diz João Ferreira do Amaral
O economista João Ferreira do Amaral afirmou que o programa desenhado pela ''troika'' pode resolver o problema do financiamento público mas irá colocar a economia em maiores dificuldades.
"Este programa da ''troika'' pode resolver o problema de financiamento público nos próximos anos, mas não resolve o problema da economia. O programa da troika porá a economia em maiores dificuldades", considerou hoje o economista do ISEG, numa conferência organizada pelo IDEFF e pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.
João Ferreira do Amaral defendeu ainda que Portugal terá de abandonar a moeda única e que o deveria fazer de forma organizada, caso contrário será "empurrado" numa situação muito pior do que aquela em que se encontra.
“Fui contra a entrada mas não fui adepto da saída, até que verifiquei que a questão se põe agora em moldes diferentes do que há dois, três anos. A questão é se nós podemos permanecer no euro. Do meu ponto de vista não temos condições para permanecer no euro muito mais tempo”, disse.
"Este programa da ''troika'' pode resolver o problema de financiamento público nos próximos anos, mas não resolve o problema da economia. O programa da troika porá a economia em maiores dificuldades", considerou hoje o economista do ISEG, numa conferência organizada pelo IDEFF e pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.
João Ferreira do Amaral defendeu ainda que Portugal terá de abandonar a moeda única e que o deveria fazer de forma organizada, caso contrário será "empurrado" numa situação muito pior do que aquela em que se encontra.
“Fui contra a entrada mas não fui adepto da saída, até que verifiquei que a questão se põe agora em moldes diferentes do que há dois, três anos. A questão é se nós podemos permanecer no euro. Do meu ponto de vista não temos condições para permanecer no euro muito mais tempo”, disse.
O economista considera que Portugal se encontra numa situação de “ausência completa de instrumentos para tentar lidar com a situação” e que apesar de reconhecer que se trataria de um grande choque, considera que a longo prazo seria pior manter-se no euro.
“Não tenho esperança nenhuma em ser ouvido nesta matéria. Acho que vamos deixar apodrecer nesta situação. (…) Iremos ser empurrados da Zona Euro, e provavelmente em muito má situação, uma situação tipo a Argentina”, considera.
Para minimizar esta eventual saída do euro, o economista defende que teria de ser feita uma compensação, através da entrada para o mecanismo de taxas de câmbio II (que controla a variação das taxas de câmbio entre países fora e dentro do euro), com uma ajuda do Banco Central Europeu que impedisse uma grande desvalorização da moeda (eventualmente um novo escudo) e que Portugal pudesse emitir nova moeda para financiar défices, de forma a compensar em parte o aumento das dívidas, também dos particulares e empresas.
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