
desequilíbrios em conta corrente.
Com investimentos visando maior efi
ciência energética e produção de energia
renovável, os preços mundiais de energia iria estabilizar
em níveis mais baixos no médio prazo. Enquanto isso, o
investimento em produção agrícola
sustentável permitiria atender a uma demanda crescente por
alimentos e estabilizar os preços mundiais de alimentos.
Fonte: ONU / DESA Modelo de Política Global (http://www.un.org/esa/policy/publications/ungpm.html).
Figura A: os níveis de emprego dos países selecionados ou grupos de países
Índice: 2008 = 100
(A) a Europa, o Japão e outras economias desenvolvidas
(B) Estados Unidos
(C) Transição e economias em desenvolvimento
China e Índia
CIS, e outros países em desenvolvimento
Linha de base
Estratégia coordenada para o emprego eo crescimento
Panorama econômico mundial
Figura B: as taxas de crescimento do PIB dos países ou grupos de países selecionados
Percentagem
(A) a Europa, o Japão e outras economias desenvolvidas
(B) Estados Unidos
(C) Transição e economias em desenvolvimento
Linha de base
Estratégia coordenada para o emprego eo crescimento
Panorama econômico mundial
Apêndice
Uma estratégia coordenada internacionalmente para o emprego e para o crescimento, 2012-2017
2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | |
---|---|---|---|---|---|---|
GDP Growth (percentage) | ||||||
United States | 2.1 | 3.1 | 3.8 | 4.0 | 4.0 | 3.9 |
Europe | -0.2 | 2.9 | 3.8 | 3.7 | 3.6 | 3.7 |
Japan and other developed countries | 2.0 | 2.4 | 2.5 | 2.5 | 2.6 | 2.7 |
China and India | 7.3 | 9.0 | 9.3 | 9.0 | 8.3 | 8.5 |
CIS and Western Asia (major oil exporters) | 3.7 | 3.3 | 3.6 | 3.5 | 3.7 | 3.8 |
Other developing countries | 3.3 | 4.7 | 5.6 | 5.5 | 5.5 | 5.6 |
Employment created above the baseline (millions) | ||||||
United States | 0.0 | 2.1 | 3.8 | 5.0 | 6.3 | 5.7 |
Europe | 0.0 | 3.0 | 4.9 | 5.1 | 5.2 | 4.8 |
Japan and other developed countries | 0.0 | 1.1 | 1.7 | 2.0 | 2.4 | 2.6 |
China and India | 0.0 | 11.3 | 15.0 | 18.3 | 21.7 | 10.8 |
CIS and Western Asia (major oil exporters) | 0.0 | 2.3 | 3.9 | 5.4 | 6.8 | 6.5 |
Other developing countries | 0.0 | 7.9 | 13.2 | 17.7 | 21.7 | 2.5 |
Growth of government spending (constant prices, percentage per annum) | ||||||
United States | -2.4 | -0.7 | 2.1 | 4.2 | 4.2 | 3.5 |
Europe | -1.6 | 1.6 | 1.6 | 0.7 | 0.9 | 1.6 |
Japan and other developed countries | 0.9 | 1.7 | 2.2 | -0.6 | 2.6 | 2.9 |
China and India | 8.5 | 9.0 | 8.9 | 8.9 | 8.9 | 8.9 |
CIS and Western Asia (major oil exporters) | 4.0 | 4.9 | 4.8 | 4.7 | 4.7 | 4.6 |
Other developing countries | 4.8 | 6.8 | 6.8 | 6.8 | 6.7 | 6.7 |
Growth of private investment (constant prices, percentage per annum) | ||||||
United States | 5.2 | 11.2 | 11.6 | 10.5 | 10.0 | 6.3 |
Europe | -0.7 | 4.0 | 7.2 | 6.4 | 5.8 | 6.8 |
Japan and other developed countries | 2.6 | 4.6 | 3.3 | 3.1 | 3.4 | 2.8 |
China and India | 5.3 | 8.6 | 8.1 | 7.6 | 5.6 | 5.4 |
CIS and Western Asia (major oil exporters) | 8.5 | 3.5 | 3.2 | 1.8 | 3.9 | 3.8 |
Other developing countries | 4.7 | 5.0 | 6.4 | 6.9 | 7.6 | 7.8 |
Net government financial surplus (percentage of GDP) | ||||||
United States | -11.0 | -8.5 | -6.9 | -6.0 | -5.4 | -4.9 |
Europe | -7.2 | -6.0 | -4.9 | -3.8 | -2.9 | -2.3 |
Japan and other developed countries | -7.9 | -7.1 | -6.6 | -5.5 | -5.3 | -5.1 |
China and India | -3.3 | -2.5 | -1.8 | -1.3 | -1.2 | -1.2 |
CIS and Western Asia (major oil exporters) | 0.1 | -0.1 | -0.2 | -0.1 | -0.1 | -0.1 |
Other developing countries | -3.1 | -2.4 | -1.7 | -1.3 | -1.0 | -0.8 |
Net private sector financial surplus (percentage of GDP) | ||||||
United States | 8.5 | 5.7 | 3.8 | 2.5 | 1.6 | 0.8 |
Europe | 8.3 | 7.5 | 6.6 | 5.5 | 4.6 | 3.9 |
Japan and other developed countries | 7.1 | 6.5 | 6.3 | 5.7 | 5.7 | 6.0 |
China and India | 4.0 | 2.8 | 2.2 | 1.9 | 2.3 | 2.5 |
CIS and Western Asia (major oil exporters) | 5.4 | 4.8 | 3.9 | 3.5 | 2.9 | 2.6 |
Other developing countries | 2.4 | 2.0 | 1.5 | 1.3 | 1.1 | 1.0 |
Current account deficit (percentage of GDP) | ||||||
United States | -2.6 | -2.9 | -3.1 | -3.5 | -3.9 | -4.1 |
Europe | 1.1 | 1.5 | 1.7 | 1.7 | 1.7 | 1.7 |
Japan and other developed countries | -0.8 | -0.6 | -0.2 | 0.1 | 0.5 | 0.8 |
China and India | 0.6 | 0.3 | 0.4 | 0.6 | 1.1 | 1.4 |
CIS and Western Asia (major oil exporters) | 5.4 | 4.8 | 3.7 | 3.4 | 2.8 | 2.4 |
Other developing countries | -0.7 | -0.4 | -0.2 | 0.0 | 0.1 | 0.2 |
Government debt (percentage of GDP) | ||||||
United States | 76.4 | 75.9 | 73.6 | 70.6 | 67.0 | 63.1 |
Europe | 74.5 | 73.6 | 72.1 | 70.5 | 67.4 | 64.9 |
Japan and other developed countries | 138.3 | 136.0 | 133.0 | 129.7 | 127.0 | 125.1 |
China and India | 23.8 | 22.5 | 20.1 | 18.0 | 17.3 | 16.9 |
CIS and Western Asia (major oil exporters) | 40.5 | 42.8 | 45.5 | 47.4 | 49.1 | 50.2 |
Other developing countries | 36.6 | 36.6 | 36.3 | 36.0 | 35.9 | 35.9 |
Memo: | ||||||
Growth of Gross World Product at market rate (percentage) | 2.3 | 3.8 | 4.5 | 4.5 | 4.5 | 4.6 |
Growth of Gross World Product at ppp rate (percentage) | 3.1 | 4.6 | 5.2 | 5.2 | 5.1 | 5.2 |
Global creation of employment above baseline (millions) | 0.0 | 27.8 | 42.6 | 53.6 | 64.1 | 32.9 |
Average employment creation in developing countries above baseline (millions) | 0.0 | 21.5 | 32.2 | 41.4 | 50.3 | 19.8 |
Growth of exports of good and services (percentage) | 3.2 | 5.9 | 5.6 | 6.0 | 5.0 | 5.0 |
Real world price of energy (index) | 1.4 | 1.5 | 1.4 | 1.5 | 1.5 | 1.5 |
Real world price of food & primary commodities (index) | 1.2 | 1.2 | 1.3 | 1.3 | 1.4 | 1.4 |
Real world price of manufactures (index) | 1.0 | 1.0 | 1.0 | 1.0 | 1.0 | 1.0 |
Source |
Source: UN/DESA Global Policy Model, available from
Austeridade Fiscal e Elevado Desemprego do Euro Empurra Economia Global Risco de Nova Recessão, Alerta Relatório da ONU e Downloads
World Economic Situation and Prospects 2013
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